Lauren estava ferrada, amava aquela criança a cada segundo um pouquinho. Ficou encostada na cabeceira olhando ele. Vez ou outra o garoto começava com um chorinho fraco, mas ela já estava começando a conhecer as manhas. Ele seria mimado.
Tinha certeza disso, sabia que não tinha jeito, nenhum de seus amigos tinha filhos, seus pais não tinham netos, então Ben seria o primeiro em todos os sentidos. Para todos seus amigos e familiares, sabia que o garoto não poderia falar A e ia conseguir tudo.
Então apenas passava a mão em uma das pernas dele, fazendo com que ele ficasse quieto na mesma hora. Vez ou outra ainda arrisca em dar um beijo no menino. Ria envergonhada por se sentir estranha.
Ela devia estar ficando louca, era um dos pensamentos constantes, a cada olhar para o garoto um sorriso brotava rapidamente em seus lábios. Ela amava ele incondicionalmente.
Nunca imaginou em toda sua vida amar tanto uma criança que não nasceu de si. A cada momento percebia que aquela criança mudaria muito as coisas, e apenas para melhor, se sentia feliz e transbordando de felicidade, nada tiraria aquilo.
Continuou escrevendo tudo que lembrava e achava necessário para o bem-estar do seu filho. Era surreal de pensar, agora ela tinha um filho, uma vida para cuidar. Que depende dela. Para tudo.
Sentiu saudades de Bart ali, era estar em casa sem seu filho subindo na cama. Precisava ter uma longa conversa sobre bons modos perto de Ben.
- Esse parece o choro de fome. – Constatou antes de pegar Ben. Mexeu na sua fralda e viu que realmente não tinha nada.
Ela estava ficando profissional em trocar fraldas, mesmos com as poucas que trocou já se sentia boa naquilo e se orgulhava. Ajeitou o garoto nos braços e foi para cozinha.
- Seria bem mais prático deixar tudo no meu quarto. – Falou consigo mesma. – Mas eu não aguentaria a bagunça, então melhor não. – Continuou com o chorinho do pequeno de fundo. – Você pode ficar tranquilo por dois minutos? Eu vou pegar aqui.
Lauren tinha amado a ideia da sua amiga de comprar várias mamadeiras do mesmo tamanho e formado, colocou o mesmo tanto de leite em todas e depois era só colocar a água.
Assim fez, com um pouco de dificuldade, tinha medo de deixar a criança em um mal jeito no seu colo e acabar derrubando ele. Depois de pegar voltou para o quarto, precisava estar em uma boa posição.
Logo que colocou a mamadeira na boca do menino ele continuou inquieto, fazendo ela estranhar um pouco aquilo.
- Você parece que passa fome. – Reclamou. – Suga devagar que sai. – Continuou sobre o olhar atento do garoto. Se sentia intimidada quando ele fazia isso. – Não me olhe assim seu esfomeado.
O farmacêutico avisou que era melhor não abrir mais o buraco da mamadeira, que poderia fazer o pequeno engasgar, então ela concordou e anotou aquilo.
Nem que a casa virasse um grande quadro de post it de coisas que não poderia fazer para mal Ben. Ela iria criar ele muito bem criado sozinha.
Tinha que se recordar também dos banhos, os banhos precisam ser apenas pela manhã nessa fase. Depois ela pode dar banho nele mais tarde. Estava contando com a sua mãe para ajudar com o primeiro banho.
Sabia que ele era muito molinho para ela tentar fazer aquilo sozinha sem ajuda de ninguém. Não queria arriscar.
- Está vendo? – Agora o leite saia normalmente. – Parece que está morrendo de fome, se sugar com calma sai. – Ele estava despreocupado apenas concentrado em tentar colocar a mão na mamadeira.
Lauren ficou em silencio olhando ele. Não conseguia acreditar, a cada segundo que passava com aquele pequeno ser amava ainda mais. Podia ser clichê, mas era o verdadeiro amor a primeira vista.
Quando viu que ele estava dormindo voltou a colocar no seu cercado de travesseiros e olhou no relógio. Seis da manhã. Claro que ela não iria tentar dormir mais uma vez.
Foi para cozinha e lembrou que precisaria de uma babá eletrônica para quando estiver longe do quarto. Organizou toda aquela bagunça de objetos para o bebê. Sua espinha esfriou quando percebeu que sempre vai ter alguma coisa jogada pela casa.
Fez mais uma mamadeira para o garoto, sabia que ele só acordava para comer. Organizou da melhor forma que conseguiu e foi para o quarto, vi que Ben estava dormindo ainda então foi tomar banho.
Havia percebido também que seus banhos não seriam mais longos, agora ela precisaria se adaptar em fazer suas coisas entre os horários que o menino dormindo. Estava com medo, mas seria aplicada.
Começou a pensar que talvez não fosse bom chegar na casa dos seus pais com um bebê o apresentando. Pegou o celular e mandou uma mensagem para Karla, Lucy estaria trabalhando pela manhã então não queria atrapalhar, sabia que ela iria cobrir no centro.
Precisava se adaptar e procurar os melhores horários para ir ao centro, viu que também teria que voltar a escrever e cuidar dos seus blogs, eles davam um bom dinheiro, ela precisava de mais dinheiro. Vivia bem, mas agora tem um ser mais.
CABELLO. Eu preciso que me ajude. Vou na casa dos meus pais com o Ben, mas estou um pouco preocupada de como eles não reagir se eu chegar de supetão, então por favor você pode me acompanhar e ficar com ele no carro? Depois de uns quinze minutos entrar? – Enviou estranhando Karla estar acordada àquela hora online e ainda mais visualizando rapidamente sua mensagem. Viu que ela tinha postado um status a alguns minutos e se arrependeu no mesmo momento de enviar aquela mensagem.
Quando você cair eu estarei aqui para te segurar. Eu não consigo ficar irritada com você muito tempo. Era uma foto tirada por Camila de Karla dormindo em suas pernas. A garota já sabia da gravidez da irmã apenas pela legenda.
Eu vou com você. Daqui a pouco chego no seu apartamento. – C.
Lauren leu e releu aquela mensagem pelo menos umas cinco vezes. Estava com raiva de Camila pelas coisas que ela tinha falo, agora ela quer ajudar? Que maldita ironia.
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Destiny Segunda Temporada
FanfictionContinuidade u-i/ substantivo feminino 1. persistência das características inerentes a um determinado contexto. "a c. cultural de um povo"