Just take my hand

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Era o meu professor de literatura, eu estava indo encontrar meu professor, Jesus, porque isso parecia tão errado e ao mesmo tempo tão tentador ? Ok, era só um café, e eu o odeio, mas isso não muda o fato que ele é encatadoramente bonito, mas irritante, com os olhos mais penetrantes que ja vi, mas sombrio, era a pessoa mais linda e estranha que eu ja havia conhecido.
Assim que olho para a entrada do café, me pergunto se eu realmente deveria estar ali, eu deveria é voltar para casa e denunciar ele pra diretoria de ensino.

- você está aonde deveria estar - ouço uma voz atrás de mim me causando arrepios -

- Porra... Que susto !!! - suspiro -

- Te causo arrepios Anelly ? - da risada -

- Só se for de medo, misericórdia. - revirei os olhos -

Olho para trás e o vejo com o semblante sério, beleza, ele não é um cara para brincadeiras.
Ele simplesmente passa por mim adentrando o local, como se eu tivesse a obrigação de entrar também, se ele acha que eu vou fazer isso ele está completamente certo.
Sigo ele e entro no café também logo em seguida sentando em uma mesa a dois, uma funcionaria veio nos atender e pegar nossos pedidos, pedi um capuccino de chocolate enquanto Harry pediu café sem açúcar, já podemos ver claramente a diferença entre uma pessoa fitness e uma pessoa feliz, eu sou a pessoa feliz.
Encaro Harry nos olhos sendo bem direta:

- Enfim, o que você tem para me contar ? - pergunto-

- Vamos com calma - ele me olha cruzando os braços -

- Eu levantei da minha lindíssima cama pra vir aqui "saber a verdade" sobre a minha própria pessoa, que eu conheço melhor que você, então, não vamos com calma nenhuma. Tenho que terminar Riverdale, pode começar.

- Como você ficou engraçadinha em Anelly, que passo, de sombria a palhaça. - diz sendo irônico -

- Palhaça é tua mãe. - semicerrei os olhos -

- Já ta xingando a sogrinha antes mesmo de conhecer, que feio Anelly. - da um sorriso de lado -

- Não tenho tempo para brincadeiras, Professor. - digo dando destaque no "professor"

- Hoje eu não sou seu professor, sou seu acompanhante, não estrague o encontro.

- quem disse que isso é um encontro ? - dou risada -

- você veio aqui fazer o que ? - pergunta -

- Me encontrar com voc... QUE MERDA ! - ele era bom nesse jogo, mas eu era melhor -

Olho para ele e o vejo sorrir, e que sorriso...

- Ok, vamos ao que interessa, está preparada ? - se posiciona na cadeira melhor apoiando seus braços sobre a mesa -

- Faz tempo. - faço os mesmos movimentos -

Bem na hora que Harry iria começar a falar a moça chegou com os nossos pedidos, quis matar ela mas assim que senti o cheiro maravilhoso do meu capuccino só queria dar um abraço nela e a agradecer. Assim que ela saiu olhei para Harry prosseguir o que havia começado.

- Então, não sou quem você pensa que sou - diz -

- Eu não penso nada na verdade. - digo -

- Pare de me interromper por favor, ou eu não vou contar mais nada - bufou-

- Ta bom querido... - revirei os olhos, eu não estava em um bom dia -

- Voltando, Querida Anelly - sorriu malicioso - você não é daqui, aqueles não são seus pais, você não é uma garota boazinha, você não pertence a luz, você é as trevas em pessoa, você é a própria escuridão, e porra, isso te faz tão única, é incrívelmente excitante falar do quão poderosa você é, e olhar pra essa sua cara de indignação como se eu fosse louco, a isso não tem preço, mas eu sei que você não vai acreditar em mim, então eu só peço que você apenas pegue na minha mão.

E assim eu o fiz, sem nem pensar duas vezes, o motivo ? Eu não faço ideia, mas quando ele disse "Apenas pegue na minha mão" eu não me contive, foi como se algo que estivesse a muito tempo perdido dentro de mim se reencontrasse, eu senti uma onda de energia tão forte que me fez sair e voltar para o meu corpo, eu me senti bem, eu me senti verdadeiramente poderosa, como se eu pudesse tudo, como se eu fosse dona do mundo, eu me senti capaz de fazer todas as coisas que um dia neguei fazer por medo, e melhor ainda, eu não queria parar de sentir aquilo.
Assim que sai do transe me vi em um lugar completamente diferente, era escuro, mas não ao ponto de eu não enxergar nada, era apenas escuro e frio, e assim que eu voltei pra minha realidade, mas não por completo, eu vi Harry, mas dessa vez eu o vi de uma forma diferente, quando encontrei seus olhos eu vi outra pessoa, alguém que eu ja conhecia a muito tempo, como se tivesse vivido em outra vida, eu sentia o toque de seus lábios mesmo estando a metros de distância, o calor do seu corpo junto ao meu e o toque de nossas mãos, foram como muitos flashes backs em minha mente, e finalmente eu via um em especial que ele me dizia "apenas pegue na minha mão" como se eu tivesse ali, como se fosse nos dois em uma realidade alternativa.

- Esse é seu lugar amor, é aqui que você pertence, você pode negar pra si mesmo, mas não pode negar que é isso aqui que te faz feliz, você pode ir embora quantas vezes for, mas você sempre vai voltar pra esse lugar, você sempre vai volta para mim.

- Onde estamos ? - pergunto confusa com tanta informação -

- Estamos na divisa, a divisa dos dois mundos.

- E como fazemos para passar ? - questiono -

- Querida, só não passamos ainda porque você não quer se permitir, você não quer encontrar a sua verdade, você está com medo de se descobrir, não tem como passar para a escuridão se você sentir medo.

- Mas eu não quero ir para a escuridão Harry !!

- Oh, querida, você é a própria escuridão.

E então, eu simplesmente apaguei, e acordei no meu quarto, olhando para o teto, como se tudo tivesse sido um sonho, mas por incrível que pareça eu sabia que não era, eu tinha certeza que não, pois agora eu tinha muitas novas memórias em minha mente, e a maioria delas eram sobre Harry, e como se uma parte de mim acordasse.
Ouvi meu celular apitar e o retirei do bolso para ver o que era. Assim que liguei a tela do celular me deparei com a seguinte notificação.

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E essa parte era completamente louca por Harry Styles.

Hell Teacher [H.S]Onde histórias criam vida. Descubra agora