Pensamentos utópicos e uma ação efetiva

16.8K 1.8K 2.2K
                                    

Eu estava fodido.

Andava pelos corredores do hospital como um foguete. Sem ao menos me preocupar com as pessoas a minha volta. Levei a mão ao rosto, tentando limpar as malditas lágrimas que haviam caído a poucos instantes. Mas que diabos havia dado em mim? Minha cabeça estava uma completa bagunça. Numa mistura entre tudo que Jimin havia acabado de jogar na minha, todas as memórias que mostravam que ele estava completamente certo e com o fato de eu ter o beijado. Foi puro impulso. E não deveria ter acontecido; nunca.

E como se não bastasse a minha cabeça está em pânico, meu corpo também estava. Foram um turbilhão de memórias de uma só vez apenas por eu ter beijado Park Jimin. Aquilo havia me afetado tanto quanto tudo que ele havia dito. Foi como uma faísca acendendo de uma só vez, e isso está me deixando incrivelmente confuso. Já haviam se passado cinco anos, e aquilo havia me dado a impressão de que eu ainda sentia algo por ele, por mais que bem escondido no fundo de toda mágoa que ele havia deixado. E aquilo não poderia acontecer, jamais.

Assim que avistei a porta do quarto, apressei o passo e bati na porta almejando que ela ainda estivesse acordada, e como se Deus visse que eu merecia mais uma benção naquele dia, Sooyeon abriu a porta. Ela utilizava um moletom cor bege, e provavelmente havia tomado banho. Não era como se o restante do hospital se importasse, não por ela ser minha esposa, e sim por ela ter trabalhado lá e ser tão gentil que todos a adoravam. Ao ver a minha expressão claramente abatida, ele franziu o cenho e abriu a porta para eu entrar.

- O que você fez? - Ela indagou ainda com o cenho franzido enquanto trancava a porta. - Para você ter chorado, deve ter matado alguém. - Ela arregalou os olhos. - Aconteceu alguma coisa com o Jeonghan!?

- O que? - Me surpreendi. Seus músculos ficaram tensos instantaneamente. - Não! Jeonghan está bem, quando sai de lá, ele estava dormindo. Está tudo nem com o Angel. - Utilizei o apelido. Talvez ela se acalmasse mais, e bem, deu certo.

- OK. - Ele respirou fundo e se sentou no sofá que havia ali. - Então o que aconteceu?

- Eu beijei Park Jimin.

A expressão dela foi de surpresa. Ela tombou a cabeça para o lado me observando procurando qualquer vestígio no meu rosto que mostrasse que eu estava mentindo. E quando não encontrou, ela encostou a cabeça no sofá e... começou a rir freneticamente. Ao nível de seus olhos encherem de lágrima e ela ser forçada a levar as mãos até a barriga. E minha expressão provavelmente não estava uma das melhores, oras, eu estava em crise e ela estava rindo de mim!

- Eu sabia que você ainda gostava dele! - Exclamou achando aquilo extremamente engraçado. Quis matá-la.

- Não! - Retruquei assustado com a questão abordada. Eu definitivamente não sentia nada romanticamente falando por Jimin. - Foi impulso! Eu não queria! É que... ele disse umas coisas, que me afetaram e eu não queria que ele me visse chorar. É, foi isso.

- Ah, e precisava beijar ele por causa disso? - Ela soltou estalando a língua no céu da boca, achando aquilo realmente divertido. - Você podia ter saído correndo. Beijou porque quis, mas pode ter sido involuntário. Algo dentro de você que você nem sabia existir. Minha teoria é que você ainda gosta dele. Sei lá, tive a impressão disso desde que você ficou o xingando naquele dia.

- Você sabe o que aconteceu a anos atrás. Assim como fez a desentendida quando perguntou o que nós éramos naquele dia. - Ela sorriu. - É impossível que eu ainda sinta algo por ele depois de tudo que ele fez.

Beating Again • Pjm × JjkOnde histórias criam vida. Descubra agora