Sonhos Inimagináveis

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Eu não estava nem um pouco a vontade dentro daquele carro, não sei dizer se ao certo a que isso se devia realmente, se era pelo fato de estar com a calcinha completamente encharcada, se era pelo meu coração que teimava em bater tão forte quanto o Olodum no pelourinho ou se era o sorriso abobalhado que ficou estampado em meu rosto.  Fernando me olhava com aquele mesmo  brilho estranho no olhar  como se estivesse com um presa fácil bem diante dos teu olhos,conseguia enxergar em teu rosto aquele ar de dever cumprido. Ele me puxou gentilmente e encostou minha cabeça em teu ombro, ficou me fazendo um cafuné enquanto dirigia e disse:

-Calma pequena, eu vou passar em casa antes da gente sair, você toma uma ducha e fica tudo tranquilo, eu aproveito pra trocar de roupa, você me deixou tão cheio de vontade que não deu tempo de me vestir.

Naquele momento dei um beijo amável em teu rosto, senti os pelinhos de sua barba roçarem em meu rosto em uma sensação super agradável e de súbito fui invadida por um medo terrível daquilo tudo não dar certo e eu sofrer no final, já conseguia prever.

Chegamos ao condomínio em que ele morava e subimos para o seu apartamento, a cama dele ainda estava bagunçada do mesmo jeito de quando nós dois dormimos, senti uma pontinha de alegria porque de alguma forma havia ficado um pedacinho meu ali com ele.

Ele me pegou pela mão me dando alguns selinhos, me entregou um roupão e disse:

-Toma, só não  demora porque vou sentir sua  falta.

Sorri em resposta e beijei novamente o seu rosto, eu realmente gostava do efeito que o roçar  daquela barba em meu rosto exercia sobre o meu corpo,afundei o meu nariz sobre o rosto dele sentindo o cheiro especial que ele tinha, cheiro de homem, estava na ponta dos pés e toquei a nuca dele com os meus  dedos e senti que por um instante ele estremeceu, pensei: “o cheiro dele me deixa hipnotizada”, continuei acariciando meu rosto no dele, queixo, bochecha, nariz, olhos...meu lábios entreabertos deixavam alguns beijos discretos e úmidos por onde passava e naquele momento eu resolvi olhá-lo, sua expressão era serena e a beleza do seu rosto era algo incomparável,seus olhos estavam fechados, sua boca parecia implorar por um beijo meu, segurei o rosto dele entre as minhas mãos como alguém segura uma obra de arte, beijei aquele par de olhos fechados, a pontinha daquele nariz que parecia ter sido esculpido, dei uma leve mordida em seu queixo o que me rendeu um breve sorriso da parte dele,passei a pontinha de minha língua no canto de sua boca, automaticamente ele me puxou pela cintura e nos beijamos, naquele beijo eu pude sentir o quanto ele me desejava,o quanto o corpo dele desejava pelo meu,mas não era apenas isso, ele me segurava como se eu fosse a sua única salvação.

Enquanto nos beijávamos nossos corpos se embalavam como se dançássemos, eu sentia a situação mais ambígua da minha vida, aquele homem lindo estava ali em minha frente, aparentemente tão forte, mas após ter cedido aos meus carinhos parecia agora tão frágil... Eu o beijei com ainda mais vontade nossas mãos percorriam nos corpos um do outro desvendando cada centímetro de pele. O Fernando encaixou uma de suas mãos em minhas nádegas o que me fez suspirar e lembrar de levar o ar novamente para os pulmões, o volume em sua cueca crescer e roçar em mim.

Meu corpo todo incendiava, estava completamente tomada pelo torpor daquele momento, nem conseguir conter-me levei as minhas mãos até a sua bermuda e apertei o teu membro, sentindo-o rijo e pulsante, Fernando levou meus cabelos para o lado e foi mordiscando o meu pescoço, despertando um mundo de sensações , aquelas que nunca apareceram nem em meus sonhos inimagináveis.

Ainda segurando firme pela minha bunda ele murmurou em um tom muito sensual em meu ouvido:

-Você está me devendo alguma coisa, até onde eu saiba te presenteei com algo no carro e você não me retribui, está 1x0 pra mim.

Que nada te leve.Onde histórias criam vida. Descubra agora