Bem me quer

Capítulo 2

Marco estava indo para a sua casa e para, se lembrando que sua mãe havia dito para ele não voltar. Revoltado, ele bate o pé no chão e diz:

---Vadia -fala dando meia volta e se apressa.

Tudo que ele sentia era raiva. Raiva de sua mãe. Também se sentia triste pois sua mãe o odiava. Seu coração apertava toda vez que lembrava de seu pai, que os abandonou quando ele havia apenas 3 anos, e não conseguia conter o choro.
Marco, sem saber para onde ir, foi para a casa de um velho amigo. Chegando la, ele bate na porta três vezes e seu amigo abre. Vendo que o garoto abriu a porta, ele da um soquinho como comprimento e diz:

---Eai, Carlos.

---O que está fazendo aqui? -Carlos pergunta dando espaço para Marco entrar.

---Minha mãe -Marco diz sem demonstrar sua tristeza.

---De novo? O que essa mulher quer?

---Ela me mandou embora de novo -Ele diz rindo.

Carlos se levanta revoltado e vai até a cozinha, onde sua mãe estava. Ele bate na mesa e diz:

---O Marco ta sem casa

---De novo? O que aconteceu dessa vez? -ela diz secando suas mãos com um pano de prato e vai até a sala com Carlos.

---O de sempre, dona Rosa -Marco fala se sentando no sofá.

---Essa sua mãe, hein...você vai dormir aqui hoje

---Não precisa, dona Rosa -Marco diz se levantando.

---Você vai sim, senhor -ela diz voltando para a cozinha- como se eu tivesse te dado opção -Dona Rosa ri.

Os dois meninos vão até o quarto de Carlos e ficam jogando Street Fighter por um bom tempo. Às 21:00 Carlos ja tinha ido dormir. Marco, surpreso com o horário que o menino dormia, foi até a sala e ficou vendo televisão. Acabou adormecendo com pensamentos negativos sobre sua mãe e sobre o pai que nunca tivera.

Ele acorda com algumas cutucadas e vê que era a Dona Rosa.

---Carlos foi para o curso de inglês. Não está na hora da sua natação? Já são 06:55

---Eita -Ele diz se levantando apressadamente- Faltam 5 minutos. Obrigada tia. -diz e escova seus dentes rapidamente, indo para sua aula de natação.

Chegando la, da uma rápida olhada para a recepção para ver se sua mãe estava la. Felizmente ele não a viu e se sentou no banquinho onde os alunos aguardavam. Lá esperavam Paulo, Olívia e Flávia. Paulo era tão branco quanto uma vela e seu cabelo era castanho claro. Olivia e Flávia eram praticamente idênticas. Ambas tinham longos cabelos loiros, a única diferença era que Flávia era maior e Olívia tinha sardas.
Flávia ,com seu típico olhar de nojo, sussurrou para Olivia:

---Ninguém merece...-disse revirando os olhos.

Marco apenas a ignorou. Mesmo ele sendo debochado e incoveniente, não suportava Flávia. Depois de 1 minuto, Luna e Aurora chegam juntas. As duas riam e falavam sobre algo engraçado para ambas. Flávia, como sempre, tinha que cutucar alguém. Ela diz:

---A novata chegou ontem e ja está de papinho com outra aluna? -Ela diz rindo com desdém.

---Não enche, Flávia.-Luna diz sem muita paciência.