I- A calma das ondas

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A frieza que te tratei,
poderás me perdoar?
Mas oras,
não sou apenas uma reflexão de você?

Houve tempestades, furacões.
Mas agora, só escuto o canto dos pássaros,
a calma das ondas,
tu és como o mar.

Lembro-me a última vez que tentei enfrentar as águas, me afoguei.
Agora tudo parece tão calmo,
Devo tentar novamente ?

Uma paz momentânea encoberta
Por toda dor já derramada
Sinto que irei me afundar novamente,
ou não.

Não quero, por favor não deixe
Mas sofrerei caladamente por medo de te amar ?
Se és para perecer,
porque não perecer por me arriscar  ?

Preciso ...

Preciso mostrar além das linhas
Além de pequenos versos
Na poesia dos meus olhos fitando os seus
Que eu te amo

Serei retribuída ?
Talvez não, devo insistir ?
"Só o tempo lhe dirá"
Quanto tempo ainda terei que suportar?

Já me decidi
Entrarei no mar, aviso que não sei nadar.
Me salve querido,
ou sinto que morrerei afogada.

                                    
Camila Neres
   21 de maio de 2018

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