My dear delegate

6/29

POV'S ADDISON MONTGOMERY

Que ótimo!

Por que tinha que ser logo ela minha nova empregada? Devia ter desistido da ideia de Lucinda se soubesse que era ela. Eu não sei explicar, mas eu sinto que não é uma boa ideia tê-lá por perto.

Por que merda está pensando nela?!– meu subconsciente grita.

Balanço a cabeça negativamente. Se ela ia ser minha nova funcionária, era bom que estivesse à par das minhas regras.

Eu não ligo que me chamem de fria, egoísta e egocêntrico ou até mesmo de desprezível, afinal, eu sou exatamente assim.

Termino de almoçar e vou direto para a sala. E lá estava ela, sentada com suas mãos sobre o colo e os cabelos loiros sobre os ombros.

— Pode ir fazer o seu trabalho, Lucinda!– ela que estava ao lado da garota se levanta num pulo e vai para a cozinha.

— Qual o seu nome mesmo?– pergunto.

— Meredith Grey.

— Me acompanhe!– ela me obedece e se levanta, me seguindo.

Sim, eu costumo ser assim. Autoritária. Eu não me importo muito com que as pessoas sentem, só quero que não se metam em minha vida ou me irritem.

A única pessoa que eu me importava morreu quando eu tinha 17 anos.

Minha mãe morreu de câncer, que infelizmente, já estava avançado demais para algum tratamento, trazendo como consequência, a sua morte.

Eu nunca havia me sentido tão desolada, quebrada.

E ainda havia aquele filho da puta.

Balanço a cabeça negativamente.

Odiava ter que pensar nisso, mas era inevitável.

— Sente-se!– digo.

Ela assente e se senta. A analiso.

Ela parecia tão ingênua, tão sensível e isso me incomodava. Não sei lidar com pessoas assim.

— Quer mesmo trabalhar aqui, senhorita Grey?

— Só Meredith!– suspiro.

— Não costumo chamar meus funcionários pelo nome, apenas Lucinda, pois à conheço a muito tempo.

— Me desculpe!

— Não respondeu a minha pergunta.

— Gostaria, senhora. Eu perdi o emprego e preciso mesmo disso.– suspiro.

— Bom, Lucinda deve ter te falado das minhas regras.– ela assente.— Odeio que se intrometam em minha vida particular, todos estão à trabalho. Espero que saiba disso.

— Sim, senhora!

— Gosto de tudo no horário certo. Sem atraso ou...

— Antecedência.– completa.

— Não me interrompa!– ela cora.

Suspiro.

— Bom, pode começar amanhã mesmo.– ela sorri.

Um sorriso lindo e singelo.

Suspiro, sentindo meus ombros ficarem tensos.

— E há uma condição.– ela me olha confusa.— Terá que passar as noites aqui.

— Eu na-não posso!

— Se você quiser trabalhar aqui, esta é a condição.– digo impaciente e ela suspira, parecendo pensar.