O desbotar das cores "... tornando o sorriso numa tristeza."

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Júlia, uma menina um tanto curiosa e doce, teria apenas 8 anos. Vivia num apartamento, junto com seu pai e sua mãe; era conhecida, e seria muito amada por todos do prédio, por ser uma menina prestativa, caridosa, por tratar todos de forma respeitosa, dos mais simpáticos, aos mais rabugentos, e até com quem nem mesmo conhecia; e por ser sempre alegre, pois por onde passava, partilhava a sua alegria.

Épocas como os natais, Júlia sempre chamava todos do prédio para se reunirem, comemorando o natal em sua casa, e lembrando das coisas boas que o ano havia dado; havendo muitas brincadeiras, troca de presentes, e muitas gargalhadas. Sempre procurando que todos se divertissem e participassem. Não só em ocasiões como no natal, mas como em muitos outros eventos do ano.

Sua vida é perfeita. Mas será que vai ser sempre assim?...

Num dia como todos, Júlia acorda, foi para escola como de costume, e chegando a aula de educação física, Júlia sente uma dor profundamente enquanto corre. Começa a ter tontura, e muita dor de cabeça; mas ela não demonstra isso, e segue a aula. Mas chega um momento em que ela desmaia. Todos presenciando o momento, espantados correram para avisar à professora, e assim, ela ligou para os pais de Júlia para virem buscar a menina.

Os pais de Júlia estavam trabalhando neste momento, mas quando souberam do estado de Júlia, deixaram tudo o que faziam, e foram direto para escola. A levaram para o hospital, e foi deixada com o irmão da mãe de Júlia, o Dr. Miguel; ao qual examinaria Júlia.

Depois dos exames, enquanto ela estando repousando na cama, seus pais a observavam atentamente simultâneo, exprimindo preocupação com fervor, esperando que despertasse. Até que Miguel os chama em seu escritório, para dar os resultados. Nesse momento, eles se sentem pressionados pela situação.

Chegando lá, todos sentam-se, e evidentemente, o clima era de séria tensão. Miguel os olhava com tristeza, enquanto eles se sentiam inquietos. E com a certeza que não haveria jeito para aquele caso, ele teria que falar. Mas algo dentro de si, protestava contra este pensamento. E dessa forma ele fala:

-Bom, tendo feito os exames, eu não imaginava que seria algo tão sério... 

Então Miguel, explicou minuciosamente o que estava acontecendo dentro de Júlia. Ele queria trazer todo esse "processo", para ser um tipo de distração. Pois ele não queria falar logo de cara. Mas o casal, percebe sua enrolação. E pede que ele chegue logo ao ponto. Ele mesmo sem antes falar, já estava com profunda tristeza. O que o fez estremecer do exterior ao interior.

-"Ela está com câncer". Foi a palavra que mais marcou e chocou aos pais de Júlia. Depois das palavras do Miguel, não precisou-se falar mais nada. Eles se retiraram, e seguiram em direção ao quarto em que Júlia estava.

Ao chegarem, se deparam com Júlia sentada na cama. E assim, eles ficam um pouco aliviados, a abraçando fortemente. Tendo a levado para casa, decidiram não comentar "ainda" sobre o câncer com Júlia.

No dia seguinte, Júlia mais uma vez, acordava-se para ir a escola. Mas acabasse cancelando às aulas. Sendo assim, ela junto com seus pais, visitariam sua vó paterna, a Dona Alindara. Só que no meio do caminho, Júlia passa mal.

Isso os obrigou a irem novamente ao hospital. E Miguel, a examinando de novo, falou:

-Júlia não tem condições de voltar para casa neste estado, ela precisa ficar aqui no hospital. E fazer os tratamentos recomendados. Vocês terão que trazer as coisas dela, e deixar ela conosco.

O casal, sem escolha, fizeram o que Miguel havia dito. E consequentemente também, falar toda verdade à Júlia. Eles pensavam que Júlia, compreenderia, mas não foi bem assim. Depois de tudo explicarem, a reação de Júlia foi inclinar a cabeça, e tornando o sorriso numa tristeza. Tendo feito isto, seus pais retornaram ao carro, e prosseguiram à viagem.

Enquanto Júlia acha que estava só, logo é surpreendida por alguém...












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