114| pov

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clary.

Eu havia voltado da escola depois de um dia mais do que estressante e cansativo.

Hayes tinha faltado e o Nash não aparecia no colégio faz dias. Se ele continuasse assim provavelmente iria repetir o ano. E aqui tava eu, enrolada nos lençóis do meu quarto ouvindo músicas que passavam no rádio.

"I've been working on e myself and on my patience but sometimes that shit don't come easy..."

Nash. Eu odiava isso. Cada coisa me fazia lembrar dele.

"And I see you've been tryin your best to give me explanations but words don't really cut it lately..."

Você não pode tar gostando desse filme." Nash me olha com tédio.

"Porquê?" Pergunto. "Eu tô gostando."

"Porque não é real." Ele aponta. "Nada daquilo é real. O amor não existe, nem é eterno. Não se pode ficar com a mesma pessoa pra sempre, algum dos dois sempre acaba indo embora."

Enrugo minha testa. "É isso que você pensa?"

"É isso que acontece." Diz neutro, desviando seus olhos pra longe

Fecho os olhos. Ele me disse. Ele me avisou que não acreditava no amor, que não era capaz de amar.

"Remember when our love was precious we thought what we had was the best, yeah..."

Mas tudo pareceu tão real.

Nash..." Riu me voltando de frente pra ele. "Deixa eu ir."

"E se você se machucar?" Ele faz beicinho.

Ele é tão fofo, credo.

"A gente tá na areia, idiota." Aponto revirando meus olhos.

"Pelo menos deixa eu por protetor em você." Ele diz se dirigindo até sua mochila.

Nash volta colocando o líquido na ponta dos seus dedos e depois na parte superior das minhas bochechas deixando marcado duas riscas brancas.

"Now every answer's a question
Like every night is one of us is getting aggressive...."

Ele era a porra do garoto convencido.

TEM UM MORTO AQUI!" Grito saltando da cama pro chão, acontece que acabo tropeçando e caio. "Eu tô bem."

"Que caralho..." A pessoa se remexe nos lençóis.

Eu conheço essa voz. Merda. Merda. Merda. Levanto lentamente e puxo a coberta pra ver uns cabelos castanhos lisos e um rosto angelical querendo dormir. Nem parece que de dia é o encrenqueiro que é.

É aquele ditado: boas molduras não salvam quadros ruins.

"Nash?" Chamo, só pra garantir que não tô louca.

"Não, o Papa." Até de manhã ele é cínico, meu deus. "Dá pra você parar de falar? Quero dormir."

O ignoro e continuo falando. "O que você faz aqui? Como entrou? Grier, tu me assaltou?"

Ele bufa, cobrindo sua cabeça com a minha almofada. "Caso não saiba, eu tenho mais dinheiro que a porra da sua família junta.

"The other one's acting possessive
Guess it's the way that we do shit now..."

Irmão do meu melhor amigo.

Jasus, Clary."

Grito alto e meu corpo salta com o susto batendo minha cabeça na porta da geladeira. "Ah..." Grunho de dor.

Sua risada ecoa pelos meus ouvidos me fazendo encarar seus olhos azuis com raiva. "Mas você é muito cretino mesmo."

"Culpa dessa sua abaixada, bebé." Nash diz lambendo seus lábios. "Olha se não fosse eu a vir."

"Qual problema? Nenhum de seus amigos pode ser mais ousado que você." Falo.

Ele ri se aproximando de mim a passos largos mas eu recuo. "Deixa de ser marrenta, Clary, me deixa olhar sua cabeça."

"Não, eu não-"

Ele prende suas mãos no meu rosto contra a minha vontade e eu suspiro tensa encarando seus olhos concentrados na minha cabeça. Seus lábios se unem e a sua respiração bate na minha pele, me arrepiando.

"Você é bem exagerada, sabe? Não tem nada aqui." Ele devolve o olhar.

"Eu disse que não precisava da sua ajuda." O empurro de leve afastando meu corpo do dele.

"Quando tu vai admitir que gosta de mim, hein? Tá meio chato já." Nash fala se achando.

A primeira pessoa em que confiei de verdade.

Ele me puxou pra dentro do banheiro feminino como eu havia escolhido e me colocou sobre a pia me atacando ali mesmo. Nossas línguas se encontravam numa batalha, nosso beijo tinha violência e desejo ao mesmo tempo. Nash agarrou meus cabelos com força, aquilo era pra ter doido mas acabou sendo prazeroso, levei minhas unhas à sua nuca a arranhando e ouvi seu gemido rouco despertando minha loucura. Ele tirou minha blusa e eu aproveitei pra tirar a sua também me deparando com aquele peitoral nu e tentador. O enchi de beijos molhados deixando alguns chupões que certamente deixariam marca pra mais tarde.

Em seguida, eu estava apenas de calcinha e Nash brincava com meus seios o quanto dava. Ele os apertava e sugava sem piedade me deixando completamente molhada. A única peça que restava foi retirada de mim deixando minha intimidade nua. Ele desceu sua calça até aos pés colocando seu membro ereto completamente à vista, Nash rapidamente pegou uma camisinha da sua carteira e a colocou me puxando pra sentar de novo e dessa vez ele penetrou.

"You and me we never say we're sorry
Hands around my body..."

Mas também a primeira que me partiu o coração. Eu nunca me tinha apaixonado antes, eu apenas via o amor nos filmes. Nunca o tinha sentido. E o Nash mudou isso, ele mudou tudo.

Sinto as lágrimas escorrendo pelo meu rosto e suspiro.

"If it isn't love, tell me why do we hurt so good together? So good together..."

Eu não o odiava nem apenas gostava dele. Eu o amava.

"Clarissa?" A minha mãe surgiu na porta. "A gente tem que conversar."

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esse cap foi uma espécie de remember, eu gostei da ideia e espero que também tenham gostado

xx Buhh

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