Lola narrando
Acordei meio sonolenta, olhei para o relógio e vi que era muito cedo.
5h?? O que tô fazendo acordada cinco horas da manhã?
Me levantei, pois sei que seria impossível eu pegar no sono de novo, tenho o horrível problema de não conseguir voltar a dormir depois que acordo. Fui ao banheiro, lavei meu rosto e fiz uma trança no cabelo, tirei meu pijama do Perrie o ornitorrinco e coloquei um vestido florido. Eu gosto muito de usar vestidos.
Sai do quarto bem devagar para não acordar as garotas, principalmente a Sophia, que vira um monstro quando alguém a acorda, literalmente.
Fechei a porta cautelosamente e desci as escadas e tudo estava escuro la em baixo, o que me levou a cair tropeçando em um skate. Gemi de dor pois tinha machucado minha coxa em algo pontudo, passei a mão por onde doia e senti que tinha sangue ali. Ouvi alguém descendo as escadas mas não enxergava quem era, gemi novamente de dor e pressionei o corte com a mão.
Senti alguém me pegar no colo e me colocar deitada no sofá, logo esta pessoa acendeu a luz e voltou a mim.
- O que aconteceu? - Uma voz masculina e reconhecível perguntou -
Abri os olhos e o olhei. Era ele.
Ele mesmo.
Alec.
- Eu tropecei em um skate e cai, batendo com a coxa em algo afiado.
Tirei a mão da onde estava sangrando e muito sangue jorrou por ali. Ele tava confuso, porem calmo. Olhou para um lado e para o outro e depois saiu dali.
- Eu já volto, fica calma - sussurrou -
Foi correndo até a mini cozinha do chalé. Que só tinha uma geladeira, um armário e um balcão. Suspirou tranquilo, como se tivesse achado o que queria.
Então ele voltou, me pegou no colo e me colocou sentada no balcão, em seguida pegou uma caixa, provavelmente kit de primeiros socorros, abriu e pegou um líquido com algodão. Ele me olhou e sorriu fraco.- Vai arder um pouco mas seja forte, Baixinha
Respirei fundo. A realidade é que eu sou muito fresca com dor. Então ele limpou o corte com o algodão e depois fez uma cara nada boa.
- Tá muito feio? - perguntei olhando para ele e não para minha perna -
Ele tentou disfarçar, mas ele era muito sincero até na expressões.
- Um pouco, sim. Mas eu consigo dar um jeito, você aguenta? Pode doer um pouco.
Afirmei com a cabeça mordendo os lábios de nervosismo.
- Fica calma, e não se mecha de jeito nenhum. - Ele disse e eu concordei -
Ele estava com um expressão tranquila, como se soubesse o que estava fazendo, mas ao mesmo tempo estava com medo de errar. E então ele pegou uma agulha e começou a costurar o corte lentamente, reparei que sua mão não tremia, ele estava bem preciso, olhava fixamente para o que fazia e respirava fundo a cada 10 segundos.
Ao perceber que eu me contorcia de dor, ele puxou um assunto para me acalmar.
- O que você fazia acordada está hora?
- Perdi o sono
- E aí resolveu dar uma volta de skate? - Ele brinca -
O ignorei
- Por que não falou mais comigo desde o dia da fogueira?
Encostei a cabeça e suspirei
- Sei lá, talvez eu esteja tentando esquecer você, te ignorar é a melhor forma de fazer isso.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Together In The Camp
Teen Fiction▪ 1° Edição ▪ 6 adolescentes. 6 adolescentes diferentes, cada um com seus problemas pessoais e seus diferentes talentos são obrigados a conviverem juntos em um chalé de um acampamento de verão. Muitas brigas surgiram, muitos romances e muita diversã...