Depois Do Casamento - America E Maxon

O dia seguinte

Desperto com uma sensação engraçada, um calor me envolvendo completamente, e não era o cobertor. Maxon me abraçava enquanto acariciava minha bochecha com as pontas de seus dedos, como se estivesse tentando me acordar da maneira mais suave possível. Ao abrir os olhos, com a visão ainda turva, recebi um beijo na testa.
-Bom dia, querida.
Sorri comigo mesma, e pensei em empurra-lo para fora da cama, mas meu desejo de continuar aquecida ao seu lado era maior do que minha teimosia. Maxon tinha me vencido. Talvez uma batalha, mas não a guerra.
-Minha belíssima esposa. - ele disse, selando nossos lábios com um beijo. Eu queria resistir, mas não conseguia deixar de sorrir olhando em seus olhos, que me encaravam de volta transmitindo com sucesso toda a ternura e segurança que ele queria me passar. Na cama, em baixo das cobertas, encolhida no peito largo e musculoso de meu esposo, certamente era o lugar mais seguro de Illéa. Eu sentia que nada poderia nos abalar.
-Eu pedi para te prepararem algo especial na sozinha. - Maxon sussurrou, levantando meu tronco devagar e colocando um travesseiro macio para apoiar minhas costas.
Levantou-se e colocou uma bandeja em meu colo, com dois pratos de torta de morango, que claramente haviam sido feitas há pouco. Sorri ao me lembrar de May.
-Sabia que conseguiria fazer você sorrir..
Eu não conseguia fazer nada, além de encara-lo com um sorriso estúpido estampado nos lábios.
-Querida? Está tudo bem? Você parece calada. O que certamente não é do seu feitio. - ele disse, num tom brincalhão, tendo como resposta um soquinho no braço.
-Isso ainda parece muito surreal - suspirei. - Maxon, isso.. É incrível.
Por um momento, me lembrei de Aspen. Talvez tenha sido assim quando eu preparei aquele jantar. Como ele, eu senti que não tinha nada a oferecer ao Rei de Illéa, e que ele tinha todos os recursos para me mimar.
Afastei esse pensamento. Tinha certeza de que Maxon se contentava com meu amor e minha companhia, coisas que eu com certeza proveria a ele de bom grado. Eu o amava. Não havia dúvida. Mas começava a me questionar se isso era suficiente para satisfazê-lo.
-Mas.. Tenho sentido que não tenho muito a te oferecer. - disse, querendo engolir minhas palavras assim que elas saíram de minha boca.
-America! Não seja tola! - ele tirou a bandeja da cama e se sentou ao meu lado, me abraçando forte. - Não repita essas bobagens de novo. Você é tudo que eu quero. Nada que ninguém nesse país possa me oferecer vai me deixar mais feliz do que tê-la ao meu lado. Você é meu mundo inteiro.
Com aquelas palavras, todas minhas inseguranças momentâneas ridículas foram dissolvidas.
-Obrigado por me dizer como estava se sentindo. Por favor, me diga que não continua pensando isso. - Maxon pediu, com uma expressão preocupada em seu rosto. Ele genuinamente se preocupava comigo mesmo com o menor dos  problemas.
Com um sorriso no rosto, disse com a voz firme:
-Sim, Maxon. Está tudo bem.
Apertei-o em meus braços como se minha força fosse capaz de impedi-lo de sair daquela cama para governar o país. Maxon era meu. Isso era certo. Eu não precisava mais ter medo de perdê-lo. Agora, estávamos ligados um ao outro. Olhei para nossas alianças, douradas e brilhantes que eram um pequeno símbolo da nossa gigantesca união e comprometimento, e senti que ficaríamos juntos para sempre.