Neste episódio há uma forte critica social, onde vários aspetos são criticados, tais como:
- A alta burguesia, por ser a classe predominante neste episódio e na obra em geral. É a classe a que Carlos e Ega pertencem. Esta é fortemente criticada por não trabalhar e viver no alto luxo mesmo assim. Este diletantismo também está muito presente em Carlos e Ega.
- Os políticos também são alvos de crítica, como se vê pela expressão usada "e outros [vagabundos] de sobrecasaca, politicando". Aqui os políticos são comparados aos pobres vagabundos da rua.
- Há algumas críticas pessoais a vários personagens da obra, que eles vêm passar por Lisboa.
- A maior crítica presente neste episódio é a crítica à falta de evolução do país. Embora Carlos tenha passado 10 anos no estrangeiro, tanto o país como as pessoas lhe parecem absolutamente iguais. Há uma grande estagnação da sociedade, ao contrário do estrangeiro, que continua a evoluir.
- Finalmente há uma crítica ao falhanço de Carlos e Ega na vida, e à sua tentativa, sem sucesso, de ser realistas, embora sendo, na verdade, românticos.
Quanto à caracterização do espaço, temos:
Ramalhete: Como já foi referido, neste episódio, o Ramalhete encontra-se bastange degradado. Só metade da mobília lá se encontra, a fonte está seca, o jardim murcho. Isto representa a degradação psicológica do Ramalhete, que era um sinal de tragédia e de sofrimento, pois foi lá que as principais tragédidas da obra aconteceram. Esta degradação deixa Carlos muito angustiado.
Largo do Chiado: Este é o espaço onde Carlos e Ega dão o seu passeio final. É visto como monótono, parado no tempo. Aqui também se pode ver uma grande disparidade social, pois tanto pobres sem nada como burgueses ricos ocupam este espaço.
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