Ban O Pecado da Ganância por Elaine

O Pecado da Ganância /Elaine se foi

Elaina foi a primeira por quem senti amor, minha fada guardiã da árvore sagrada. Minha ganância me levou até você.

Sempre estive sozinho, um pilantra sem responsabilidade. Por não ter nada de importante na vida, eu pensei que se vivesse por muito tempo, poderia encontrar algo interessante, ou teria dias de eterno sofrimento.

Eu queria ser imortal, e essa minha ganância me levou até ela.

Há encontrei sozinha, na árvore sagrada, protegendo a fonte que dava vida á floresta, fonte essa que também me daria vida, vida eterna, quem bebesse dela, seria imortal.

A princípio ela quase me matou, só porque eu queria roubar da fonte, que ela protegia.

Uma fadinha pequena, tão durona, mas eu não desistir. Minha ganância sempre me fazia voltar até a árvore.

Elaine já estava cansada, mesmo uma fada se irritaria comigo.

Ela disse que eu não poderia beber da fonte, ou a floresta morreria. Eu já estava cansado daquela fadinha insolente, então deixei essa minha vontade.

Comecei a conhecer Elaine, ficamos amigos, conversávamos durante horas e horas, o pôr-do-sol era muito lindo, visto do alto da árvore, ela sempre dormia enquanto me abraçava naqueles fins de tarde.

_ ELAINE? Sonsa, o que está fazendo?! Como uma fada guardiã se dá ao luxo de ficar dormindo? (Falava enquanto á balançava para acordá-la)
_ Ban, o que é isso? Seja mais gentil.
_ O sol já se foi, irá começar anoitecer.
_ É o círculo da natureza Ban, em que me preocupa?
_ Em que?! E se algum ganancioso, aparece aqui para roubar da fonte? Você é a guardiã.
_ Ban, você já apareceu!
...e continuavamos nossas discussões.

Se passaram semanas e meses, e minha forma de ver a Elaine mudou.

Em um dia como todos os outros, o tempo passou rápido, conversamos muito, ela me contou sobre as outras fadas. Eu não poderia falar muito sobre meu passado, ele não é tão honesto e ela é tão pura.

No fim desse dia, um homem chegou na floresta. Esse homem era Tayner uma fada sombria e perversa, ele amaldiçoou aquele lugar e todo que havia alí morreu.
Elaine ficou destruída e eu me tomei de ódio pela dor dela.

Eu tentei acabar com ele mas era muito fraco, fiquei muito machucado e prestes a morrer, quando Elaine pegou um pequeno gole que conseguiu salvar da fonte e caminhou até me.

_ Eu Elaine, guardiã da floresta da árvore sagrada, (ela dizia enquanto deixava as lágrimas cair,entre soluços e tristeza)
Me condeno por não poder proteger minha terra, e meu amor Ban.
Trocamos olhares e eu estava sentindo muita dor ao ponto de não conseguir mais chorar, eu não entendia o que ela estava dizendo com se amaldiçoar, mas só queria que meu amor ficasse protegida.

Ela se abaixou até me no chão e disse:
_ Ban, beba e se cure por favor, assim poderei fazer algo por você.
_ Elaine não!
_Ban eu imploro, pelo nosso amor.
_ Elaine, pelos nossos pôr-dos-sol.

Assim que bebi, me recuperei e me tornei imortal. Procurei desesperadamente pelo Tayner para matá-lo, mas enquanto falava com ela, ele fugiu.

Voltei para perto de Elaine, e pedi perdão por não ter salvado a floresta e protegido ela, por ser fraco e um covarde durante toda minha vida.

Ela me puxou pelo braço, até meu corpo tocar o dela num abraço, senti seus cabelos me enrolarem e seu calor.
_ Ban, você fala muito.
Ela então me beijou.

Elaine se despediu naquele doce beijo.
_ Minha missão acabou, não tenho mais o que proteger, vou voltar junto as outras fadas de outra terra e lá ficarei junta a elas pelo mundo.

_ Elaine, não faça isso, eu te peço!
_ Tchau Ban, obrigada pelos dias junto a mim. ( Ela ia se afastando com suas asas claras, batendo na velocidade que suas lágrimas caiam no rosto)
_ ELAINEEE...
_ Aproveite sua imortalidade.
_ Algum dia, eu vou ao encontro do que é meu.