Chapter Tchu

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Chapter Two - Can't Get You Off My Mind

POV BELLA

- Me solta, eu sei andar sozinha! - Reclamei sentindo a mão de Garibaldo me apertar

- Da próxima vez que sumir assim você vai ver só - Largou meu braço bruscamente quando chegamos em frente à minha casa

- Você não tem direito de falar assim comigo - Retruquei - Vai fazer o que, me bater?!

Ele não respondeu. Apenas me virou as costas e sumiu na escuridão da noite. Fiz o mesmo ao entrar em casa.

- Mãe? - Chamei. Sem resposta. - Mãe, já cheguei!

Novamente, apenas silêncio. Para variar ela não estava em casa. Fui até a cozinha preparar um sanduíche de pão com ovo, depois subi até o meu quarto e fiquei escrevendo pro meu blog.

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Já era segunda feira, e eu estava novamente naquele inferno que chamam de escola. Josevalda já estava com seu grupinho de metidas me olhando feio como sempre. Foi quando avistei minha amiga Solzete vindo em minha direção com o celular na mão.

- Isa, Isa! Seu último vídeo bateu recorde de views! E tá todo mundo pedindo o seu vídeo com o Garibaldo pro dia dos namorados

- Que saco eu já disse que não vou gravar esse vídeo. A gente nem namora de verdade! Estamos só ficando...

- Mas você gosta dele né? - Ela perguntou e eu avistei Garibaldo nos observando de canto de olho

- Claro. Mas eu prefiro não gravar, só isso.

Assim que entrei na sala percebi alguns rostos novos. Josevalda já tentava converter os novatos em seus "seguidores". Foi quando o professor entrou na sala coçando sua enorme barba.

- Oi seus adolescentes escrotos, seguinte, eu ontem não tive um bom dia e nem uma boa noite então alunos novos se apresentem aí e blá blá blá - Falou bocejando antes de sentar em sua cadeira e começar a cochilar. Olhei para Solzete e demos de ombros. Vi uma garota de cabelos encaracolados se levantar e ir até a frente da classe.

- Oi, eu sou a Vivaldina! Muito Prazer... - Ninguém respondeu. Respirei fundo.

- Oi Vivaldina, sou a Isabella e essa é a Solzete - Cutuquei a garota ao meu lado, que deu um tchauzinho para a novata.
Vi um outro garoto se levantar e ir atrás da tal Vivaldina.

- Oi, eu sou Uéslei, se escreve com U e I no final - Contou animado, e acenei para ele

- Ih, cuidado novatos, vocês não vão querer andar com ela - Provocou Josevalda arrancando risadas da classe

- Muito menos com essa mesquinha egocêntrica - Retruquei sem nem pensar antes e a garota se levantou vindo em minha direção

- Pelo menos eu não sou uma drogada problemática - Me olhou com puro ódio e desdém, e finalmente me aproximei dela também.

- Você não sabe nada sobre mim - Cuspi as palavras na cara dela - Nenhum de vocês sabe! - A classe toda se calou. Josevalda agarrou meus cabelos gritando histericamente, e eu a fiz me soltar imobilizando seu braço atrás de suas costas. Solzete tentava me acalmar, Josevalda gritava como uma patricinha mimada, eu sentia o sangue correr por minhas veias eu não queria parar, não podia parar, não agora. Continuei forçando seu braço para trás até ouvir um som levemente familiar, que me avisava que eu tinha ido longe demais. Logo no primeiro dia de aula. Em um momento de lucidez finalmente a soltei e a mesma gritava de dor. Tão dramática. Suas amiguinhas a ajudaram a ir até a enfermaria, e Pablito, o dedo duro da sala, correu para a diretoria. Sentei no meu lugar e soltei um longo suspiro.

Labella - Um verdadeiro amorOnde histórias criam vida. Descubra agora