Alice

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Por toda minha vida eu fui protegida de tudo, estudei em casa para não ir em uma escola normal, fui impedida de fazer amigos, sempre fiz tudo o que disseram, isso não significa que eu nunca me recenti por isso, eu sabia que podia chegar o dia em que eu iria precisar ser independente, como agora por exemplo.
Estava sentada ainda, não sabia por quanto tempo mais , minha garganta estava seca e estava lutando pro pânico não tomar conta de mim.
Respire Alice, só respire, eu repetia pra mim mesma uma e outra vez sem parar querendo saber o que fazer.
Eu sabia que la fora tinha cegos que eram independentes e que não estariam desesperados como eu em uma situação assim, mais eu não sabia o que fazer.
Prestei atenção ao barulho ao meu redor e constatei que devia estar em algum lugar mais deserto, porque eu não ouvia barulho de carros.
Pensei em levantar e seguir andando mais o medo era maior e fiquei aonde estava.
Foi quando ouvi um barulho de carro vindo em minha direção, talvez fosse Cátia, quem sabe era só uma brincadeira mais na verdade eu duvidava disso.
Não sabia se ficava feliz por ser alguém ou se me apavorada por não saber quem.
Ouvi a porta batendo e barulho de Passos apressados, meu coração parecia que ia sair pela boca.
- Alice? Você tá bem? Perguntou aquela voz que só ouvi mais cedo mais que parecia ter muito mais tempo, como ele poderia causar tantas reações em mim?
-lucas o que está fazendo aqui , quer dizer, como me achou ?
Eu disse e percebi o quanto minha voz tava fraca e senti o tamanho do meu desespero .
- Alice querida, não importa agora , vou te tirar daqui , tá segura agora.
Senti os braços dele em volta de mim quando me levantou do chão, ele tinha um cheiro tão bom, pensei.
- Lucas ..
- xii, tá tudo bem querida, durma .
Ele disse como se soubesse o quanto estava cansada, eu não sei dizer o Porque me sentia tão segura em seus braços, esse era o homem que tinha me obrigado a um casamento por conveniência. Mais eu me sentia assim e dormi.
Acordei com o barulho de vozes no quarto, uma delas era suave e feminina e parecia ter um toque maternal .
-se da que não deveríamos chamar um médico? Ela já está dormindo a muito tempo.
- ela só está cansada mamãe, passou por muita coisa ontem .
Eu conhecia aquela voz e meu coração bateu mais forte .
Eu sabia que aquela cama não era minha pois parecia diferente, pensei em me sentar e acabei me entregando que estava acordada.
- Alice? Você está bem?
-sim, o que eu tô fazendo aqui? Onde eu tô?
- você tá na nossa casa querida.
Disse aquela voz feminina.
-meu filho te trouxe pra cuidarmos de você, está segura agora.
Hum, então era mãe dele.
- vou buscar algo pra você comer ,
Ela disse e eu ouvi seus passos pra fora do quarto.
- deve estar querendo saber como te achei ontem a noite.
-na verdade sim. Eu disse porque realmente queria saber.
-se pai me ligou dizendo que você havia desaparecido e fui correndo pra sua casa , quando cheguei lá eu perguntei aos empregados se tinha visto alguma coisa e o porteiro da casa disse que sua irmã tinha saído com você, acho que ela estava tão desesperada que não pensou que os empregados a entregaria. Então eu a fiz falar.
Fiquei pensando em como ele tinha feito ela falar mais resolvi não pensar nisso.
-Meu pai sabe que estou aqui?
Perguntei já sabendo a resposta.
-Sim, você vai ficar aqui até o casamento, não se preocupe está segura agora. Ele disse como se quisesse muito me convencer.
-mas e se eu não quiser casamento?
Perguntei já ficando nervosa, afinal ele nunca havia me pedido em casamento e sim ao meu pai.
Antes que ele pudesse responder sua mãe entrou com um delicioso café da manhã, acho que essa conversa ia ter que esperar.

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