II

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270 dias até Gravity Falls

O despertador tocava freneticamente na cabeceira entre as camas de Dipper e Mabel. O menino abrira os olhos com pressa, fitando o teto, soltou um suspiro ao lembrar que estavam em casa. Seguros.

Ao virar, percebera que Mabel já não estava na cama. Ele sabia que, provavelmente, ela acordara uma hora ou mais, mais cedo do que o tocar do despertador. Deveria estar se arrumando, no banheiro ao lado, para o primeiro dia de aula no ensino médio.

Ela estava ansiosa demais.

- Mabel? - chamou ele olhando para a porta do banheiro, aberta. - Mabel?

- Até que enfim você acordou! - Disse com uma voz eufórica e distante vinda do banheiro. - Vamos, mamãe já veio conferir se estávamos acordados.

- E?

- Ela mandou acordar você.

- Você não me acordou.

- Eu adiantei o despertador.

Dipper fez uma cara emburrada ao olhar para o pequeno relógio e ver que ainda eram 7 horas. Ele deveria poder dormir até 7:30, mas parecia que a regra mudou depois que eles voltaram.

- Seu uniforme está na porta - afirmou Mabel saindo do banheiro e apontando as roupas presas à cabides pendurados na porta de madeira branca. Ela já trajava o seu: uma blusa branca de gola preta com o emblema vermelho, amarelo, verde e azul da escola, um short preto não tão curto com duas listras brancas próximas à barra, e um moletom vermelho cereja amarrado na cintura. - Anda!

Ela aproximou-se e puxou-o pelo braço, com força, quase derrubando-o sobre o tapete.

- Estou indo Mabel.

A menina sorriu com a leve vitória, dando as costas e pegando sua mochila próxima ao guarda roupa de madeira branca. Era jeans, diferente da do dia anterior, tinha um pom pom branco como chaveiro e apenas três botons, um das cores da bandeira LGBTQ, um com o símbolo de Yin Yang e outro de um personagem de um desenho animado que assistiam quando crianças, mas que Mabel nunca deixara de amar.

Dipper revirou os olhos, passando as mãos nos cabelos desgrenhados, deixando a marca de nascença aparente por alguns segundos. Viu a irmã ir atrás dos seus tênis enquanto pegava seu uniforme na porta e entrava no banheiro.

Ele fitou a própria imagem no espelho e riu da situação em que encontrava seu rosto, pondo sua roupa e ajeitando seus cabelos rapidamente com um pouco de água e creme. O uniforme não era muito diferente do de Mabel, exceto pelo fato que usava uma bermuda que atingia pouco acima do joelho ao invés de um short. Felizmente tinha bolsos.

Pegou o seu pijama e saiu do banheiro, dobrando a roupa e pondo-a em seu lado do guarda roupa. Mabel já estava completamente vestida, com a mochila nos braços, estava sentada em sua cama lendo algo em seu celular, trocando sua atenção para Dipper assim que escutou-o fechando a porta do guarda roupa.

- Você demorou. - Acusou-o cruzando os braços

- Desculpe se eu não acordei uma hora mais cedo que todo mundo daqui de casa. - Ironizou dirigindo o olhar para Mabel, logo procurando seu tênis preto que usava para todo lugar que ia, mas que por ironia, havia se esquecido de por na mala para levar para Gravity Falls.

Mabel deu a língua e revirou os olhos, fazendo Dipper soltar uma risada abafada.

- Idiota - Disse jogando uma das almofadas de sua cama na cara do irmão.

- Para que agredir Mabel?

- Amarra esse cadarço logo e vamos, Dipper. A gente vai perder o ônibus - Reclamou enquanto batia um dos pés no chão.

- Dramática... – Sussurrou.

Dipper não demorou muito para amarrar o cadarço, já que fazia graça para irritar mais ainda a gêmea que bufou em seu lado. Ele riu, se levantando e pegado a mochila azul-marinho que estava debaixo da cama, já com os materiais dentro, e pôs o boné que trouxera de Gravity Falls para esconder a marca de nascença na testa.

