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Ainda no dia 22, 12:00 p.m

POV Lauren

Adentrei rapidamente o meu quarto, a manhã havia sido muito intensa, eu precisava relaxar. Peguei alguns sais de banho, e segui para o banheiro. Nada melhor que um banho para pensar, e ainda por cima, ficar limpa. O simples fato de Camila, realmente, ter ido ao meu encontro já havia valido todo o meu dia, e assim, havia tirado toda a minha energia. Eu estava exausta. Tirei, por completo, as minhas vestimentas escolares, deixando apenas um pequeno acessório em meu pescoço. Girei a pequena esfera, fazendo com que a água dos canos, saísse por um único lugar, molhando meu corpo por completo. Deixei que a água, quente, caísse pelo meu corpo por breves segundos, na tentativa de fazer o mesmo relaxar, o que valeu a pena.
Terminei rapidamente aquele ato, que se não fosse a falta de água constante, teria durado um pouco mais.
Sai do box, e caminhei em direção ao meu quarto. Escolhi uma roupa confortável, pois minha meta era passar a tarde toda estudando. Vesti-me e segui para a cozinha, mas algo no quarto me fez voltar, meu celular. Peguei o aparelho, e digitei algumas mensagens para a morena.

Sim, aquela pose de durona e mal humorada era uma capa. Camila era um amor de pessoa... respeitadora, humorada, divertida, algumas vezes ela usava da safadeza, mas ela sabia o momento exato para tal coisa.

Depois de uma longa tarde estudando, o melhor que eu poderia fazer era deitar-me, e imaginar como seria no outro dia..ensaiar o que eu falaria na frente dela, construir uma manhã perfeita, somente nossa, em meus pensamentos.

(Algumas horas depois)

No início da noite, eu havia ouvido minha irmã comentar sobre a filha da vizinha, que estava com namorado novo. Já era o sexto namorado, em menos de um mês. Fiquei, por várias horas, me perguntando o que esses jovens têm na cabeça. Acho que na mente deles, não existe "sentimento", seria apenas o convívio. Se apenas eu pudesse sentir aquela latina, já estaria de ótimo tamanho. Não entendo como eles deixam de gostar tão facilmente dos seus parceiros. Realmente não entendo.

23 de maio, 06:39 a.m

-Você acha mesmo que ela vem?- Dinah perguntou pela milésima vez.

-Eu não sei, e também não me importo.- menti friamente. Eu não poderia transparecer nenhum tipo de interesse em Camila. Meu coração acelerava a todo instante, quando eu ouvia passos na nossa direção. O simples fato de Camila aparecer a qualquer momento, me fazia ficar ainda mais nervosa, e, cada vez mais, era mais difícil esconder todo o meu interesse em vê-la, antes da aula.

Eu já disse o quanto eu amo esse lugar? A brisa fria, a vista daquela selva de concreto..toda aquela combinação se coisas diferentes, dava a aquele lugar, um ar totalmente confortável e tranquilo.

Eu tinha minha atenção voltada, completamente, aos pássaros voando, e dando rasantes na água cristalina daquela piscina, quando, por um instante de tempo, mirei em direção ao estacionamento e lá vinha ela. Acompanhada do seu, inseparável, amigo, os dois vieram até onde Dinah e eu estávamos.

-Dessa vez você não me assustou.- eu falei em um tom de brincadeira. Antes que me julguem, sim, eu dei a simples desculpa de que, o único motivo pelo qual eu agi estranhamente, foi por conta de um "susto" que ela havia me feito. Desta vez, a comunicação entre a gente foi bem melhor. Mais uma vez, ela me abraçou forte. E o amigo dela, o Shawn, meu Deus, ele é muito engraçado.

-Ei, pera aí, eu quero abraço também.- ele falou, para então me abraçar.

O nível de risadas, naquela conversa, era altíssimo. Ele era um ótimo humorista.

-Meu Deus, o sol na minha cara, credo.- falei num tom bem calmo, mas mortal.

-Pronto, agora ela uma morcego, não pode ficar no sol, não. Ai, pera, eu também sou um morcego, Jesus..queria ter um caixão pra dormir dentro.- ele não podia ser real...as palavras do homem saiam em um tom tão engraçado, que eu não aguentava mais rir. Até que me pronunciei..

-Minha cama parece um caixão.- falei sem malícia alguma.

-Ótimo.- disse ele.- vou na sua casa, conhecer sua cama, dormir, e fazer outras cositas más.

Foi impossível não rir. Minha barriga já doía, e já eram quase sete horas da manhã, horário em que eu teria que estar na sala de música. Se o Shawn não fosse gay, eu diria que ele estava interessado em mim.

-Bem pessoas, está na nossa hora.- falei me levantando, e pegando minha mochila.

-A gente vai pro auditório agora, qualquer coisa, estaremos lá.- Camila falou vindo em minha direção para dar-me um último abraço, antes de sairmos daquele lugar.

Seguimos em direção a sala de música. E para nossa surpresa, o professor de música havia faltado, mas tinha, também, deixado uma atividade para responder-mos, e assim, o fizemos, então, teríamos uma aula vaga. Dinah não havia falado quase nada, durante todo o tempo em que ficamos na presença de Camila e de Shawn, ela, com certeza, era mais envergonhada que eu.

Na sala, troquei algumas mensagens com Camila..Era a coisa que eu mais queria fazer, vê-la novamente. Eu me tornei uma espécie de viciada, e tudo que eu precisava era ela.
Depois de alguns minutos, terminei minha prova e segui para o auditório, mas eu não tive o resultado esperado, pois o auditório estava cheio. Voltei para sala totalmente desapontada, e resolvi mandar mais algumas mensagens.

Pois é, nem tudo é como esperamos, ou imaginamos. As vezes o destino brinca com a gente..nos faz de trouxas, e nos tira do sério.
Eu estava brava por não ter ficado no auditório por pura burrice, mas uma coisa me consolava, mas não era a Dinah, até porque ela não sabia da minha paixão secreta por Camila. O que me consolava era saber que dali a alguns instantes, eu assistiria uma peça ao lado dela.

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