1. Talvez Sorte, Talvez Azar.

2.6K 94 58
                                    

NicoleSantos774

Mauro on

Já estava à quase uma hora no restaurante esperando por Rebeca.

Planejei pedi-la em namoro, mas acho que ganhei um toco. Não acredito, estamos juntos a quase dois meses, nos beijamos, saímos juntos, até já transamos. Ela não seria capaz de me ignorar assim. Dediquei quase todo o meu tempo à um possível relacionamento, mas parece que não faz muita diferença para ela.

- O senhor irá pedir? - o garçom pergunta mais uma vez, faz quase uma hora e meia que estou aqui sentando olhando o celular a cada segundo esperando uma mensagem dela. Balanço a cabeça negativamente e me levanto, vou até o estacionamento e ligo para ela.

Chama e ninguém atende, me encosto no carro e tento de novo. Nada.

Decido então ir até a casa dela, vai que ela passou mal ou algo assim.
Entro no carro e dirijo até a casa de Rebeca na esperança de esteja tudo bem, ou não, ah.

- Mauro? - ela me atende com os olhos arregalados. - o que faz aqui?

- Como assim "o que eu faço aqui?" Esqueceu que tínhamos um jantar marcado? - a essa altura já estava completamente irritado, como ela pode esquecer? Falei nesse jantar praticamente a semana toda.

- Desculpa é que... - ela para assim que um cara a chama. Não acredito. Ela me traiu? Tá. A gente não tinha nada, mas eu achei que a gente tava quase lá. Achava que esse tipo de coisa só acontecia em filmes, e olha só onde estou agora.

- Nunca mais me procure. - dou meia volta e entro no carro ignorando sua doce voz me chamando. Não tinha como conter as lagrimas. Aquela vadia me usou todo esse tempo. É por isso que não me envolvo com ninguém. Que filha da...

Depois de alguns segundos percebo o que acabou de acontecer. Saio apressado do carro e vejo a garota caída a mais ou menos meio metro.

- Meu Deus desculpa - ela se senta. - ta tudo bem? - ela nega.

- Minha perna ta doendo muito. - ela começa a chorar. Mano, eu quebrei a perna da menina.

- Ta. Ta. Calma, e.eu vo ligar pra ambulância OK? - ela concorda e tenta controlar a respiração. Havia algumas pessoas envolta, eu não posso ser preso, sou jovem de mais e mês que vem eu tenho que viajar. T3ddy vai quebrar meu pescoço.

- ta tudo bem? - ela pergunta me olhando estranho.

- uhum. - respiro fundo e tento ligar para a ambulância, com os dedos trêmulos quase não consigo apertar os botões.

***

São 2:30 da manhã e nenhuma notícia de Clara desde que entrou no hospital.

T3ddy me obrigou a ficar aqui mesmo depois de eu ter contado sobre Rebeca. Ele até queria quebrar meu pescoço mas ele se acalmou depois que contei o que ela havia feito comigo. Ele sabia que eu gostava muito dela e que queria levar nosso caso adiante.

- Acompanhantes de Clara Nunes? - o médico que entrou com ela pergunta. Eu e T3ddy nos levantamos e o acompanhamos até uma salinha. - Ela quebrou o tornozelo, foi feita a cirurgia e está tudo bem. - Que alívio.

- vocês tem o contato de algum familiar dela? - T3ddy e eu nos olhamos. Não sabemos nada dela.

Explicamos o que aconteceu e o médico apenas concorda.

- podemos ve-la? - ele assente e se levanta. O seguimos e entramos na sala.

Ela estava deitada com a perna engessada e para cima, não acredito que atropelei ela, e nem da péssima noite que tive.

- ela ainda ta anestesiada - ele explica.

- amanhã de manhã ela acorda. - ele sai fechando a porta.

- ela é linda. - T3ddy chega mais perto dela. Me senti estranhamente incomodado com o isso.

- não se apaixone pela mina que eu atropelei - digo me sentando na poltrona.

- vai que é destino - ele me olha com cara de safado. Fala sério.

~~~~~~~~~~~~~~~~~
Cap pequeno pq é o primeiro. :)

Girl - Mauro Nakada - ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora