Cap. 32

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A noite, ninguém se falou, não jantamos juntos, e na hora de dormir fingimos que estávamos sozinhos no quarto. Eu estava odiando isso, mas não tinha nada que eu podia fazer para mudar isso, afinal, eu também estou irritada com eles e com as coisas que disseram, principalmente o Nicolas. Ainda espero pelo dia em que ele virá me pedir desculpas, se é que esse dia vai chegar.

Tomei café com o Alec e fomos passear depois, pelo o menos, mesmo em meio a tudo isso, eu e Alec ainda estamos juntos e nosso namoro está cada vez mais forte.

Resolvi esquecer os problemas por um minuto e focar na promessa que eu havia feito a Alec. Que eu andaria de skate com ele e ele iria ler um livro comigo.

Como Alec é muito bom em convencimento, a proposta dele veio primeiro. Agora estamos numa parte vazia do acampamento e ele com seu skate na mão.

- Tem certeza que eu não vou morrer nesse treco? - perguntei -

- Não, Lola. A probabilidade de você morrer é mínima

- Mínima? Então quer dizer que tem uma certa probabilidade?

Ele bufou

- Sim, tem. Mas você não vai morrer, confia em mim.

- Eu confio em você, eu não confio é nesse treco - falei -

- Olha só, não fala assim da Hosana! - ele reclamou

- Hosana? Então tem outra garota na sua vida e eu nem sabia! Tô com ciúmes.

- Eu conheci a Hosana primeiro mas as duas são muito especiais para mim - disse e beijou meu nariz - agora vamos! Você ta enrolando demais já.

Bufei. Nao acredito que deixei ele me convencer disso.

Subi em cima do treco, ou melhor, Hosana. Tentei me equilibrar e Alec me segurou na cintura, abri meus braços pois ajuda no equilíbrio, pelo o menos foi o que Alec disse.

Ele me empurrou e eu me senti uma criança aprendendo a andar de bicicleta, com medo de quando ser solta, cair.

- Já posso te soltar?

- Não - respondi imediatamente -

Ele riu

- Seja corajosa, Baixinha

- Olha, eu sou tudo menos corajosa.

- Isso tem que mudar hoje! - disse e me empurrou me soltando -

Única coisa que consegui fazer foi gritar e tentar me equilibrar. Quando estava prestes a cair, Alec vinha correndo atrás de mim.

Até que eu cai, mas foi em cima dele.

- Posso dizer que nunca mais vou andar de skate depois disso?

- Pode - respondeu cabisbaixo - mas vai dizer que não gostou? Nem um pouquinho?

Neguei com a cabeça. Achei que minha cara já respondia sua pergunta. Ele revirou os olhos.

- Chaata - resmungou ele -

- Eu também te amo - disse e o beijei - Agora vamos ler!!! - saltitei animada - 

- Ah não! Agora é a hora que eu fujo né?

- Pode tentar, mas não vai conseguir - agarrei em seu braço e o puxei até voltarmos ao chalé -

(...)

- Você tá chorando? - perguntei aos risos -

Alec passou a mão nos olhos

- Claro que não, é a poeira do quarto que subiu até meus olhos! - respondeu ele -

Together In The CampOnde histórias criam vida. Descubra agora