Capítulo 2 - Talk Dirty

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Louis estava atônito. É logico que esperava um garoto bonito mas não que fosse perfeito.

Era mais um pouco mais alto que ele, era verdade, mas isso não era um problema quando se tinha um par de olhos verdes brilhantes, um rosto delicado e um corpo deliciosamente maravilhoso parado a sua porta.

- É, eu... Eu... Pode entrar - O residente deu passagem a Harry, que observava cada detalhe da casa.

- Então - Olhou em um pedaço de papel - Zack, como vai preferir?

- Olha, para falar a verdade eu não sei e pode me chamar de Louis, Zack é um nome falso que dei a atendente para não me reconhecerem.

O castanho abriu uma risada gostosa, fazendo Louis se sentir mais envergonhado e idiota do que já estava se sentindo.

- Não se preocupe, o que fazemos aqui é sigiloso, até porque seria antiético. Afinal se uma pessoa liga para a CherryBerry a última coisa que ela vai querer é ser exposta.

- Eu não preciso assinar nenhum contrato nem nada né? - Harry não queria rir da cara do seu cliente mas era impossível, Louis era extremamente adorável.

- Claro que não, pode relaxar - O castanho já se aproximava do arquiteto, tentando fazer um carinho, mas ele recuou.

- Espera, eu acho que... Se a gente vai fazer isso - Engoliu em seco, ainda perdido nos olhos esmeralda provocantes - Nós... Precisamos nos conhecer melhor.

- Que? - Harry fez uma expressão confusa; será que Louis sabia realmente do que aquilo se tratava?

- É que eu não quero dormir com você assim, sem conversar um pouco, sei lá... Criar um clima. - Coçava a cabeça, desajeitado.

- Louis querido, você vai me desculpar mas não é assim que funciona, não é como um aplicativo de namoro ou algo do tipo. Tudo que você tem que fazer é me foder e me pagar, apenas isso. Não precisa ser meu amigo nem ao menos se lembrar do meu nome. - Sua expressão logo entristeceu-se.

- Entendo, é que... Eu pensei que... Esquece o que eu pensei. Vamos, eu vou te dar seu dinheiro, perdão por fazer você perder seu tempo com alguém tão estupido como eu. - E agora era a vez do garoto de programa se sentir mal. Sua intenção não era ser rude, apenas estava tentando fazer seu trabalho, não queria colecionar mais uma história de um cliente apaixonado por ele.

Mas por outro lado, Louis parecia ser gente boa e até porque, o que teria de mal conversar com alguém legal?

Louis remexia em sua carteira quando o mais alto o deteve.

- Hey, não precisa. Eu não vou embora - Lhe lançou um olhar terno, fazendo o outro ficar ainda mais fascinado - Eu sei como é, já lidei com newbies.

- Newbies?

- Caras que nunca dormiram com um garoto de programa, geralmente são solitários e só querem um pouco de diversão em suas vidas. E quer saber uma coisa? - Encostou os lábios em seu ouvido - Eles são meus favoritos. - Ele voltou para a sala e Louis respirava fundo, se recuperando da voz melodiosa e rouca que agora ficaria em sua mente para sempre.

x-LS-x

- Mas e então, á quanto tempo você, hum, está no ramo? - Louis perguntava receoso da reposta, bebericando seu uísque.

- Desde os 18 - O castanho respondeu com naturalidade, bebendo seu vinho e quase fez o cliente se engasgar.

- Wow, mas 18 não é meio cedo?

- O importante é ser de maior para não baixar a policia lá.

- E quantos anos você tem?

- Não é da sua conta. - De repente sua cara ficou mais séria e o arquiteto amedrontou-se - Brincadeira - Riu costumeiro - Eu só não gosto de falar, senão acaba com minha persona "angelical", tira o encanto.

Delivery | Larry Stylinson (2ª Temporada em andamento) Onde histórias criam vida. Descubra agora