11- Entre Sonhos e Planos

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Sinto uma mão acariciando minhas costas suavemente. Ela desenha círculos delicados e sobe até meus ombros. Depois pescoço. E, por fim, rosto.

Sorrio, preguiçoso.

— É domingo, amor, volte a dormir — resmungo, virando-me e puxando seu corpo para perto do meu. Deixo um beijo em seu pescoço.

— Sabe que dia é hoje? — diz animada. Sua mão chega até minha nuca.

— Domingo. — Respiro fundo. — Não vai me deixar dormir mais, né?

Ela nega com um barulho.

— Mais cinco minutos... — peço.

— Não, Will. Hoje faz um mês que estamos juntos. — Sinto uma mordidinha na minha bochecha. — Casais comemoram isso. E você meio que me pediu em namoro há um mês, então precisamos comemorar.

— Vamos comemorar na cama. — Agarro a coberta, trazendo-a por cima de nós.

— Will! — protesta, rindo.

Não sei como, exatamente, mas paro embaixo dela. Suas pernas me prendem, uma de cada lado do meu corpo.

— Viu, assim é melhor. — Seguro seus pulsos, beijando a tatuagem pequena no esquerdo.

— Ainda não acredito que você tatuou uma estrela igual a minha. — Ri, toda boba.

— Eu disse que te amo, não disse? — Olho meu próprio pulso, com o mesmo desenho do dela.

— Achei que você dissesse isso para todas. — Brinca, levantando o queixo e me desafiando.

— Eu dizia, mas era para acertar com você. Estava treinando.

— Seu puto. — Dá um tapinha na minha barriga.

— Vamos, Stela, eu sei que você me ama também.

— Convencido. — Ela se joga em meus braços. Eu a aperto e sinto o cheiro de seu cabelo.

— Feliz um mês, meu amor — sussurro em seu ouvido.

— Feliz um mês. De muitos que virão, eu espero.

Eu também.

Finalmente nos acertamos. Depois de todas brigas, discussões, idas e vindas, Stela e eu resolvemos nos dar uma chance. Não sei ao certo quando ela terminou de vez com Vini, ou o motivo, mas estamos firmes agora, isso é o que importa. Ele é passado, consegui convencê-la que sou a melhor opção.

Levou mais de um ano e meio para finalmente tentarmos, e agora faz um mês que estamos oficialmente juntos.

— Talvez a gente deva usar esse feriado e irmos para sua casa, na missão de fazer sua mãe me amar. Já perdi a esperança com Pedro — comenta, desanimada. Essa ideia foi minha, mas foi da boca para fora. Não planejo apresentar Stela para ninguém.

E minha mãe não curte Stela, e a culpa é minha. Sei disso. Posso ter exagerado nos problemas, e ela se preocupou demais quando eu sumia por aí sem dizer nada. Acho melhor evitar transtornos.

— Pedro gosta de você, até te convidou para o casamento. — Tento desviar o assunto.

— Convidou porque estou com você. Nem de Stela ele me chama...

Desvio meu olhar. Ele não te chama de Stela por outro motivo.

— Você sabe que isso é paranoia sua. E eu não quero voltar para casa. — Aperto sua cintura.

[DEGUSTAÇÃO] Entre Stela & TequilaOnde histórias criam vida. Descubra agora