Ano de 2032 estamos a viver num mundo confuso e oprimido por um sistema que substituiu o dinheiro por um controle individual de crédito, denominado de C.I.C., um programa que controla, em princípio, os créditos da população, pondo à nossa disposição uma moeda única. Não necessitaríamos carregar em espécie, e também nenhum chip implantado em cada ser humano, pois um simples olhar nos identifica e fala quantos créditos estão à nossa disposição no sistema ou quando estamos em situação de inadimplência. O C.I.C. controla o Fundo Internacional, controlando assim o tesouro de cada nação, podendo impor bloqueios comerciais e confiscar patrimônios como: produção interna, territórios e armamento.
Os primeiros a sofrerem com as exigências do sistema foram às populações mais carentes, passando fome pelas ruas, até por enquanto ninguém poderia fazer nada, logo mais os pequenos empresários foram a entrar em falência sistematicamente, fizeram assembleia solicitando a volta do dinheiro em espécie para pagamento, não foram ouvidos. Essa é a real situação em que vivemos.
Sou Kevin, acordei agora pela manhã, o quanto as coisas têm mudado nesses últimos 20 anos, o mundo já foi melhor, pois tínhamos os problemas de políticos corruptos, fome e miséria, mas hoje está bem pior, estamos sendo oprimidos por esse sistema que ninguém sabe o que é?
Estou indo ao trabalho, hoje é o dia do pagamento que ocorre no dia cinco de cada mês. A caminho passo pelas avenidas e vejo tanta tecnologia, elas estão inteligentes, aparecem hologramas mostrando qual melhor caminho para seguir, as vias que estão congestionadas, tudo em tempo real, atravesso a avenida e chego a New Security à empresa onde trabalho como analista de redes de computadores.
Os meus colegas chamam-me de Cripto pelo fato de eu ser apaixonado por criptografias, a caminho da minha sala, observo eles conversando entre si e quando eles perceberam que eu estava se aproximando, ficaram calados, será que estavam a falar de mim, para ficarem mudos assim logo cheguei, que assuntos estavam a conversar, realmente eu não sei, sentei na minha cadeira e chega, Joe que trabalha no mesmo setor que eu, um rapaz, jovem com os seus 28 anos, alto, magro, cabelos de índio, ele é uma ótima pessoa, bem brincalhão, um bom amigo, como de costume ele sempre vem todo animado, brincando e comentando sobre a forma que o sistema realiza o pagamento, ele está vindo na minha direção;
— Bom dia Cripto, hoje dia do pagamento, dia de tirar foto, será que irei sair bem, vejo risos, dou risada também.
— Você é muito engraçado Joe, legal essa nossa forma de receber o salário, uma máquina, que faz uma leitura facial e dispara um flash, como se fosse uma câmera, é muito interessante, pois bem já está quase na hora do almoço, e estou com muita fome, e você Joe?
— Também estou com muita fome, ainda não pensei o que irei comer, quero imaginar uma comida, bem saborosa, pois a máquina faz uma leitura nas nossas ondas cerebrais, ver o que estamos a desejar, ela digitaliza, confirmamos e a torna real.
— Verdade Joe, adoro esses avanços tecnológicos gastronômicas. Horas se passaram enfim chega a hora do almoço sentamos ao redor da mesa, e aparece um holograma da comida que desejamos comer, desejei esparguete, surge o holograma no prato, e poucos segundos a tornado real e pronta a ser degustada, Joe desejou sushi, e quem chega para se juntar a nos, a nossa colega, Layla, ela trabalha no setor de RH, ela é loira, de estatura mediana baixa, cabelos longos e olhos azuis, ela diz:
— Oi! Como estão todos?
— Tudo ótimo e com você, Layla?
— Estou muito bem, digam-me qual a opinião de vocês sobre o estão a falar sobre o C.I.C, ninguém mais fala outra coisa a não ser sobre o sistema.