Capital 37

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ISABELLA

( 2 MESES DEPOIS)

Viver é um desafio diário. A vida não nos dá trégua, não importa o momento pelo qual estamos passando, o mundo não vai parar para esperar que nós recuperemos o fôlego. 

O trem continua andando e nós não podemos ficar para trás, ainda que em muitos momentos apenas tenhamos a vontade de contemplar a paisagem e deixar o trem partir por entre as montanhas.

É verdade que em alguns momentos precisamos recuar. Andar mais devagar, mas se paramos somos atropelados. O mundo exige de nós que sejamos fortes, mas isso não significa ser duros, nem com a gente e nem com os outros. É preciso encontrar um meio termo, nem muito ao céu e nem muito à terra. 

A nossa saída, em muitos momentos, é aprender a ouvir o nosso coração. É ele que dá a nós o ritmo da vida. Em alguns momentos é preciso fazer silêncio para saber que passo dar, em qual estação do trem descer e como continuar a viagem.

Depois daquele episódio na sala Felipe tem evitado ficar perto de mim quando Alice está presente, me sinto melhor sei que nao estou sozinha, eu bloquiei Victor em todas minhas redes sociais, Mariah veio me visitar e disse que Victor sumiu e não deu notícias a ninguém achei muito estranho alguma coisa ele está aprontando, eu estou de repouso não posso fazer muito esforço mas estou cansada de não fazer nada então resolvi  limpar a casa dei uma limpa em todos os quartos colocando tudo no mesmo lugar vai que alguém reclama neh no final da tarde estava sentindo uma dozinha no pe da barriga mas não falei nada pra ninguém tenho certeza que vai passar, tomei meus remédios nos horários certos jantamos também no horário certo e me deitei cedo a dor só aumentava fechei os olhos apenas para ver se passava a dor.

Quando abri os olhos eu estava num lugar diferentes tinha choro de bebê eu caminhava pelo corredor, abri uma porta que parecia um quarto de bebê era uma menina pela decoração, ela chorava se esguelava a peguei no colo saindo do quarto talvez era fome fui até a cozinha para fazer uma mamadeira, Victor entrou na casa me dando beijo na boca o que me parecia era que éramos felizes ele pegava a bebê do meu colo a chamando de neta como assim neta, daqui a pouco Alice desce as escadas já uma mulher linda a bebê que estava no colo de Victor era sua filha e em sua barriga tinha outro, Alice era mãe de duas crianças e seu marido foi morto pelos traficantes já que ele era um estrupador de menores de idade o bebe que eu esperava se chamava Samuel ele era um homem que me odiava e me tratava como se fosse apenas uma empregada me fazia de uma, ele ficou no lugar do seu pai sendo mil vezes pior que Victor tinha sangue frio não respeitava ninguém não tinha amor por ninguém vivia maltratando a filha de Alice que era apenas um bebê, meu Deus que bagunça e essa nessa casa eu tentava acorda desse sonho mas me parecia que não era um sonho e sim um pesadelo um dia Samuel chegou drogado em casa eu ouvia gritos vindo do quarto de Alice me levantei e quando cheguei até lá eu vi ele chutando sua barriga ela gritava de dor, eu tentava me aproxima mais Victor me segurava, minha filha começou a sangrar e perder o bebe mas ele não parava de bater e quando parou minha filha estava morta eu gritava feito louca e aos poucos fui acordando com Felipe me chamando.

__ Isabella. ..ele me balançava.

__ cade minha filha... eu gritava batendo no felipe.

__ se acalma ela está aqui....eu abro os olhos a vendo assustada.

Dou um grito de dor quando vou abraçar ela minha barriga doía muito dava várias pontadas, Felipe tira minha coberta vendo que o lençol estava coberto por sangue na mesma hora me pega no colo descendo as escadas nem trocou de roupa sendo que vestia um shorts de joga futebol e sem camisa, me coloca no carro e pedi que Paloma fique com  Alice.

No carro eu gritava de dor e Felipe dirigia o mais rápido possível, chegamos no hospital e me colocaram na maca e tudo o que é eu via eram flash de luzes as vozes cada vez mais longe pedindo para que eu ficasse consciente, naquela sala na mesa de cirurgia eu só pensava na minha filha e pedia para deus que se algo acontecesse comigo ele nunca desprotegesse ela talvez meu sono foi um aviso que de hoje eu não voltaria para casa a médica pediu para mim fazer força mas eu tinha perdido muito sangue estava fraca senti alguém segurar minha mão me dando força e quando olhei era Felipe uma lágrima solitária escorreu, sua boca gesticulava " vamos lá força eu estou aqui com você" então eu fiz força e a última coisa que ouvi antes de apaga foi o choro do bebê quem ainda não tinha nome, disso em diante não vi mas nada.

Não sei quanto tempo passei desacordada mais quando abri meus olhos vejo tudo escuro estou presa num quadrado aonde entrava uma pequena luz por frechas  de madeira, será que morri e vim para direto no inferno, eu escutava vozes mas olhava para todos os lados e não via ninguém meus olhos não abriam totalmente eu sentia muita dor por baixo claro eu tinha acabado de ganhar bebê e não estava mais no hospital aonde eu deveria estar, com esses pensamentos a porta se abre revelando quem estava por trás dela.

O CONFRONTO: O pesadelo É Só O Começo Onde histórias criam vida. Descubra agora