4.

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Quem era eu pra opinar algo?

A mídia, constantemente expondo minha "evolução" na indústria. Minha "felicidade infinita" em meio a mulheres, bebida e dinheiro.
Eles até chegavam mesmo a acreditar em todas essas picuinhas.  que

Idiotas. Famosa utopia —como ja foi dito por Bruce certa vez.

Quem me dera, ser tudo o que diziam de mim.
Realizar todos os feitos e "inovar o mundo", como os jornais nunca cansavam de falar.

Quem dera estar satisfeito com tudo aquilo, mas a inquietude nunca parava.
Sempre lá.
Eu sabia que poderia fazer mais.
Eu queria fazer mais.

Mas nunca atingia aquilo que queria.
Era frustrante.
Além do meu julgamento próprio, ainda havia o dos outros.
Era irritante.
Era cansativo demais.

E mais uma vez, estava sozinho novamente.
No escuro.
O vazio era dolorido.

Alguma vez teve a sensação de que não há nada dentro de si?
Como se não possuísse motivos ou convicções suficientemente boas para continuar tentando?
Era uma coisa estranha — bizarra, eu diria — porém estranhamente familiar.

Confuso não acha?

O silêncio era completamente gritante, era insuportável, estando sempre de mãos atadas.
Não literalmente claro, mas essa impotência mental me acabava com os nervos.

Monogamia
Todos os dias
a mesma rotina
se repetindo
as mesmas ações todo santo dia
NADA era novo

Me dediquei profunda e exclusivamente às máquinas — agradeço a existência da cafeína, que me tiravam daquele buraco de minhoca mental, horroroso.

Mas então puff:
eu poderia fazer a diferença ao mundo.
Da maneira que anseio desde pequeno e finalmente atuar, esbanjando meu entendimento, meu querer e
utilizar a ciência que me permitiria atuar em batalha.

Conheceria a maior descoberta de Howard,
seu maior trabalho.
sua pendência,
e também
sua culpa eterna.

Trabalharia com aquele que todos chamavam de herói.

E quando lhe vi não foi, realmente, como eu imaginei.
Não passava de um picolé gigante, sem senso de humor.

Como queria socar aqueles dentes perfeitos dentro da nave de Nick — ainda quero de vez em quando.
Até que soa nostálgico, sabe?
Te provocando.
Você me provocando.
Irritando um ao outro simplesmente porquê era divertido.

As vezes queria poder voltar no tempo. Retardar as coisas.
Porque assim não teríamos essa intimidade.
Talvez assim, não me faria gostar de você.
Meu colega.
Meu amigo.
Torná-lo meu confidente.
E futuramente, ser o motivo de meu coração palpitar pela ânsia de tê-lo.

Lhe cedi coisas demais.
Lhe mostrei demais.
Me importei demais.

Não queria ter feito nada disso.
Porque talvez, só talvez, a perda não doeria tanto quanto dói agora...

─── ─── ─── ───

chegamos ao penúltimo capítulo yay

obrigada aos que estão acompanhando e votando nos capítulos, não sabem o quão feliz eu estou!

atualização dupla, pois o anterior era pequenininho né sjjdjd

o último capitulo será postado depois de amanhã na parte da tarde

enfim, obrigada por acompanhar e até a próxima ;)

unilateral love ❛✿| stonyOnde histórias criam vida. Descubra agora