Questão de Fé

O milagre "Isso é Deus...".

-E agora? O que farei? Não tenho coragem... Vou falar com Gabriel, para ver se ele me ajuda.

Ela liga para Gabriel, com o celular de Lena; e pede para que se encontrassem na frente do hospital.

-Cheguei! Falou Gabriel, chegando no horário combinado.

-Oi.

-Qual a dúvida?

-Não é dúvida... É uma outra coisa.

-Fale.

-Bom, é que eu tive o desejo no meu coração, de falar, pregar a palavra de Deus para outras pessoas, mas... tem um pequeno problema. Eu sou tímida.

-Da mesma forma, que Deus fala a Josué, Deus fala à você Júlia: "Não fui eu que lhe ordenei? Seja forte e corajosa! Não se apavore, nem se desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar".

Ele está com você Júlia, e se tu vais falar dele, tu não deves ter medo. Deves honrar, obedecer, deves se preparar. Mas antes de pregar aos outros lá fora, você deve começar por baixo, pela sua família. Tem alguém assim?

-Minha mãe, meu pai... Eles se distanciaram.

-Já é um começo.

-Obrigada Gabriel, vou seguir seu conselho.

-Por nada.

-Vou para casa agora.

-Quer que eu te leve para minha casa? Aí você só pede permissão, e eu aproveito e te ajudo a se preparar. E de lá, vamos para sua casa.

-Melhor ainda!

E assim acontecia, Júlia estudava enquanto Gabriel, a auxiliando e aconselhando. Isso repetiu-se quatro vezes, em quatro dias. E no quinto dia, só deram uma revisada para a noite.

-Gabriel, estou nervosa.

-Vai ficar tudo bem Ju.

-Vem Júlia, falar o que você quer para gente! Falou a mãe de Júlia.

-O que é exatamente? Cochichou o pai.

-Eu também queria saber. Replicou a mãe.

Então, começava Júlia, a falar o que sentia, e o que queria para seus pais. Os dando um aconselhamento. Quando acabou de terminar, o seu pai falou:

-Júlia, eu e sua mãe, ficamos maravilhados, e tocados pelas suas doces e belas palavras. E voltamos para Deus.

-Pode orar por nós?

-Mais é claro!

E assim orava pelos seus pais, enquanto eles choravam de alegria, por sua filha estar andando nos caminhos do Senhor.

E no dia seguinte, Júlia estava decidida que pregaria para as crianças. Quando chegara lá, havia uma criança, assim como ela, que estava num cantinho sozinha triste, e ali foi falar com ela, chamava-se Beatriz. E as suas palavras, chamaram à atenção das outras que estavam ali, e escutaram junto com Bia, a palavra de Deus. E todas elas o receberam, o aceitaram como seu salvador. E uma das palavras que tocavam as crianças eram: "Se alguém morre de alguma doença, e aceita a Cristo, é porque Deus permite, e porque Ele quer que ela fique juntinho com Ele lá no céu".

E por isso, toda vez que fosse pela sala das crianças, pregava, e brincava com as crianças. Muitas vezes trazia gincanas, materiais recicláveis para fazer brinquedos, e até fantasias. Todos a amavam, era conhecida por Juju.

E não é que ela estava espalhando sua alegria mais uma vez? O que já era de se esperar.

Júlia, não só para as crianças pregava, mas também aos idosos, adolescentes, a todas as pessoas do hospital. E por causa disso, quando Júlia passava pelos corredores, sempre havia alguém falando com ela.

E isso acabava de acontecer num dia de terça feira, pois estava indo em direção ao escritório do Dr. Miguel, pois ele havia a chamado.

-Júlia, filha! Apelava a mãe de Júlia, enquanto entrava.

-Mãe? Pai? O que estão fazendo aqui? Perguntou Júlia.

-Miguel nos chamou aqui, filha.

-Eu tenho boas notícias. Interrompeu o Miguel.

-O que?

-Deixa Miguel falar papai!

-Prossiga Doutor.

-Bom, como eu havia falado antes, tenho ótimas notícias. Júlia não tem mais câncer. Por isso, poderá voltar para casa. Eu me surpreendi, pois nos últimos exames, Júlia estava num estado terrível. Ela estava imutável, mas agora, está melhor. Isto é insólito! Nunca achei que havia essa possibilidade.

-Isso é Deus Miguel. Acrescentou Júlia.

Algo dentro de Miguel, concessiona dentro dele. Algo diferente.

-Então... Que Deus é esse?

-O Deus que você precisa conhecer.

Feito por: Bruna Evelyn Campos 05