⏩ You don't know me

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Jimin's POV

  Jennie estava deitada ao meu lado pela primeira vez em uma cama, sim uma cama. E não, não iríamos fazer nada além de ficarmos ali, conversando.

  Ela estava me observando enquanto eu fazia uma carícia em seu rosto. Me olhava no fundo dos olhos, como se quisesse contar alguma coisa, parecia alfita.

—Jennie, você quer conversar sobre alguma coisa?

—Jimin... Você não me conhece. — respondeu suspirando, levantando de sua cama rapidamente.

—Eu sei que não te conheço muito ainda, mas eu prometo melhorar. — disse sincero, fazendo o mesmo que ela.

—Não, você sabe tudo sobre mim atualmente. Mas você não sabe o que passei na minha infância... —murmurou em um tom de voz baixo.

—Se não quiser me contar, tudo bem. — comentei simplista, observando a janela do seu quarto. Parecia ser assunto complicado, então não queria me intrometer, embora estivesse pouco curioso.

—Vai chegar um dia, em que você vai precisar saber. E eu não tenho como esconder. — falou misteriosa.

—Como assim? — questionei confuso, encarando-a.

—Lembra quando te falei sobre os meus parentes?

—Sim dos seus avós, primos, seu pai, e também têm os seus tios. O que têm demais nisso? —perguntei curioso.

—Quando eu tinha uns nove anos, meu tio... — suspirou. —Tentou me molestar. — falou chateada.

  Fiquei chocado diante do que a mesma, havia me falado. Tudo o que eu fiz naquela situação, foi ouvi-la calmamente e tentar ser o mais compreensível possível.

—Pra mim era tudo tão estranho e nojento... Afinal, ele tentava me tocar e era o meu tio. — comentou Jennie de cabeça baixa. —Se eu não deixasse ele me agredia e me ameaçava de morte. Nunca contei isso para meus pais e outros familiares, por medo. — comentou com os olhinhos repletos de lágrimas. —Sabe, eu quis te contar isso porque... Se tentarmos ter a primeira noite juntos e eu não conseguir, foi por conta desse meu trauma. —grunhiu irritada. —Eu prometo me esforçar okay?

—Jennie, não precisa me prometer nada, okay? — indaguei me aproximando. —Eu vou te respeitar e quando isso acontecer, vai ser no momento certo. — respondi a abraçando secando suas lágrimas.

  Sinto que naquele momento, ela só queria alguém a compreendesse. Que lhe desse amor e proteção. Eu tentava consola-lá ao máximo limpando suas lágrimas.

—Jimin, você é um anjo. Eu não quero te perder! — falou soluçando.

—Você nunca vai me perder. —respondi sincero, fazendo carinho em sua pele macia.

  O meu celular toca de repente, fazendo com que nos interrompesse em um momento tão sério. Era meu irmão mais velho, Suga.

—Com licença, Jennie. — falei educado, saindo do seu quarto.

No telefone...

—Oi Suga, por que me ligou?

—Oi Jimin, a Polícia esteve aqui. — falou nervoso.

—Tá tudo bem? — perguntei preocupado.

—Eles estavam á sua procura e te mandaram uma intimação.

—Mas o que eu fiz? — indaguei sem entender.

—Não sei, disseram que você cometeu um crime. — respondeu dando uma pequena risada.

—Só pode ser brincadeira... —murmurei rindo.

—É, provavelmente te confundiram com alguém.

—Mesmo assim, vou ir na Delegacia.

—Okay. Que horas você vem pra casa?

—Daqui á pouco. — respondi simplista.

—Aposto que deve estar com alguma garota. Acertei? Nossa Jimin... Você é tão óbvio. -falou irônico.

—Tchau Suga... — respondi irritado, afinal mais uma vez ele estava certo.

  Desligo meu celular e volto para o quarto da Jennie.

—Voltei! — comentei abrindo a porta, sorrindo.

—Tá tudo bem? — indagou preocupada, se aproximando.

—Mais ou menos... Recebi uma intimação. — falei simplista.

—Porque? Você não fez nada.

—Deve ter sido algum engano. —murmurei dando de ombros.

—Claro! E qualquer coisa que possa acontecer, saiba que eu sempre vou estar aqui. — falou sendo fofa, entrelaçando seus dedos nos meus.

—Em breve vou ir embora... —comentei fazendo beiço, chateado.

—Mas nós podemos nos ver amanhã! — respondeu mordiscando meus lábios.

—E depois de amanhã também. — falei dando lhe um pequeno beijo.

—Tchau Jimin-ie!

—Tchau Jennie... — respondi soltando nossos dedos lentamente.

  Saindo da casa da mesma, me despeço de sua mãe e subo na minha motocicleta. Fiquei paralisado por alguns segundos pensando em coisas aleatórias.

  Coloco meu capacete e vou em direção á Delegacia. Não sabia o motivo da intimação... Ela não fazia sentido algum.

  Eu não estava com medo. Estava seguro, confiante de que não iria acontecer algo ruim. Afinal, eu não era nenhum criminoso.

THE SHOOTER - Jenmin {em processo de edição}Onde histórias criam vida. Descubra agora