6.
Abro os olhos e o lugar está escuro. A um vaso de flor ao lado da cama branca e a luz está desligada, me sento na cama e sinto uma pontada em minha cabeça, pelo reflexo do vidro da janela percebo que estou com um curativo na testa. Meu ombro está dolorido e abaixo meu olhar para olhar para ele, a um pequeno curativo também. O quarto branco está bem silencioso, ainda estou com as minhas roupas e não com o vestido horroroso hospitalar.
— Alec? — chamo. Ele se levanta apressadamente e se põe na minha frente segurando minhas duas mãos.
— Que bom que acordou. Estava começando a ficar preocupado. — ele segura minhas mãos com uma e com a outra alisa meu rosto. Seu olhar mesmo no escuro transmite preocupação.
— Como vim parar aqui? Me lembro de poucas coisas. — ele me abraça e se afasta quando eu gemo por causa da dor em meu ombro.
— Me desculpa. — dou um sorriso amarelo. Ele se senta ao meu lado e é quando reparo que ele está de jeans e pólo. — Do que você se lembra? — ele pega minha mão e a aperta de leve e a coloca em cima de sua coxa.
— O garçom... — um flashback passa por minha memória — Ele perguntou alguma coisa... Aí ele me puxou... Eu caí no chão... Ouvi gritos... Alguém sussurrou em meu ouvido e ouvi você me chamar... — meu coração se apertou quando relembrei do que o hoemm do sussurro me disse. Meus olhos arderam.
— Você tem que me explicar uma coisa, Sophia. — ele desceu da cama e abriu minhas pernas, se posicionou de frente para mim no meio delas, alisou meu rosto novamente e puxou meus cabelos para frente.
— Explicar o quê? — seu olhar ainda transmite preocupação e me afeta.
— O porquê das quatro cicatrizes de chicote em suas costas — ele pegou meu pulso e alisou levemente a cicatriz de corda nele que eu escondia com o Rolex. — e dessa cicatriz de corda. O que fizeram com você, Boneca?
— Como você viu? — não olho para os seus olhos. Fico olhando para as minhas mãos que ele segura levemente como se não quisesse me machucar.
— A enfermeira queria tirar sua roupa e por aquele vestido horroroso azul. Eu fiz disse que era seu namorado, quando vi as cicatrizes, bem... Eu não podia deixar que eles também vissem. Informei que seria melhor se você continuasse com suas roupas. — olhei para ele e meus olhos já ardiam. Cocei com uma mão e o puxei para mim, escondi meu rosto em seu pescoço com cheiro de perfume e loção pós-barba.
— E você não está com nojo de mim por ter essas cicatrizes? — o meu medo é palpável, por alguma razão desconhecida não quero que Alec se afaste de mim. Ele me puxa para mais perto de si e alisa meu cabelo.
— É claro que não, Boneca. Só fiquei assustado com elas, quem iria querer machucar uma mulher tão bela como você? — MARCELO! Gritou meu subconsciente despertando do seu sono.
— Não quero explicar agora. — eu bocejo e sinto minhas pálpebras pesarem. — Posso explicar outra hora?
— Claro. — Ele me afasta dele e sela seus lábios aos meus. — Você é tão linda. — sussurra antes de me colocar na cama e me cobrir. Recebi um beijo na testa e mergulhei de cabeça na escuridão mais uma vez.
Acordei com uma enfermeira verificando meu pulso livre, o outro Alec segurava escondendo a cicatriz. Ela me ajuda a se sentar e o médico barrigudo e com um bigode parecido com o de Hitler se aproxima com uma lanterninha na mão.
Depois dos exames sou liberada para ir para casa. Alec me força a entrar em seu carro alegando que me levará para a minha casa depois que eu tomar um banho e trocar de roupa na sua, encosto minha cabeça em seu ombros e fico observando os carros na nossa frente, ele põe uma mão sobre a minha foxa e a aperta de leve como se quisesse me transmitir segurança, ele não precisa transmitir segurança para mim, quando estou ao seu lado eu já me sinto mais que segura.
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O Magnata & Eu
RomanceO que você faria se descobrisse que o homem que transou noite passada era seu chefe? Sophia Méndez chega em Manhattan para esquecer todos os problemas que a cercaram no Brasil. Decidida a se manter longe de qualquer relacionamento ela se vê fascina...