Chapter 👋🏻

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Chapter Five - We're Just Friends!

POV Laês

Estávamos na última aula e eu me sentia extremamente feliz. Eu havia ficado no mesmo grupo da Isabella no trabalho de inglês. Ela era uma boa amiga. O embuste do Garibaldo também estava no grupo, mas (in)felizmente ele não estava com a mínima intenção de nos ajudar.
Quando o sinal tocou, arrumei minhas coisas e fui me encontrar com o Uéslei e a Vivaldina. O garoto estava muito ocupado em sua conversa telefônica com o barman que conheceu na noite da festa, e Vivaldina não parava de suspirar pelo embu... Ops, Garibaldo, e me implorar para falar bem dela para ele.

- Vivi, quantas vezes tenho que dizer, ele não é como você pensa. Além do mais ele e a Isabella estão juntos, não vai querer ser talarica né?

- E quem falou em ser talarica? Eu... Só queria ser amiga dele! - Tentou se explicar cruzando os braços, e eu apenas concordei sem acreditar em uma palavra.

- Então tá, eu te mando uma mensagem. Beijo. - Uéslei finalmente desligou o celular, sorrindo de orelha a orelha - Eu vou sair com e-le, vou sair com ele! - Começou a cantarolar sem parar enquanto saltitava ao nosso redor.

- E qual o nome dele afinal? - Indaguei quando ele finalmente parou quieto.

- Claudiney - Respondeu logo depois de um suspiro apaixonado. Eu estava empolgada, tanto quanto ele, mas ainda um pouco preocupada com o Uéslei. Foi quando ouvimos um CABRUM. E não era a minha barriga.

- Que droga, tinha que chover bem agora?! Alguém trouxe guarda chuva? - Perguntou Vivaldina, e nós dois balançamos a cabeca negativamente.

- Que maravilha. Pelo visto não vamos embora tão cedo... - Reclamou Uéslei

- Sobrou o dinheiro do meu lanche, já que não comi. Acho que vou comprar algo na lanchonete... - Comentou Vivaldina

- Acho que vou fazer a mesma coisa. Você vem Laês? - Indagou Uéslei.

- Não, meu dinheiro acabou... Vou dar uma volta por aí, aproveitar pra conhecer a escola - Respondi, e comecei a andar pelos corredores. A escola era grande, bonita... Mesmo sentindo um pouco a falta da minha escola antiga e dos meus colegas, eu sentia que não seria tão difícil assim se adaptar. Afinal, meus dois melhores amigos vieram comigo. E eu já tinha feito duas amigas novas: Solzete e... Isabella...
Pra ser bem sincera eu já me sentia totalmente adaptada.

Estava passando na frente da porta da sala de arte quando pela pequena janela pude ver Isabella lá dentro, limpando e arrumando as mesas. Ah, é mesmo, a detenção. Acabei me distraindo, e fiquei um tempo ali a observando lavar pincéis, limpar manchas e recolher papéis do chão, até que ela me viu e acenou pra mim. Corei quase imediatamente. Parece que eu havia ficado parada ali por mais tempo do que pretendia.  Sem muita escolha, acenei de volta, e quando eu estava me virando para ir embora ela fez sinal para que entrasse na sala.

- Hmm... E aí? - Falei logo depois de abrir a porta lentamente.

- Pensei que já tinha ido embora - Afirmou Isabella enquanto organizava alguns lápis de cor.

- Eu deveria ter ido, mas não trouxe o guarda chuva... Estou esperando a chuva passar - Me expliquei

- Posso te emprestar meu guarda chuva se quiser - Ofereceu sorrindo, mas eu recusei.

- Pode precisar dele mais tarde. Mas Obrigada. - Foi só então que notei a presença de Jeremilson, sentado em uma das cadeiras no canto da sala nos observando - Ahn... Quer ajuda?

- Acho que pode ser... - Me aproximei dela e começamos a limpar o chão juntas. De vez em quando nossas mãos acabavam se tocando, e eu sentia pequenos arrepios prescorrerem meu corpo cada vez que isso acontecia. Arrumamos, lavamos, esfregamos e limpamos. Depois de algumas horas tudo estava brilhando, mas eu nem via o tempo passar enquanto limpávamos e conversávamos. A chuva já havia passado fazia um tempo, mas eu meio que não me importava mais tanto assim. Quando terminamos, Jeremilson foi comer algo e nós fomos até a pia lavar nossas mãos.

- Obrigada pela ajuda - Agradeceu franzindo as mangas de seu moletom para que não se molhassem.

- De nada, imagina

Enquanto lavávamos nossas mãos, notei pequenas marcas em seu pulso direito, agora visível. Aquilo de alguma forma me chocou, e ela finalmente percebeu meus olhares e quebrou aquele silêncio.

- Isso não é nada - Disse, rapidamente cobrindo os pulsos com o moletom outra vez

- Ei, relaxa. Tá tudo bem. - Falei colocando uma de minhas mãos em seu ombro e sorrindo. Ela desviou o olhar e sorriu de lado.

Foi quando tentamos dar um passo, e o chão recém lavado fez com que Isabella escorregasse, tentasse segurar no meu braço e nós duas caíssemos de bunda no chão. Nos olhamos e começamos a rir sem parar, até que a porta se abriu. Eram Uéslei e Vivaldina.

- Laês! Estávamos te procurando em todo lugar! A chuva já passou e... Ah, oi Bella! - Falou o garoto, finalmente notando a presença de Isabella, que acenou para eles. Fiquei de pé e a ajudei a se levantar também.

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Estávamos indo embora todos juntos enquanto Uéslei e Vivaldina enchiam Isabella de perguntas sobre o blog e o canal. Pouco tempo depois, chegamos à casa dela, que descobri ser bem perto da minha. Ela se despediu dos dois com um abraço, e de mim com o mesmo, seguido de um beijo na bochecha, que eu retribuí. Quando estávamos só nós três, eles começaram a dizer um monte de besteiras.
"Chegamos na hora errada Laês?" "Eu vi aquele clima hein?" " Quando vai ser o casamento?"

- Chega gente! Vocês tão é ficando loucos. Somos só amigas. Além do mais ela está com o Garibaldo... - Os dois trocaram um olhar de "me engana que eu gosto", mas pelo menos pararam com as provocações.

Assim que cheguei em casa, preparei um miojo rapidamente e fui comer no meu quarto, já que estava sozinha em casa e faminta. Enquanto comia, peguei meu notebook e pesquisei "Conselhos de Tudo". Em pouco tempo percebi que eu tinha muito o que ler e assistir...
E enquanto conhecia aquele novo mundo de palavras e emoções, me lembrava de como havia sido meu primeiro dia de aula. Da coincidência de encontrar Isabella na minha nova escola, e dos momentos que haviamos passado juntas, ainda que poucos. De de sua risada, seu sorriso, seu perfume e até mesmo da forma como ela sempre me fazia corar. É eu estava sentindo algo. Precisava admitir, pelo menos para mim mesma. De repente me senti triste. Eu não podia gostar dela. Não desse jeito. Talvez se eu ignorasse esses sentimentos estranhos, eles fossem embora. Eu não ia deixar isso estragar nossa amizade. Afinal, ninguém precisa saber mesmo...

Labella - Um verdadeiro amorOnde histórias criam vida. Descubra agora