— Ei... Ei... Calma... — completou — O que foi?
Não deixei você ver meu rosto. Mas você me forçou a te olhar nos olhos.
— Você tá chorando? — perguntou, assustado.
Eu sequei as lágrimas. Sim, eu estava. Aquilo doía pra caralho e você sabia disso. Mas sua brutalidade às vezes te fazia "mostrar quem manda". Eu estava chorando desde as primeiras estocadas dentro de mim. Não queria te parar porque eu era culpada de um jeito ou de outro, e porque você precisava descontar sua raiva em alguma coisa pra não explodir.
— me... me desculpa pelo e-mail. — eu dizia, sem conseguir formular as palavras — me desculpa, me desculpa.
— Shh, Shh... Já passou, já acabou...
— Faço qualquer coisa... Mas não faz isso de novo... me desculpa — eu repetia, baixinho, com a voz alterada.
Você se levantou e depois me ajudou a levantar. Eu não sentia firmeza nas minhas pernas. Você me ajudou a deitar na cama, ainda bastante dolorida.
— desculpa... — eu repeti. Minha cabeça parecia só pensar no quanto você estava chateado com o e-mail. — eu não queria que ficasse tão chateado.
— Gatinha, calma... Não foi nada. — sussurrou, me ajudando a deitar na cama, de barriga pra cima, com toda gentileza que não tinha antes.
Me ajudou a relaxar, acariciando meus cabelos, deixando beijos pelo meu pescoço, sussurrando ao meu ouvido.
— Me desculpa, gatinha. Peguei pesado com você.
O seu toque me excitava, me devolvia a força que perdi com o sexo anal e brutal que eu tinha passado a pouco tempo. Tentava acariciar minha vagina. E eu deixava.
— Eu vou te recompensar, tudo bem?
Eu fiz que sim com a cabeça.
Você beijou meu lábios, depois desceu pros meus seios, um a um, os chupando e os beijando. Depois minha barriga... Me excitando demais. Até chegar perto da minha vagina e olhar pra mim, esperando uma confirmação.
Começou a me chupar devagarinho, mordendo meu clitóris com sensualidade e calma, como um mestre que sabia como trabalhar com o corpo de uma mulher. E de fato, você era um mestre que sabia trabalhar no meu corpo. Eu era sua. Você me chupava como se soubesse que eu era sua propriedade e por isso, cuidava.
Queria que todas as mulheres do mundo tivessem em casa um cara que soubesse as fazer gozar como você me faz gozar. Queria que todos fossem tão sortudas quanto eu. Garanto que as mulheres parariam de criar confusão atoa. Se todas as feministas tivessem em casa um cara igual a você, que as fizesse gozar do jeito que você me fazia, elas não perderiam tempo com textão em facebook.
Sua língua era uma tortura. Como um chicote de veludo passando em mim. Enfiando e tirando.
— Não para... Por favor...
Eu gemia, tentando me conter, mas não conseguia.
Mas você logo parou.
— Aqui não...
Se levantou da cama, e me deixou intrigada. Logo em seguida me pegou no colo.
— O que vai fazer?
Me carregando até o banheiro do nosso quarto.
— Nada que vá te machucar. — você respondeu
Quando entramos no banheiro, eu confesso que estava com medo. Fiquei dolorida e não queria passar por isso de novo. Você me deixou de pé, porque sabia que eu não queria ficar sentada. Foi quando eu percebi que a Hidromassagem estava cheia, mais ou menos desde a hora em que você tinha ido ao banheiro antes de me levantar.
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Filosofia Erótica
RomanceColetânea de Pequenos contos eróticos de Três capítulos ou menos. Conto1. Gustavo é professor de Filosofia e debatedor, com uma leve inclinação para dominação, que passa muito tempo estudando e voltado somente ao trabalho. Sua esposa já não estava...