A noite, de madrugada
Ele costumava ir ao meu quarto
Eu sempre encolhida
Enrolada no edredom
Tentando pensar em algo bom
Eu já tinha aceitado, fazia parte.
Não era imaginação
Muito menos invenção
Eu senti, eu vi aquela mão
Tinha nome, e era aterrorizante
Me olhava de forma ameaçadora
Um dedo ereto sobre os lábios
"Shiiiii".
Meus olhos cheios de lágrimas
O medo me paralisava
A alma agoniada
Alma de alguém que ansiava por justiça.
A mão passeia pelo meu corpo
O que eu posso fazer?
Sou apenas uma criança
Ele me mandou ficar quieta
Eu devia obedecer.
Mas a pergunta era
O que eu tinha feito para merecer aquilo?
Merecer algo doentio?
Merecer uma carícia indesejada pelo meu corpo?
E de manhã o horror,no meu rosto,estampado
Com medo, implorando por ajuda, contei
Onde estava a compaixão?
Aquela frase, acompanha por uma risada, escutei
"É uma criança, é muita imaginação".
Anonimo.
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I'm invisible to you!?
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