Capítulo 05

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"Você me xinga e agora vem dizer que sou linda?"
"Já que não gostou do elogio, finja que eu não disse nada", diz voltando ao trabalho.
T. O. P virou a madrugada cortando galhos e fazendo tábuas para construir uma cabana confortável para nós.
Enquanto isso, os membros do Monsta X se mostravam muito preocupados à meu respeito.

"Eu ainda não acredito que não temos notícias da Alina... Não é possível que esteja tudo bem", Jooheon diz apreensivo.

"Vira essa boca pra lá Jooheon! Tem que estar tudo bem com ela", Wonho discute.
"Ela não me atende...", Shownu desliga o celular. "Estou tentando ligar há horas."
"Pessoal, eu estou achando essa situação muito séria, não é melhor voltarmos para casa? Talvez ela esteja esperando por nós."
"Kihyun está certo! Não podemos continuar sem notícias da Lina", Jooheon concorda com Kihyun, e os outros também.

Já na ilha, Choi se mostra receoso sobre como iremos passar a noite ao relento. O clima, hoje, está mais frio, e há uma neblina chuvosa - por sorte, o para-quedas que usamos na hora da queda do avião ainda está conosco.
"O que vai fazer com esse para-quedas?", pergunto curiosa.
Ele agarra a lona. "Eu vou fazer uma tenda, para nos proteger da neblina."
"Ótima ideia! A minha mala está aqui."
"O que eu vou querer com a sua mala?", me olha indiferente. Pelo visto, a personalidade irritante dele voltou a dar sinal de vida
"Não sei se você se lembra, mas eu guardei algumas roupas e lençóis grandes na mala, para se por algum acaso ficássemos perdidos com frio, você até zombou de mim por causa desses lençóis."
Choi me olha envergonhado. "Eu me lembro disso sim, e sinto muito por ter zombando da sua inteligência. Vamos realmente precisar desses tecidos, são quentes e aconchegantes", ele responde, sem tirar o foco da obra de arte que está construindo (diz ele que isso é uma tenda)
"Só espero que essa "engenhoca" realmente nos proteja da neblina."
"O que está insinuando?", ele me encara. "Eu sou bom em tudo o que faço."
Finalmente Choi termina o trabalho com a lona do para-quedas. Nós cobrimos o chão com os lençóis e dormimos debaixo, já que a cabana ainda não está pronta.
Jooheon passou mais uma noite acordado. Mais uma madrugada preocupado e sem notícias.

No dia seguinte

Choi e eu acordamos e sem nada para fazer, estamos sentados olhando o mar.
"E você achando um pesadelo estar aqui. Olha pra essa vista maravilhosa!"
"É, aqui é bonito... Estou pensando se... sei lá, talvez Jooheon e Shownu já tenham recebido a notícia do acidente. Talvez agora estejam pensando que eu estou morta", falo com desânimo.
"Pensar nisso não vai mudar essa situação... Aproveite esse momento, porque quando voltarmos para a vida normal dificilmente encontraremos um paraíso como esse. Não acontece todo dia", Choi tenta me animar.
"Gostaria muito que os meninos estivessem aqui, é um lugar tão bonito... Pena que vai ficar só na minha memória", abaixo o rosto.
"Na nossa memória... Pelo menos não caiu aqui sozinha. Sei que a minha presença não se compara com a de Jooheon para você...", ele aperta as sobrancelhas com expressão de segurança.
"Jooheon é mesmo muito especial pra mim..."
"Queria saber em qual região estamos... aqui é calor e a paisagem é tropical. Não acho que estejamos ainda próximos da Coréia", Choi olha para o horizonte.
Ouvindo as palavras dele, um sorriso nasce em meu rosto.
"É isso Choi! Quando o jatinho caiu, estávamos indo para o Brasil... Devemos então estar em alguma região brasileira!", me levanto e coloco as mãos na cabeça sem acreditar na chance enorme de estarmos próximos ou dentro do Brasil. Eu só preciso encontrar um jeito de saber se eu realmente estou no meu país.

Um dos empresários do grupo Monsta X vai até o apartamento dos rapazes. Os meninos estão parados e se recusam a fazer shows antes de receberem notícias sobre mim.
"Eu... preciso conversar com vocês", o homem alto parece apreensivo.
"O que foi? O que aconteceu?", Shownu pergunta, ansioso pela resposta.
"É um assunto delicado... Eu vou tentar explicar", o empresário continua em rodeios.
"Fala logo!" Jooheon parece imaginar que se trata de algo haver comigo.
Sem mais delongas, o homem abre o jogo: "O cantor T. O. P foi até a casa da Alina.
"O quê?", Jooheon fica surpreso.
"A intenção de Choi era trazê-la para cá, para deixá-la próxima de vocês... Mas Infelizmente o jatinho que os trazia até aqui...", ele para de falar, encarando um ponto invisível no chão.
"O que aconteceu? Fala!!!"
"Fica calmo Shownu", Kihyun tenta acalmá-lo.
"Infelizmente o jatinho caiu", completa.
Todos reagem com susto. Primeiro não acreditam, mas o empresário do grupo continua a falar: "Foram encontrados corpos em uma ilha na Venezuela. Não há dúvidas, Alina e T. O. P não sobreviveram", ele afirma com convicção.
"Não... Eu não acredito!", Shownu grita.
"Você tem certeza que os corpos são deles? Pode ser um engano", Wonho supôs, na tentativa de não acreditar nas palavras que escutou.
"Meu amigo, o jatinho dele caiu. Escafedeu-se. Já era, meu querido. Estão mortos e, com certeza, já comidos pela terra", responde com arrogância. De fato, os comentários do empresário do grupo não ajuda em nada. "Agora é vida que segue."

A ficha dos meninos em relação ao acidente ainda não caiu, eles se sentam no sofá para repensar no que haviam ouvido. Não querem acreditar nessa história de morte, ainda é cedo para tirar tais conclusões.



















Amizade Colorida | Lee Jooheon [Em Revisão] Onde histórias criam vida. Descubra agora