Hoje era sábado, e Vinicius me chamou para irmos na Balada Blue Night. Essa balada sempre está lotada. Muitas mulheres bonitas, as melhores bebidas, muita badalação. Do jeito que eu gosto. Essa seria minha despedida do Brasil, ficarei no Canadá por um mês fazendo uma especialização. Tenho 25 anos, terminei a faculdade há dois anos, mas não quis fazer nenhuma especialização, até esse momento. Estava cansado de ficar só na curtição. Tem uma hora que isso cansa e você quer fazer algo mais gratificante na vida. Não que eu vá largar a vida de badalação, mas diminuir. Quero me tornar um homem digno de ser valorizado. Terminei de me arrumar e me olhei no espelho, assim, não é querendo ser convencido não, mas eu estava muito bem. Com uma calça jeans lavada, azul clara, uma camisa social preta com as mangas dobradas até o cotovelo, meu sapatênis, relógio, meu cabelo penteando de uma forma que parecia um topete. Vinicius me ligou e disse que já estava lá embaixo, meu primo, que não bebe e se diverte tanto quanto nós que bebemos, também iria, aproveitamos a deixa e já o convocamos como o motorista da rodada, isso se ele não sair de lá direto para um motel ou coisa assim. – E aí, cara? Tudo certo? – Perguntou Vinicius assim que entrei no carro. – Sim, mano. E você? – Ele disse que tudo certo também e assim partimos rumo a Balada Blue Night, nossa preferida. Chegamos e já fomos logo entrando, os donos são nossos amigos, por este motivo podemos entrar sem precisar pegar aquela fila imensa, afinal, não é para menos, a Blue Night é muito procurada. Assim que entramos, encontramos com meu primo Diego e seguimos para falar com o Eduardo e Henrique. Estávamos em um papo animado quando o Eduardo disse que iria ver a Let. Eu nunca vi o Eduardo assim, ele parece gostar dessa tal Let, e não sei, mas acho que eles têm futuro, pelo que eu pude perceber, quando ele fala dela, ela também parece estar gostando dele. Depois de um tempo, Henrique foi procurar o Edu e nós subimos para o camarote. Estávamos bebendo e comentando sobre futebol, quando começou uma sequencia de Harmonia do Samba e, praticamente, o camarote inteiro, e na sua maioria homens, estavam olhando para a pista de dança. Imediatamente olhamos também e, puta que pariu, quatro meninas dançando divinamente bem. Avistei o Eduardo e o Henrique no bar, olhando para a pista de dança e o Edu estava com uma carranca no rosto. De uma coisa eu tinha certeza, não era por aquelas meninas estarem roubando a cena, porque muitas já fizeram isso. Não tão bem quanto elas, mas já fizeram. Me passou pela cabeça que alguma daquelas poderia ser a tal Let, da qual ele tanto falava. O Henrique estava olhando fixamente para uma delas. Uma morena linda por sinal. Mas a que mais me chamou atenção foi uma de cabelo loiros escuros. No final do show improvisado, fizeram poses, todos aplaudiram, elas agradeceram e foram gargalhando em direção ao Rick e Edu. Como eu previa uma delas era sim a Let do Edu. Eles pareciam apaixonados e era estranho pra caralho ver meu amigo assim. Ele e o Rick nunca foram como eu, o Vini e o Di, eles eram quietos, saiam com umas duas por semana, enquanto nós pegávamos umas cinco ou mais. Na verdade, Diego e Vinicius pegavam mais que eu. Mas eu nunca pensei que um de meus amigos fosse se apaixonar tão rápido. Estou feliz por ele, ele sempre comentou que queria alguém para se apaixonar, ter um futuro com aquela pessoa e, pelo que estou vendo, ele achou. Claro que sabemos que nem tudo são flores, nos relacionamentos há turbulências e, obviamente, ele não iria se safar dessa, só esperava que tudo desse certo.
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Ontem resolvi sair cedo da Balada, peguei um táxi mesmo para não atrapalhar os planos do Vinicius e do Diego, meu voo era às 14:00. Só tinha voo às 14:00 e às 19:00, eu escolhi ir mais cedo, chegaria em Vancouver por volta das seis meia para sete horas da manhã, horário brasileiro. Então vim mais cedo para casa e estou puto porque não conseguir dormir nada. E isso se deve a uma loira de olhos verdes que não saiu da minha mente. Na hora em que olhei para ela, dançando, senti uma coisa no meu peito, não sei explicar, fiquei feliz e com meu coração aquecido por vê-la dançando tão leve. Assim que ela me olhou, ela meio que disfarçou e então saiu em direção ao banheiro e eu? Eu fiquei sorrindo feito um bobo por perceber que, assim como ela mexia comigo, eu também mexia com ela. E agora estou aqui no aeroporto, com uma ansiedade que nunca senti, os pensamentos em uma garota que provavelmente nunca mais verei e sem conseguir comer nada que coloquei no prato. Sim, resolvi almoçar no aeroporto mais meus pais, minha irmã, o Di, o Vini, o Edu e o Rick. – Qual foi, mano? Você tá aí tão quieto e nem tocou na comida? - Nada, Vini. Só ansiedade. – Ansioso, você? É isso mesmo ou entendi errado? – Diego falou se intrometendo. A verdade é que eu não ficava ansioso ou nervoso para nada. Mas eu estou sentindo que o Canadá vai dar o que falar. – Pois é. Para você ver que até eu tenho meus momentos de ansiedade. Depois dessa pequena conversa, comemos conversando amenidades. Meus pais me dando mil e uma recomendações. Minha irmã pedindo mil e uma coisas. E meus amigos me dando mil e uma dicas de "como pegar as estrangeiras". Como se eu precisasse...
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E hoje vocês conheceram o Silas! me contem, qual foi a primeira impressão que ele passou para vocês? tô curiosa.
Se gostaram, votem e comentem!
xoxo, bel

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Folhas do Amor
ChickLitEm breve, no Wattpad! Manuela é uma jovem de 23 anos que batalha para conseguir o que quer. E tudo que mais quer no momento é se firmar na sua área profissional. Quando é selecionada para fazer uma especialização no Canadá, não pensa duas vezes em a...