1 - Rotina

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Olá! Essa fanfic também está sendo postada no Spirit por mim mesmo, é só procurar pelo mesmo nome. Espero que gostem!

(***)

- Sarada poderia segurar um pouco o seu irmão pra mim? Preciso terminar a sua lancheira.

A menininha de olhos tão negros quantos os seus desviou o olhar da Tv para olhar o pai que a observava na entrada da sala de estar com o bebê nos braços que dormirá após beber todo o leite da mamadeira. Sarada fungou o nariz uma vez e se ajeitou o melhor possível no sofá, abriu os braçinhos de um jeito que pudesse segurar o irmãozinho sem problemas e Sasuke se apressou ao deixar o pequeno bebê descansar nos braços dela.

Sarada olhou para Hiroto, seu irmãozinho, que dormia profundamente em seu colo e apertou de leve os braços em volta do menino de um jeito protetor, com medo de deixá-lo cair. Voltou a prestar atenção na Tv logo depois interessada no estranho desenho de um cachorro covarde.

Dá cozinha Sasuke olhava a cena com um sorriso tranquilo no rosto. Tinha muita sorte. Sua filha era a criança mais pacífica do mundo assim como o pequeno Hiroto que não chorava muito e não lhe dava tanto trabalho quando ele esperava ter. Para um homem que a dois meses atrás não sabia cuidar de crianças ele estava indo muito bem diga-se de passagem. Sim, a dois meses atrás ele não fazia ideia de como trocar uma fralda.

Sasuke tinha relacionamento instável com Sakura, mãe dos seus filhos, mas não poderia chamar o que tinham de um casamento feliz. Por sorte não eram casados no papel e isso o ajudou para ter a guarda definitiva dos filhos mesmo que tudo tivesse ocorrido rápido demais. Foi tudo muito estranho e Sasuke ainda se pega indagando o que de fato a fez ir embora, certo de que a culpa fosse tanto dela quanto sua. Ele sabe que nunca foi tão presente em sua vida, que passava mais tempo no trabalho que em casa, mas não justifica nada a mulher de repente arrumar suas malas, colocar uma carta em cima da cama, deixar os filhos com a madrinha deles e simplesmente ir embora. Ela não abandonou Sasuke, ela abandonou os filhos. Os próprios filhos - filhos que alegava amar mais que tudo - e nunca mais se soube dela. Sasuke nem sabe o que poderia fazer caso visse aquela maldita outra vez em sua frente.

E hoje faz exatamente dois meses desde o acontecimento.

Tentou não pensar mais sobre o assunto enquanto colocava dois sanduíches de presunto e tomates dentro de um pequeno pote plástico - a filha também amava tomates assim como ele - juntamente com a garrafinha cor-de-rosa com o suco natural de morango e uma maçã madura logo ao lado. Fechou a pequena lancheira da menina e olhou para o relógio de pulso onde marcava 7:30h. Ótimo, a escola de Sarada abria exatamente as oito mas Sasuke tinha a mania pontual de sempre chegar mais cedo.

Passou mais uma vez pela sala garantindo que a filha ainda estava lá segurando o irmão e caminhou direto para a garagem destrancado o veículo estacionado. Deixou a mochila da filha no banco do carona e verificou as duas cadeirinhas no banco traseiro antes de voltar para dentro de casa mandando a menina desligar a Tv.

Sarada se apressou em se levantar, com todo cuidado pois ainda segurava o irmão, e esperou o pai se aproximar para pegá-lo. Assim feito ela caminhou sozinha para o carro enquanto Sasuke pegava a bolsa do bebê e as chaves de casa.

O Uchiha verificou três vezes antes se não tinha esquecido o forno ligado até se convencer que estava tudo em ordem e trancar a casa.

- Papai não esqueceu de nada? - Indagou a menina ao moreno que brigava um pouco para fechar a cadeirinha de Hiroto. Sasuke ergueu uma sobrancelha para a filha. - A sua bolsa de trabalho.

Ele balançou a cabeça surpreso. - Oh, sim. Obrigado filha. - Se afastou do carro apressado em destrancar a casa de novo e ir buscar sua bolsa assim como a pasta que havia esquecido em cima da cama.

Os meus, os seus e os nossos filhosOnde histórias criam vida. Descubra agora