Prólogo

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Erro.

Uma palavrinha pequena, mas com um peso tão grande, capaz de fazer a pessoa mais santa te julgar em silêncio.

Há erros mais aceitáveis que outros. Alguns são difíceis de perdoar. Tem os que são fáceis de esquecer e aqueles que gostaríamos de poder apagar.

Todos nós erramos em algum momento da vida, isso nos faz crescer. E independente do lugar, da pessoa ou da proporção, você tem algo que se arrepende, não é mesmo?

Eu tenho.

Eu errei.

Muito.

Pode me julgar, sei que está fazendo isso. Eu mesmo faço quando estou sozinho. Mas, antes de me condenar, se olhe no espelho. Qual a coisa que mais se arrepende? Você gosta do que vê? Consegue encarar a sua própria figura por um tempo?

Eu não. Não suporto o que vejo.

Mas te entendo.

A culpa é sempre diretamente proporcional ao prazer que sentiu ao errar.

Só que também há o vazio, que acaba sendo bem maior que qualquer outro sentimento provocado. E essa emoção assusta, dá vontade de fazer qualquer coisa para não ter que encarar a realidade: estamos sozinhos.

Porém, existem erros que temos o prazer de voltar a cometer. Aqueles que, não importam as consequências, valem muito a pena e, se pudéssemos, repetiríamos uma vez atrás da outra. Sem um pingo de remorso. Só egoísmo.

Mas disso você sabe, né? Quem nunca errou, que atire a primeira pedra. 

[DEGUSTAÇÃO] Entre Stela & TequilaOnde histórias criam vida. Descubra agora