Mabel sussurrou um aleluia, e Dipper riu baixinho, ao menos ele achava isso, pois recebeu um olhar de reprovação da irmã que o fez engolir em seco.

Caminharam até a mesa sob o som de Mabel arriscando cantar uma música do One Direction que fez Dipper ter vontade de rir mais uma vez, mas que se conteve pelo próprio bem. Sua mãe estava sentada em uma das quatro cadeiras, e Dipper deduziu que seu pai já teria saído pela hora que o relógio marcava: 7 horas e 45 minutos.

Ele realmente havia demorado no banheiro.

- Bom dia mãe – Disseram os dois ao mesmo tempo, mesmo que Dipper parecesse um morto vivo enquanto Mabel esboçava um enorme sorriso, de dar inveja a qualquer um.

- Bom dia meus pequenos. – Respondeu assentido com a cabeça e levantando para requentar o leite – Vocês demoraram, o leite já esfriou.

- Culpa do Dipper – Atirou Mabel com um sorriso de canto.

- Da próxima vez não vou ficar esperando vocês com o café pronto – Concluiu, prendendo os cabelos em um nó, ligou o fogão.

- Até eu? – Indagou Mabel, um tanto quanto indignada – Mas quem se atrasou foi o Dipper, não eu.

- Então porque não veio primeiro? Vocês nasceram grudados é?

- Sim – Responderam os dois juntos, o que acarretou em algumas risadas da mulher à frente, logo seguida dos filhos. Era uma pergunta idiota que ela sempre se esquecia de não fazer, pois a resposta era a mesma.

Eram gêmeos, oras. Mesmo que a afirmação não estivesse totalmente correta, ainda era engraçado.

Ela serviu o leite para os dois adolescentes e assistiu eles comendo enquanto limpava o resto da louça da noite anterior, onde comeram pizza já que o pai, que ficara de fazer a comida, era um desastre em cozinhar.

- Hoje a louça do almoço é da Mabel – Comentou Dipper bebendo um gole de seu leite sem açúcar, porque por algum motivo ele preferia assim – É um dia ímpar.

- Mas você quem fica com os dias ímpares! – Reclamou Mabel comendo um biscoito qualquer que tirara do pote à sua frente – Mãe!

- Dipper... – Repreendera a mãe dos dois pondo a mão na cintura.

- Tá bom, tá bom, eu me rendo. – Se deu por vencido. Seu truque não havia funcionado.

Mabel soltou uma de risadinha, soltando farelos biscoito pela mesa.

- Você não me engana, Dipper Pines.

- Eu sei, Mabel – suspirou esboçando um leve sorriso de canto, leite manchando seu projeto de bigode.

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OIE PESSOAS QUE LERAM O PRIMEIRO CAPÍTULO DESSA HISTÓRIA MARAVILINDA!

Não gosto de por recadinhos no final, mas nesse caso eu não me aguento.

Eu sei que a Shifu vai querer me matar por eu não ter postado capítulo de Vagalumes, então resolvi fazer esse aqui – Que incrivelmente foi mais trabalhoso.

Era muito tempo sem postar essa história que eu amo pacas, então acho que ela merece uma chance.

Para resumir:
1. Esse capítulo foi para a Shifu não me matar.
2. Eu não desisti dessa história. (mesmo tendo escrito o que eu escrevi no 1)
3. Eu pretendo postar mais um capítulo ainda nessa semana (GLORIA A DEUX)
4. E por último, mas não menos importante:
PELO AMOR DE ODIN SHIFU, NÃO ME MATA. NÃO. ME. MATA.

SENHORAS E SENHORES, MENINOS E MENINAS: EU VOLTEI COM 271: GRAVITY FALLS!

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jan 22, 2019 ⏰

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271: Gravity FallsOnde histórias criam vida. Descubra agora