o elefante na sala

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    O despertador de João tocou ás 06:00, como toca todo dia. Ele se levantou, tomou um banho, fez café e se vestiu para o trabalho. 16:00 ele estaria de volta pois trabalhava meio período as segundas-feiras.

    No escritório, um dia como outro qualquer onde João revisava formulários e atendia ligações. No seu intervalo de almoço, ligou para a esposa como costumava fazer. Beatriz contou que estava no centro da cidade fazendo compras com uma amiga e que Carla, estava em casa.

   Às 16:00, quando João chegou em casa, foi direto a sala de estar onde assistiria TV enquanto descansa. Conforme andava até lá, ouviu alguém murmurar palavras que não entendeu. Chegando no cômodo viu sua filha andando de um lado ao outro, as mãos passeando pela testa e as pupilas dançando. No chão da sala um homem em uma poça de sangue; um cadáver.

João ficou sem reação. Separou os lábios, arregalou os olhos e deixou sua maleta cair no chão. Não teve forças para dizer nada e ficou parado ali, observando por algum tempo. Ele estava apavorado, só não mais que sua filha Carla, que agora chorava.

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