Bicolores

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O frio havia dominado essa manhã.

Ainda por baixo de suas cobertas, ele estava sentindo que algo novo ia acontecer.

Que alguém diferente iria aparecer, alguém quente contra esse frio.

Mas por enquanto, ele apenas desejava ficar ali naquele calor gostoso que sua cama lhe oferecia.

E seria assim, se as luzes daquela manhã não tivesse entrado em seu quarto.

"-Vamos, filho. Acorde." - sua mãe o chamava, enquanto abri as janelas de seu quarto. Fazendo não só a luz do sol entrar, mas também o frio incontrolável. - "-Nem adiante me enganar, porque eu sei que o frio não está a lhe incomodar" - ela dizia com sorriso um tanto sapeca nos lábios, enquanto mexia seus delicados cabelos brancos presos em sua trança.

Com aqueles cabelos, qualquer um pensaria que sua mãe era já um anciã. Mas eles estavam enganados, aquela bela mulher ainda não havia chegado em seus  40 anos.

Mas todos daquela ilha sabia, que a pessoa que estava a sua frente, a esposa do chefe de Berck. Era a então renomada, Rainha de Arendell. Pelo menos era até, se casar com seu pai.

Entretanto, quando a mesma chegaste aqui a alguns anos atrás, recebeu outro nome. Rainha das Neves, e com razão.

Afinal, seus olhos azuis gélidos e seus cabelos brancos com a neve. Sem falar de seu segredo de vida que estava entre suas delicadas mãos.

"-Vamos! Levantai, que Escuridão está a lhe esperar" - Então, com aquelas algumas palavras, fez com que aquele garoto largasse o mais rápido possível o seu coberto e se vestisse numa velocidade comparada a de um Ferrão Veloz.

Então, em um pisar de olhos. Aquele garoto de cabelos loiros quase brancos, já estava vestido com sua amada armadura.

"-Já estou me a descer. Vais a ficar aqui?" - perguntou como se não tivesse feito nada de diferente.

Fazendo assim sua mãe piscar  freneticamente os olhos, se perguntando se havia realmente visto certo, ou melhor, o que ela não viu.

"- Não...estou-me a descer também." - ela disse e seu filho deu um sorriso, enquanto passava pela a porta - "-Mas o que a se passado aqui?" - ela se perguntou, mas decidiu esquecer aquilo.

Enquanto, uma mãe estava confusa no quarto de um de seus filhos.

O garoto de cabelos como a neve, estava a correr até o seu melhor amigo com uma maçã em sua boca.

"- Escuridão! Desculpa a demora, amigão." - ele disse enquanto se aproximava do dragão negro como a noite, ou melhor, um Fúria da noite.

Uma raça quase extinta, que se não fosse pelo seu pai ter salvado aquele filhote abraçado em sua mãe falecida, a raça teria sido extinta de vez.

"-Vamos! Escuridão. Só estou atrasado alguns minutos."- ele disse para o dragao a sua frente, que aparentemente estava emburrado por conta da demora de seu dono. - "-Esta bem, se te doou essa maçã você irá me perdoar?" - perguntou para o dragão, que não se virou mais ficou de orelha em pé - "- Então, tá. Irei come-la" - ele disse já de boca aberta, mas o animal subiu em cima dela e como a fruta em um gole só e com isso saiu satisfeito de perto de seu dono.

O mesmo estava a rir e achar impressionante o fato do dragão gostar tanto assim daquela pequena fruta, que provavelmente não preenchia um buraco que tinha em seus dentes.

O garoto só havia dado para o dragão como uma brincadeira, e logo aquele enorme ser já estava a comer como sua refeição favorita depois de seu peixe.

A Princesa dos DragõesOnde histórias criam vida. Descubra agora