Aonde eu vim parar? (EM REVISÃO)

IX

Acordei no dia seguinte com o sol batendo em meu rosto, não percebi que dormira tanto. Jack não estava mais na cama, o que era bom, ainda estava vestida com aquela roupa e seria constrangedor encara-lo. Retirei as pesadas cobertas de meu corpo e me espreguicei, olhei em volta e não sabia o que fazer. Jack tinha um banheiro em seu quarto, fiquei curiosa em explora-lo, mas resisti a tentação. Quando menos esperava um bilhete foi passado por debaixo da porta, me levantei e aos poucos fui chegando perto. O peguei e li:

Bom dia, querida.

Espero que tenha tido bons sonhos, seu café lhe aguarda e eu deixei algumas roupas no banheiro, se troque e desça, você tem dez minutos ou não comerá, não tolero atrasos.

Jack

- Dez minutos...preciso correr- levantei-me da cama calmamente e fui em direção ao seu banheiro, a porta estava meio entreaberta e quando a empurrei fez o mesmo barulho da porta de entrada, rangeu estridentemente.

Observei as roupas e logo me troquei, passei água no rosto e penteei meus cabelos com os dedos. Saí do banheiro e andei até a porta, a abri e ela novamente rangeu. Passei pelo corredor e fui até as grandes escadas, as desci devagar e sem perceber já estava na sala de jantar. Olhei ao redor e logo avistei Jack, no mesmo instante me senti apreensiva pela sua presença, era a primeira vez que comeriamos juntos dês de que havia chegado lá. Arrastei uma das cadeiras e me sentei em silêncio com ele me encarando.

- Mais trinta e cinco segundos e você teria se atrasado, se não quer acabar ficando sem comer então se apresse mais- falou friamente olhando em meus olhos. Meu corpo todo estremeceu, um arrepio subiu por toda a minha espinha.

- M-me desculpe...

- Apenas coma logo...-me encarando rebateu, em seguida deu uma mordida em um pequeno pedaço de pão.

Comecei a comer algumas coisas silenciosamente, estava nervosa, quase suando frio. Pensamentos invadiam minha mente quando me surgiu a dúvida:

- J-Jack...aonde está Max? Não o vejo tem um tempo- perguntei acanhada e sem encara-lo, meu coração acelerou, mas logo acalmou-se novamente.

- Possivelmente está em algum cômodo da casa, ele fica assim sempre que o repreendo- sem olhar para mim ele apenas respondeu e novamente o silêncio predominou.

- J-Jack...será qu- fui interrompida por seu grito.

- Será que você não consegue comer em silêncio?! Porra! Por que insiste em falar tanto?!- seu grito repentino e a batida forte na mesa me assustaram, encolhi sob a cadeira e meus olhos se encheram de lagrimas.

- D-desculpe e-eu...- fui interrompida novamente.

- Apenas diga logo...- Jack se reclinou na cadeira com a mão na testa e cenho franzido.

- Só iria p-perguntar se posso explorar a parte de cima da casa- sussurrei.

- Você tem minha permissão para andar, mas não tente entrar em nenhuma porta trancada. - em instantes sua personalidade mudou novamente.