Loop - O Conto sobre Tempo de James Palliack

Capítulo 1 - Algo muito errado

Prefácio

(Bom, eu não sei como escrever uma história, essa é minha primeira vez, mas minha mãe insistiu que eu fizesse isso, como uma forma de tentar esquecer o luto, mas a real é que eu não gostava muito desse tio do meu pai, mas vamos lá né). Dito isso, vou relatar o que houve enquanto uso o programa que meu primo fez. O programa faz o upload de cada palavra que eu escrevo, maneiro, né?

15/12/15 - Já fazem quantos dias que as aulas acabaram?

03:44 AM -  Sabe aquele tio estranho, que compra coisas como cabanas em lugares que não existem no mapa? pois é, eu não tenho um desses. Mas meu pai, infelizmente tem, ou tinha, melhor dizendo. Meu pai ficou no testamento, entre outras coisas, com a cabana. Estamos indo, adivinha pra onde? esse maldito casebre, em vez de estarmos indo pra mansão do meu avô, que foi persuasivo o bastante pra nos deixar passar as férias do meio do ano lá, mas agora não o fez. Bom, só espero que lá tenha energia, para então eu poder ir à vários lugares: Itália, França, Texas, Westeros etc. Isso tudo sem precisar me mexer muito. Enfim, estamos chegando e eu realmente acho estranho o fato de conforme nos aproximamos, a quantidade de postes diminui. Bom, a cabana é bem... rústica, isso, minha irmã acabou de me ajudar com a essa palavra.

15/12/16- Minha primeira impressão é positiva.

09:28 PM - Já assistimos ao novo filme do Capitão América e bom, eu ainda continuo fã do Homem de Ferro. Depois de guardar o DVD, meu pai foi pro antigo quarto do tio dele e minha irmã tá ouvindo música e lendo alguma coisa que algum João grimm escreveu, não prestei muita atenção porque estou escrevendo aqui.

16/12/16 - Espero que quando voltar, eu me lembre de fazer o upload disso tudo.

05:31 AM - Meu pai e eu passamos as últimas três horas caçando, e foi legal. Tá, eu vou contar. São 02:28 da tarde, acabamos de almoçar e estamos saindo para matar alguns pássaros. Lembro que eu podia ouvir o assobio de alguns, e depois de atirarmos nos que vimos, eles pararem, só que algo estranho aconteceu, e eu não imaginaria que poupar um pássaro seria o meu maior arrependimento. à uns 200m da cabana, encontramos nosso primeiro pássaro, e meu pai deixou eu atirar nele. Depois que chegamos perto, ele não estava no lugar que ele caíra minutos atrás. Estranho? Sim, um pouco. Em seguida, continuamos andando até que encontramos ele de novo. Por que sabíamos que era ele? Tinha um buraco de bala de pressão, bala que pertencia à a arma que eu segurava, não ficou menos estranho quando ele saiu voando com uma bala no meio da barriga, mas ficou mais estranho quando ele saiu voando depois de ter levado uma bala entre os olhos, podíamos tê-lo arrancado a cabeça, mas quis deixá-lo ir. O bom é que só encontramos esse pássaro imortal uma vez, no pensamento positivo de que só existia um desses, os outros posteriores não eram tão insistentes quanto o primeiro.

16/12/16 - A pior ideia do meu pai também era a minha.

07:15 PM - Se você presenciar um pássaro que não morre por levar meros dois tiros, vai querer saber o porquê. Foi nisso que meu pai e eu pensamos, a única diferença foi que ele foi atrás das respostas. Eu tive que seguí-lo, não o ia deixar sozinho, então eu fui atrás dele, com a arma que ele me deu e uma lanterna. Depois de uns passos, certo foram muitos passos, nós encontramos uma canoa com um remo. Eu fiquei na frente com a lanterna e meu pai foi remando. Acho que já estávamos a um 1km de distância da cabana, mas meus esforços para buscar ou voltar por causa da Bell que estava sozinha lá, pareciam inúteis diante de um pai que mostrava um estudo de transe, ou um sistema operacional comandado por alguém que só queria encontrar o paradeiro do pássaro e o motivo dele ainda estar vivo, ou só nos fazer ir pra lá. Já estávamos a uns que, 1500m da cabana? eu só queria voltar pra ver se Bell estava bem, mas a canoa, tendo estranhamente se partido ao meio, não era muito útil. Meu único caminho era seguir ele. Fui com ele até onde parecia ser uma cabana também, e eu escrevi ''parecia'', porque ao entrar na mesma, meu pai descobriu que havia um túnel subterrâneo, bom, não sei se ele descobriu ou se ele sabia que estava lá, desprezando todo meu medo assombroso sobre o que tinha nele, eu entrei, e o que vi parecia ser uma cópia daquele laboratório de ''O Segredo da Cabana'', só que bem menos tecnológico.