Rosas Para a Sarah {PAUSADA}

Cap.04 - Um amigo por outro.

- Err... Sarah? - Ouço uma voz que já conhece muito bem.

- Anh. Oi. - Digo olhando na direção da pessoa. Que era Augustus.

- Lhe mandaram flores? - Pergunta olhando para o buquê em minhas mãos.

Quando paro para olhar melhor, vejo a etiqueta da floricultura da minha avô. Vejo que já vou ter um compromisso depois da aula.

- Oh, sim. - Digo ainda olhando para o buquê. - Mas não sei quem mandou.

- Como assim alguém lhe manda flores sem remetente? - Pergunta.

- Bem. Tem remetente, mas ele ou ela se apresenta como "-A". - Digo

- Ah, ok. Você estuda aqui?

- Você só sabe fazer perguntas? - Bufo.

- Você deixa muitas coisas não abertas oque me põem a fazer mais perguntas. - Responde ele.

- Finalmente uma afirmação. - Digo. - E sim, eu estudo aqui.

- Será que pode me levar para aula de... - Ele dá uma lida num papel. - literatura? - Completa.

- Sim, eu estava indo pra lá. Mas a aula vai ser só daqui a 10 minutos, Augustus. - Digo.

- Pode me chamar de Gus. - Ele diz.

- Ok, Gus. - Digo sorrindo. - Vem, vou te levar pra sala.

Nós andamos conversando sobre assuntos variados, talvez ele seja até legal. Como faltava um tempo pra aula começar, ofereci pra ele um pequeno tour pela escola, ele aceitou e continuamos conversando.

- Sarah, por que desde que te conheci você só uma blusas de manga longa? Está com febre?

- Err... - Penso numa resposta rapidamente. - É que eu sinto muito frio. Oh, olhe só a hora, falta um minuto pra aula começar, temos que ser rápidos! - Mudo de assunto.

- Ok. Vamos. - Diz ele.

Vamos correndo para a sala e sentamos um do lado do outro. Semana passada a professora passou o livro "A árvore dos anjos" e hoje tinhamos que comentar sobre.

- Gus, a professora passou um livro semana passada, e hoje tinhamos que comentar sobre ele. Eu vou dizer que você é novo pra ter um motivo pra não falar sobre o livro. - O informo.

- Qual o livro? - Ele pergunta.

- "A árvore dos anjos". - Respondo.

- Ah esse livro eu já li mais de 3 vezes. - Ele diz sorrindo.

- É sério? - Pergunto.

- Sim, e ele é ótimo. - Responde. - Você devia ler mais pequena Sarah.

- Ah, e você deve ler bastante né?

- Você deveria ver meus livros lá em casa. Tenho 2 quartos para livros e eu li quase todos. - Ele se gaba.

- Bom dia, alunos. - Chega a professora Megg. - Hoje nós iremos... - Ela própria se interrompe e vai em direção do Gus. - Olá! Tudo bem? É um aluno novo? - Pergunta.

- Sim. Sou Augustus. - Diz.

- Se apresente na frente da turma. - Pede a professora.

Ele se levanta e começa.

- Olá. Sou Augustus Renato Brian Percival de Araújo. Vim da escola Delta, dos Estados Unidos. Tenho dupla-nacionalidade, sou americano e brasileiro. Tenho 17 pra 18 anos. E só. - Ele termina e vem para seu lugar que é ao meu lado. - Na verdade meu nome completo é "Augustus Wulfrico Brian Percival Assis de Araújo", mas eu não citei o "Wulfrico" para não rirem, e nem o "Assis" para não me chamarem de uma padaria. - Ele sussura para mim.

- Menino, oh nomezinho grande o seu. - Digo sorrindo.

A sala fica sussurrando mais um pouco até que a professora começou a falar novamente.

- Bem vindo, Augustus. Espero que se sinta a vontade aqui. - Diz a professora.

- Obrigado. - Ele responde.

- Bem, semana passada demos o livro "A árvore dos anjos". - Informa a professora. - Agora eu quero que cada um de vocês venha falar sobre, mas como você Augustus não veio semana passada, não precisa falar.

- Mas eu já li esse livro uma vez. - Diz ele.

- Oh, que ótimo! - Diz a professora. - Então seja o primeiro!

Gus se levanta e vai para frente da sala e começa a falar seu entendimento sobre o livro. Ela faz isso com o resto dos alunos e a aula segue normal.

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Quando a aula acabou, eu fui para a aula de redação junto com o Gus. Chegando lá, eu vi Mateus aos beijos com a Britany! Me senti traída; meu melhor amigo, que sabia tudo oque aquela vadia faz comigo.

Arrasada, eu jogo meus livros no chão e corro para o banheiro. Entrei num box e me tranquei lá, comecei a chorar, não sei exatamente porquê, só deixei aquelas lágrimas caírem. Sem pensar duas vezes, procurei pela minha lâmina no meu estojo.

Você é uma péssima amiga. Fiz um corte. Uma péssima pessoa. Fiz outro corte. Uma feia. E mais outro. Horrorosa. E outro. Um ser desprezível. Eu devia morrer agora. Você é tão péssima que consegue afastar todos de perto de você. A cada comentário meu era um corte, já estava saindo muito sangue. Eu mereço morrer. Nada mais tem sentindo pra mim.

*Não Revisado*