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21 de setembro, um ano atrás.

— Vejamos bem, quer que entre alguém de confiança e que conheça o que ocorreu nos últimos meses? — O doutor perguntou para Anna, que assentiu.

A morena chamou Katelyn e Cray para dentro da sala.

— É difícil e vergonhoso de contar essa historia — Anna falou, dando um riso — Você provavelmente irá achar idiota mas pra mim significa muito.

Anna falou e fechou sua mão, onde tinha a pulseira que Chandler havia dado para ela.

— A um ano atrás, em 27 de junho as onze e quarenta e cinco para ser específica, em um festival de sons — O médico riu pelo detalhe — Eu fiquei perdida das minhas amigas e fui procurar alguém para não ficar sozinha, até encontrar essas duas garotas.

As duas sorriram para Anna.

— Elas estavam totalmente bêbadas e eu um pouco, então eu estava com uma garrafa quase cheia e fui até elas com o assunto de "vocês duvidam eu beber essa garrafa inteira?" — Riram — E elas falaram algo do tipo, "duvido e mais dois desafios", e foi onde tudo começou.

— Parece uma historia boa de adolescente — O médico disse e deu um riso.

— Não cheguei na pior parte — Anna falou e manteu o sorriso no rosto — Eu fui desafiada a beija-lo e mandar mensagens anônimas, eu o beijei e falei algo do tipo "feliz aniversário, esquentadinho" — Todos riram.

— Prossiga.

— Foi o melhor beijo da minha vida — Anna ria — Depois dali eu..passei a mandar mensagens para ele e ele foi totalmente grosso e rude comigo durante um ano, ele não tinha nenhuma demostração que gostava de mim até uns dias atrás.

— Talvez seja dai o seu diagnóstico — O doutor disse.

— E é — Anna ainda sorria — Eu durante todo esse tempo não demostrei nenhum tipo de fraqueza para ele, talvez só um pouco e ele só aproveitou disso, falando algo do tipo "isso é perca de tempo", "não tem como mudar uma pessoa como eu", "se você soubesse sobre mim, nem estaria falando comigo", isso mexeu muito comigo.

— E mais?

— Ele falou várias coisas parecidas com isso e a que mais me machucou foi a "você nunca vai ser o amor da minha vida", eu pude ter sido um pouco melosa demais para ele.

— Você sabe que não é o erro — Katelyn falou — Você conheceu ele a uns tempos e sabe que o erro é o passado dele e que você não prejudicou nada a ele.

— Ao contrario, depois de você, ele ficou mais interativo, ficou mais próximo, só não fala dos seus sentimentos.

— E não invente desculpas, porque você não é a vilã da historia — Katelyn terminou.

— Talvez eu tenha despertado um pouco ele com toda a minha alegria — Anna sorriu novamente.

— Você foi a melhor coisa que aconteceu com ele — Katelyn falou.

— E é verdade, por fontes confiáveis ele já está gostando da "Loren" — Cray disse e Anna sentiu seu coração pulsar mais rápido.

— E quem seria Loren? — O doutor perguntou.

— Sou eu nas mensagens.

— E eu nunca vi alguém tão lerdo quanto ao Chandler — Katelyn diz.

— E Chandler é o garoto rude? — Perguntou e Anna assentiu.

— Ele está tão adorável — Anna suspirou — Não é o mesmo mas mesmo assim me sinto mal por tudo que ele disse, eu não sou capaz de esquecer.

— E como foi o seu ano mandando mensagens para ele?

— Péssimo, a única coisa boa que eu fazia era conversar e sair com meus amigos, me deitar e dormir e ter varias insônias conversando com ele, beber e tentar esquecer mas era inevitável — Anna falou — Eu chorei tanto por tão poucas palavras.

O doutor pareceu sentir pena.

— Como ele é com você pessoalmente?

— Como você sabe que eu falo com ele pessoalmente?

— Deduzi — Ele sorriu.

— Ah, claro — Ela riu — Ele é outra pessoa, é um ótimo melhor amigo em certas coisas e é péssimo com palavras.

— Ele tem alguma coisa que o faça ser grosso nas mensagens?

— Sim, é..eu nem sei se posso dizer isso mas, ele perdeu a namorada dele, vai fazer dois anos amanhã e isso afeta ele de varias maneiras, ele não supera e pensa que nunca vai amar outra vez — Anna falou e se arrepiou — Ele não enxerga que outra pessoa pode ama-lo também e que ele pode amar novamente.

— Ele já foi ao médico?

— Varias vezes e ainda vai, eu nunca fui com ele mas sei o quanto é difícil ficar contando a mesma história varias vezes para os especialistas, é eles dizem que ele evoluiu a filofobia.

— Como está se sentindo?

— Bem mas ao mesmo tempo mal — Anna deu de ombros.

— Se descreva em uma palavra.

— Vazia.

Anna sabia que falar aquilo daria um resultado ruim mas ela não podia esconder a verdade.

Anna conversou com suas amigas e também com o doutor, contou algumas coisas que eram necessárias e respondeu algumas perguntas.

Ao ver do médico ela não estava bem e que urgentemente precisava de um atendimento, mas ele estava enganado.

Anna não tinha nenhum tipo de depressão, ela apenas estava triste por não ser correspondida.

Mas mesmo assim mentiria para Chandler, ela precisava saber onde ele iria para vê-lá bem.

A PERSISTÊNCIA DE UM VENERÁVEL AMOR + chandler riggs Onde histórias criam vida. Descubra agora