153

544 56 124
                                    

1 de janeiro, meses atrás.

Anna olhava-se no espelho, dando um suspiro cansado e vendo as suas olheiras escondidas por trás da maquiagem que acabou de tirar.

Ela fazia tudo com um enorme cuidado e também lentamente, como se aquilo lhe desse preguiça, ver seu próprio estado estava sendo difícil para ela.

Anna tentou ser gentil a todo momento mas acha que magoou Chandler depois de dizer que estava cansada e que não aguentava mais ver pessoas.

E então ela estava trancada no benheiro e agora estava sentada no chão, abraçando suas próprias pernas, com a cabeça encostada em seu joelho.

Anna se odiava por não ser mais aquela garota feliz e forte que pensava que ninguém a colocaria no chão.

E novamente voltou a chorar como nas outras noites.

— Anna? — Chandler disse depois de bater duas vezes na porta — Você está bem?

— Não — Anna sussurrou.

— Abre a porta, por favor? — Ele pediu e Anna se inclinou para destravar e depois voltou a sua posição de antes.

Chandler entrou e se agachou em sua frente.

— Me conte o que está acontecendo com você, por favor — Chandler pediu e Anna olhou para ele.

— Eu juro que eu queria te contar — Ela disse ainda com a cabeça baixa.

— Me dê uma pista — Ele sentou ao seu lado e apoiou a sua cabeça no ombro dela.

Anna olhou para a sua frente e pensou em algo e logo depois olhou para Chandler.

— Você não acha isso confuso? — Ela perguntou, mudando de assunto.

— Vai mudar de assunto? — Perguntou e Anna suspirou.

— Eu não sei como te dar uma pista sobre isso — Ela fez um meio sorriso.

— Não consegue tentar nenhum pouquinho?

— Não consegue desconfiar nenhum pouquinho? — Ele sorriu.

— Não — Ele falou e ela revirou os olhos — Por mim.

— Ok. Mensagens — Anna falou e Chandler olhou para ela como se não entendesse — Eu dei a pista.

— Mensagem? — Perguntou e Anna concordou — Anna, seja mais espeficia, meu amor.

Anna não conseguia achar uma pista boa para dar a ele.

— 23 noites — Anna contou todas as noites em que ela se tornou Loren para Chandler.

— Anna — Ele levantou uma sobrancelha — O que eu vou fazer só com essas pistas?

— Natal — Ela disse se lembrando que ele havia lembrado da noite do seu aniversário.

— E mais?

— Eu não posso te falar muito — Ela disse e eles ficaram se olhando por um tempo.

— Ok — Ele suspirou — Podemos sair daqui?

Anna concordou e eles foram para o quarto.

Anna sentou na cama e olhou para o chão, ouvindo a música que tocava no jardim, onde os familiares de Chandler se encontravam.

— O que será que eles estão fazendo? — Ela perguntou, referindo-se a seus amigos.

— Eu não faço ideia — Chandler deu de ombros.

Começou a tocar a música da Cristina Perri, Thousand Years.

— Me concede essa dança? — Ele disse e Anna deu um sorriso, sentindo suas bochechas esquentarem.

— Eu amo essa música.

— Então isso é um sim? — Perguntou e Anna riu, assentindo.

Pegou em sua mão e fizeram a antiga posição de música, dançando fora do ritmo, com direito a risadas.

— Estamos dançando errado — Anna disse, entre risos.

— Se for pra dançar certo eu nem vou — Chandler falou e eles riram mais ainda.

— Você é péssimo — Anna disse enquanto a girava.

— Ninguém é perfeito — Ele falou e Anna concordou.

— O que acha de mim?

— Depende do que você quer que eu fale.

— O que eu sou para você? — Ele franziu o cenho e parou a dança.

— Minha melhor amiga — Ele falou e Anna deu um sorriso forçado — você é incrível, é uma pessoa que deveria existir em todos os lugares.

Anna o abraçou, mesmo que ele não tenha falado muita coisa dela, foi com carinho.

Chandler sabia que ela era muito mais que isso, mas não podia falar muito, já que não poderia mostrar nenhum sentimento a não ser amizade.

A PERSISTÊNCIA DE UM VENERÁVEL AMOR + chandler riggs Onde histórias criam vida. Descubra agora