Capítulo 2

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Quando chego à praça todos já estavam me esperando. Ser mulher às vezes é difícil, ser indecisa é pior ainda.

-A margarida resolveu aparecer?- Christopher como sempre sendo um chato.

-Cheguei 5 minutos adiantada- digo olhando a hora no celular- e valeu a pena ficar me esperando né?- dou uma piscadela.

-É- sinto seus olhos passando pelo meu corpo. Droga, como isso é quente.

-Tá gata Dulce- Pietro sempre doce.

-Até que enfim alguém com bom gosto- brinco com ele- obrigado.

-Que iss...- mas Christopher não o deixa completar a frase.

-Será que a gente pode ir comer?

-Tudo bem crianças- Poncho se pronuncia- já que estamos todos aqui vamos que eu estou com fome.

-E quando não está?- Anahí resmunga fazendo todos rir. Eles até tentam esconder, mas tá na cara que os dois têm um casinho.

-Preciso manter o corpo definido- ele fala passando as mãos pela barriga. Tenho que admitir ele é gostoso.

-Minha barriga tá roncando- reclama Christian.

-OK, OK- Mai diz- a pizzaria fica umas duas ruas daqui, podemos ir a pé.

-Ta bom, só vamos logo- tadinho acho que o Poncho está mesmo com fome.

Fomos o caminho inteiro dando risadas e fazendo piadinhas, quem olhava de longe achava que era um bando de crianças. Uma hora coloquei o pé na frente do Ucker o fazendo tropeçar, ele ficou tão bravo, mas eu não conseguia deixar de irrita-lo, ficava tão bonitinho com cara de mal.

Como Mai disse a pizzaria ficava bem pertinho e logo chegamos. Claro que esse negócio de primeiro as damas não funcionava com esses ogros, eles foram os primeiros a sentar. Rodizio de pizza é muito bom!

-Garçommmmmmmmm.

-Calma Poncho- falo rindo- ele já está vindo, não vê que estão em outras mesas?

-Argh, que demora.

-Parece um velho resmungando- ele mostra a língua pra mim, mas não dá tempo de responder, pois o garçom chega com a bandeja.

-Vão querer de 4 queijos?- é minha preferida e é óbvio que todos aceitaram o pedaço.

Resultado da noite: comi 4 pedaços de pizza salgada e 3 pedaços de pizza doce, estou me sentindo obesa. Mas se comparar com Christian, Poncho, Ucker- Pietro nem tanto- isso parece regime. Acho que o dono ficou com medo de falir o negócio.

Saímos da pizzaria em meio a brincadeiras e gargalhadas, já falei que amo essa galera?

-Olha o meu, olha o meu- Ucker chama a atenção pra ele e arrota.

-Dá pra ser menos porco?- Carla reclama.

-Agora o meu- Christian ignora e também arrota.

-Dá pra parar com essa nojeira de competição de arroto?- pergunto.

-Não seja estraga prazeres Dul- Poncho faz cara de cachorro sem dono.

-Gente- Mai berra.

-O que foi?- Ani pergunta assustada.

-Uma cigana ali na esquina- aponta pra mulher parada com umas roupas esquisitas- quero ler minha sorte.

-Eu também, vamos logo- Ani fala animada.

-Mas uma pra ganhar dinheiro fácil- comento.

-Ah Dul vamos?

-Só vocês pra acharem que vou perder meu tempo com isso.

-Isso mesmo Dul- se intromete Ucker- não vai nas pilhas que esse negócio de ler sorte, prever destino, não existe- até que enfim concordamos em algo.

-Vai dizer que não acredita nem um pouco- Pietro diz- também quero ler minha sorte.

-Que babacas, nem cara de cigana ela tem- reviro os olhos.

-Então só acompanha nós até lá- Ani fala me puxando pela mão- e vem também Christopher- mesmo contrariado ele segue todos.

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