Akai Ito.

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[...] 2 dias depois 

Madri, Espanha.

Charlie se arrumou, vestiu seu uniforme e passou no quarto dos filhos, sentou na cama e alisou os rostos dos dois, Sky era branquinha e possuia cabelos claros e seus olhos eram castanhos, Joy por outro lado era mais moreno e tinha os cabelos escuros ja os olhos eram azuis bem vivos, quem vê os dois juntos não imaginam que são irmaos gêmeos.

Eu não sei do nosso passado, mas eu vou descobrir, eu preciso saber quem ela é, a pessoa que eu sonhei, que eu disse amar - A morena beijou a testa dos filhos - Eu amo vocês, os dois são o motivo de eu ter fugido daquele lugar, são tão diferentes uns do outro, a mamãe vai achar o caminho pra casa, pra nossa casa - Joy abraçou a irmã que sorriu com o gesto, a morena cobriu os dois mais uma vez, fechou a porta, e saiu pra trabalhar.

[...]

Madri era uma cidade calma, mas Charlie era uma tenente respeitada no exército, e que investigava a própria história, a dela e de milhares de jovens que assim como ela, foram parar em um cativeiro.

Após ser dispensada com honras, a jovem foi transferida pra Madri onde conseguiu um emprego de Agente no FBI, investigando tráficos de mulheres e crianças.

Assim que entrou no local atraiu olhares de diversos tipos, mantendo sempre a cabeça erguida, Charlie caminhava até sua sala, abriu a mesma com a chave e se sentou na enorme poltrona de coro que havia ali.

Vários papéis a sua frente com fotos de vítimas e a única coisa que ela desejava era descobrir seu verdadeiro nome, olhava a palma da mão onde suas digitais agora não existiam mais, uma das torturas que sofreu foi perde-las, se tornando assim uma completa desconhecida, seu rosto marcado por algumas cicatrizes, seu corpo coberto por queimaduras, fez dela uma mulher forte, que não a baixa a cabeça pra mais ninguém é que não exita em tirar a vida de alguém caso seja necessário.

Algumas pessoas a temem, outras a respeitam, mas pra ela nada importa, o único objetivo dela e encontrar quem a torturou, e quem ela realmente é.

Após horas de reuniões e investigação, a morena se sentou novamente fechando os olhos por alguns segundos, onde acabou adormecendo..

Quem você ama? - Um homem segurava uma enorme barra de ferro, enquanto a morena permanecia amarrada e nua a sua frente.

Eu amo uma mulher - Gritos e berros de dor acompanhavam a jovem que se agonizava ao sentir a enorme barra de ferro, se chocar com seu corpo - EU AMO UMA MULHER - Gritos, choro e gemidos eram ouvidos ao longe, várias mulheres jogadas no chão como se fossem lixo, repetindo a mesma frase.

" Eu sou não sou lesbica" 

Repita - Berra o homem se aproximando e segurando uma garrafinha de ácido - Quem você ama? DIga o nome dela - Berra fazendo Shannon se contorcer, ao sentir o líquido escorrendo pelo seu corpo, queimando-o enquanto muitas mulheres gritavam junto com ela, implorando pra ela dizer que amava um homem.

EU... EU AMO UMA MULHER - foi a última coisa que a morena ouviu, antes de apagar e acordar completamente assustada.

A morena controlou a respiração, se sentindo fraca demais pra andar, se apoiou em sua mesa e ali permaneceu, até uma jovem morena entrar em sua sala e a encarar por longos minutos.

Senhora? Eu sou nova aqui, meu nome e Janel - Afirma encarando a jovem - Precisa de ajuda? - Janel se aproximou segurando o corpo da mulher que nada falava, apenas caiu desacordada no chão.

Janel gritou por ajuda e logo várias pessoas entraram na sala onde encontraram Charlie desmaiada sobre o colo da morena.

Uma viatura levou a morena até o hospital, Janel sentiu algo diferente quando seus olhos castanhos encontraram os negros, uma espécie de ligação, algo que ela nunca havia sentido antes, ela acompanhou a morena até o hospital e lá permaneceu até os pais dela aparecerem e ela explicar por cima o que aconteceu.

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