Maldita professora (Degustação)

Cap 5

O caminho de aproximadamente 5 minutos foi longo, eu estava nervosa e minhas mãos suavam, ela parou e tirei o cinto saindo do carro sem nem mesmo me despedir, ok... isso foi um pouco mal educado, mas não me importo, estou nervosa demais para ser cordial.

Abri a porta da república e tudo estava em silêncio, me sentei no sofá e fui até a geladeira pegar água, meu corpo estava em chamas, assim como meu rosto, que sem sombra de duvidas devia estar vermelho como um pimentão e pela primeira vez eu não podia falar nada para ninguém, Cecília está focada em conquistar Helena, ela me acharia uma traidora se soubesse que nos beijamos... bom, ela me beijou, eu sei que devia ter me afastado antes, mas não consegui, céus, faz muito tempo que não beijo na boca, e meu último beijo nem foi lá essas coisas.

Eu nunca beijei uma mulher na vida, e pretendo não voltar a beijar, eu preciso de um banho.

Entrei no quarto sem fazer barulho e deixei minhas coisas na mesinha, entrei para o banheiro e liguei o chuveiro, estava sem água... ahhh dia infernal, voltei para o quarto e me deitei, se minha mãe souber de uma coisa dessas ela me levaria a igreja e pediria para o padre fazer milhões de rezas.

Fechei os olhos mas não conseguia relaxar, aquele olhar profundo sempre aparecia na minha mente, mas que diabos... eu acertei desde o início, ela é uma bruxa, não, bruxa não, feiticeira, mas ela não ia me enfeitiçar, eu andaria com alho, sal grosso, ia tomar banho de rosas, perfume, arruda, o que for.

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— Acorda... não vai trabalhar hoje? — Disse Cecília.
— Que horas... aí meu Deus.

Dei um pulo da cama correndo para o banheiro e tomando banho, por sorte já tinha água, coloquei minha roupa e saí, cheguei 15 minutos atrasada.

Dei uma desculpa para minha supervisora e fui trabalhar.

Cheguei em casa e Cecília estava no quarto arrumando os cabelos de frente para o espelho.

— Eu comi miojo, estava com preguiça de cozinhar, quer alguma coisa? — Perguntou Cecília.
— Não, vou comer miojo também...
— Então se apresse ou vamos chegar atrasadas.
— Cecí, eu não vou pra aula hoje.
— Por quê?
— Estou com dor de cabeça, dormi pouco essa noite.
— Tome um remédio, logo você vai estar melhor, não podemos faltar.
— Só hoje Cecília, na boa, não quero ir.
— Está bem, acha que essa calça fica legal?
— Sim... adoro ela. — Respondi.

Um tempo depois Cecília saiu para a aula, tomei um banho calmo e lavei meus cabelos deixando a água me relaxar, coloquei um short e uma camiseta ainda com a toalha nos cabelos e fui preparar um miojo para enganar a fome.

Depois de comer me deitei e tomei um comprimido, eu estava agradecendo por não ter ido a aula, não sei como seria ver a Helena hoje, e não quero nem pensar nisso.

Liguei o notebook, coloquei uma musica calma e um tanto sexy, coloquei os pés para cima e fiquei tentando relaxar enquanto o comprimido não fazia efeito.

Um número que eu não conhecia estava me ligando, odeio ligações, quem hoje em dia ainda liga pras pessoas além da minha mãe? A tecnologia está aí pra isso.

— Alô.
— Leslie... — Aquela voz não me era estranha.
— Quem é?
— Oi, sou eu, Helena. — Céus... mas o que ela quer?
— Ah, oi professora.
— Está doente? Cecília disse que não se sentia bem.
— Estou com dor de cabeça, obrigada por se preocupar.
— É só isso mesmo, ou não quer me ver depois de tê-la beijado? — Direta... tão direta que não sabia o que responder. — Responda Leslie.
— Diríamos que... Também...
— Imaginei, não vai adiantar muito tentar fugir, nos vemos amanhã, melhoras.