Depois

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Notas do capítulo

Olá. Depois de muito drama, choro e sofrimento aqui está a segunda parte de LAST CALL.

Demorou um tempinho considerável para ser escrito e postado porque tinham vários aspectos que precisavam ser tratados à respeito da vida do James e da Lily, vários sentimentos para serem distribuídos em cenas distintas e longas. Além disso, alguns personagens que tinham aparecido pouco anteriormente tiveram mais relevância nesse capítulo, o que foi muito importante para o desenvolvimento da história.

Recomendo que prestem bastante atenção nas datas e nos locais, porque eu tive muito cuidado na hora de criar a timeline da fanfic, de modo que cada evento e cada cena ficasse conectada e não houvesse nenhuma ponta solta. Tenho que agradecer a ajuda infinita das minhas amigas maravilhosas e que me ajudaram com o plot e revisaram o capítulo inúmeras vezes, Ju e Miller. Por fim, espero que vocês gostem tanto desse capítulo quanto eu amei escrevê-lo ♥

P.S.: Não, esse não é o Fim. Ainda vou postar um epílogo curtinho e imensamente fofo até o fim do mês.

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DEPOIS

[10 de junho de 2016. Sexta-feira. 18h12. Glasgow - Hospital]

Nada tinha dado certo.

James estava sentado em um corredor tão imaculadamente branco que parecia resplandecente aos seus olhos cansados. Ele aguardava do lado de fora da pequena sala onde seu pai conversava com dois médicos e assinava alguns papéis.

James Potter não sabia dizer se estava sentado ali havia muito tempo.

As memórias que tinha daquele dia já começavam a se embaralhar devido às toneladas de estresse, cansaço, sono e emoções em geral com as quais ele tivera que lidar.

Lembrava-se de ter pousado em Edimburgo se sentindo uma pilha de nervos, pegado o primeiro trem que ia para Glasgow e chegado até a Casa de Repouso, milagrosamente, antes das dez da manhã. Depois disso, suas lembranças eram uma confusão de imagens e sons desconexos.

Assim que pisou dentro da Casa de Repouso uma das enfermeiras que cuidava de sua mãe informou-o de que o levaria até o maior hospital de Glasgow, onde ele finalmente encontraria seus pais. O trajeto de taxi que provavelmente durou dez minutos pareceu levar uma vida toda. James respirou fundo várias vezes, tentando conter um surto de ansiedade.

Ele se lembrava nitidamente de ter pensado, naquele momento, que o universo não estava conspirando a seu favor.

Agora, horas depois, ele tinha certeza.

Para evitar pensar em qualquer coisa relevante James prestava atenção nos pequenos detalhes que podia absorver: o rejunte do piso levemente rachado a sua frente, o barulho que as rodinhas do carrinho de limpeza faziam ao passar por ele incontáveis vezes, as pequenas letras bordadas nos jalecos das pessoas que trabalhavam no hospital.

Ele podia ouvir a conversa de dentro da sala - escutava nitidamente a voz rouca de seu pai - mas sua mente não conseguia se concentrar nas palavras, não conseguia compreender. Era como se ele estivesse isolado dentro de uma bolha na qual os sons produzidos por outros seres humanos se tornavam incompreensíveis. Ou irrelevantes diante dos fatos dos quais ele já tinha conhecimento.

Era como se estivesse dentro d'água.

James suspirou. Queria sair daquele lugar o quanto antes. Queria andar pela rua e ver as pessoas normais seguindo com suas vidas. Queria uma xícara de café. Queria dormir e apagar por pelo menos dois dias. Queria socar alguma coisa. Qualquer coisa.

LAST CALLOnde histórias criam vida. Descubra agora