Capítulo 25

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JUAN CHAVEZZ....

  Assim que Jane chegou começamos conversar sobre o que eu faria de agora pra frente, ela me convenceu a contar a Anne o que aconteceu comigo no passado eu tentei resistir mais como ela disse é melhor ela saber por mim, do que por terceiros, agora eu tenho que esperar ela se acalmar, meu medo é que ela não queira mais saber de mim, depois do que ela viu...

- Jane, eu vou ao apartamento de Leila ver se ela já saiu, vamos comigo?

- eu passo irmãozinho, vou dar colo a minha amiga, afinal ela também precisa de mim, vou tentar conversar com ela... e por favor não desista de contar a ela. 

- tudo bem, não vou desistir, mais confesso que a coragem me falta e a tristeza me consome a ter que lembrar daquilo. 

- vc tem que confiar nela, assim como ela confiou em vc quando te contou o que aconteceu com ela. 

- vc tem razão! Vamos?

- vamos sim. (saimos e vamos cada um a seu destino...) Chego ao prédio no fim da tarde assim como eu havia falado a Leila, tem varias malas e caixas no hall de entrada do apartamento... ela esta trazendo mais algumas coisas de cima, logo atrás dela vem um homem com mais caixas, tenho a impressão de já  ter visto ele em algum lugar, só não me recordo de onde. No instante em que eles me veem param abruptamente... 

- vo... você já esta aqui?

- não, é só sua imaginação. claro que já estou aqui, e acho que fui bem claro quando disse que não queria mais vc aqui quando eu chegasse não?

- sim, mais já estou quase saindo. (ela fala emburrada, me viro para o homem que esta logo atrás dela e está mais branco que papel.)

- tenho a impressão de te conhecer de algum lugar... 

- n... não senhor, não nos conhecemos. ( ele se embola nas palavras, isso é estranho.)

- que seja, só quero vc bem longe de mim. 

- Juan, onde eu vou morar, vc sabe que preciso de sua ajuda, e meus remédios, como vou pagar?

- não é da minha conta, já te sustentei o suficiente por anos, todo o dinheiro que eu lhe dei deve ter algum ainda não? pois eu te dava muito dinheiro. agora some daqui. (falo e me dirijo ao elevador, desço e aguardo que saiam do prédio... 

- Leila, as chaves. (ela bufa e me entrega as chaves do apartamento.)

- por favor, não autorize a entrada dessa mulher nunca mais nesse prédio estamos entendidos? ( falo para a recepcionista do prédio lhe entregando as chaves.)

- sim senhor! (Leila está possessa de raiva, dá pra ver em seus olhos.)

- isso não vai ficar assim Juan, vou fazer vc se arrepender amargamente. 

- ouse chegar perto de mim ou da Anne mais uma vez que isso não será nada comparado ao que farei com vc, está avisada, agora suma da minha frente, e pro seu bem eu espero nunca mais te ver novamente. (falo e saio, enquanto ela grita coisas desconexas.) Vou pra casa e durante todo o caminho, não consigo deixar de pensar de onde eu conheço aquele homem que estava com Leila em seu apartamento... estou longe, minha cabeça esta em Anne, como eu quero que ela me escute que me deixe explicar como tudo aconteceu e que eu tenha coragem de lhe contar o que me aconteceu... chego em casa, tomo um banho e vou ao escritório, preciso trabalhar, ocupar a mente com alguma coisa ou vou enlouquecer não adianta em muito pois a todo momento minha cabeça  e meu coração chamam por Anne o tempo todo, saio de casa pego carro e dirijo sem rumo, paro em frente ao bar que eu sempre vinha afogar minhas mágoas, fico encarando a entrada, pensando se entro ou não, decido por entrar... 

- um Uísque duplo por favor. (peço, e aguardo pensando em Anne pra variar, há tempos parei de beber para me embriagar, mais eu vou enlouquecer se não tentar esquecer o barmen me entrega o copo, encaro-o por incontáveis minutos, viro o liquido de uma só vez.

- Mais um! ( enquanto sinto o ardor da garganta aliviar devagar, me lembro de todas as vezes que vim aqui, que precisava minha irmã vir me buscar por que eu não tinha condições de ir pra casa nem á pé que dirá dirigindo.... o segundo copo chega mais eu desisto de beber, não vai melhorar em nada, o que eu tenho que fazer é procurar a Anne pra tenta me explicar... coloco uma nota de 100 em cima do balcão, deixando a bebida de lado. 

- aqui pode ficar com o troco! (me retiro e vou para meu carro, ligo o carro e nesse momento me sobe um arrepio pela espinha me fazendo tremer afasto alguns pensamentos ruins e saio de vagar com o carro, pego a pista principal e vou em direção a casa de Anne, preciso falar com ela urgente. o arrepio insiste em voltar. Mais tento me concentrar em outras coisas, hoje não tem trânsito o que facilita muito, acelero o carro um pouco mais, já estou perto da casa dela, estou imaginando o que falar pra ela, e pedindo a Deus que ela me escute o sinal fecha mais nesse momento o carro não obedece, ao invés de frear acelera ainda mais, tento, tento, frear mais quanto mais eu freio mais o carro acelera, entro em desespero, respiro fundo em seguida pra tentar manter a calma, já sei vou ligar pra alguém, ligo pra Jane chama chama mais ela não atende, tento pra minha mãe e droga também não atende, o que eu vou fazer? policia, isso vou ligar para policia....

___ alô, por favor, eu estou dirigindo em alta velocidade e  os freios do me carro não estão prestando... 

___ fica calmo senhor... me informe sua localização...

- eu estou na inter estadual, rota 66. quanto mais eu tento frear mais o carro acelera. por favor me ajuda. 

___ estou mandando viaturas ao local eles vão fazer uma barreira para que o senhor pare ok?

___ certo... eu preciso que vc me faça um favor.

___ sim senhor pode falar. 

___ por favor ligue para minha namorada, informe a ela o que esta acontecendo.

___ passe o numero dela senhor... (passo o numero de Anne.)

___ já estou entrando em contato senhor.

___ por favor, se não der certo a barreira peço que a senhora fale pra ela que eu a amo muito, e sinto muito pelo que aconteceu. 

___ não será necessário senhor, vai ficar tudo bem. não desligue ok, fique comigo, tenta se acalmar. 

___ ta bem... 

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