Capítulo 21

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Loki

"Bem, essa é a hora que você me enche de perguntas?" Clarke me pergunta assim que me aproximo. Era segunda feira de manhã, e ela estava fazendo a tatuagem da gangue. Deveríamos estar na escola, mas honestamente, eu não ligava. Iriamos para a escola assim que ela terminasse aqui. Wade estava tatuando seu braço, concentrado. Não parecia nem ter percebido que eu me aproximei. 

"Eu não ligo para o seu passado, garota. Apenas para uma coisa. Se você fizer alguma merda contra minha gangue, eu te queimo viva." Eu falo, sério. Vejo Clarke sorrir enquanto Wade parecia estar acabando a tattoo em seu braço. Mortem et angelis, como todos nós.

A cerimônia de entrada, que fazíamos com os novatos, de Clarke havia sido ontem a noite, e ela tinha ganhado a jaqueta que usávamos para as missões. Todos tínhamos essa jaqueta, a não ser o alpha, beta, gamma e delta. Eles tinham a posição escrito junto.

"Eu estou contando com isso, chefe." Ela responde, no mesmo tempo em que Wade termina. Ele fala a ela sobre os cuidados, mas pela tatuagem em seu pescoço e metade do braço esquerdo, ela sabia exatamente o que era para fazer.

Escutamos Peter buzinar do lado de fora. Depois que Peter deu uns ajustes no modelo do carro, pintando algumas partes que antes eram pretas com uma espécie de degradê vermelho, ele buzina toda vez que sai do bar. E claro, para a escola não seria diferente.

Saímos do estúdio, e vi Peter esperando no carro. Ele bota a cabeça fora da janela, sorrindo.

"Vamos, baby?" Ele fala, e eu reviro os olhos. Peter está flertando com Clarke, e ela não estava aqui a nem um dia.

Pelo que sei da menina, ela vive com a tia. A mulher parece nunca estar em casa e é drogada. Harold ofereceu a ela que viesse ficar com o quarto que havia sobrando em cima do bar. Na verdade, nós tínhamos uns cinco quartos sobrando. Não eram grandes, mas eram bons. Sem contar com os quartos que meu pai, eu, Peter e Easton ocupávamos. Ah, e também tinha o quarto de Beth.

Pensar em minha irmã me trouxe um aperto no peito. Ela havia me ligado ontem, para a minha surpresa, e parecia feliz. Bem feliz. Mas eu apenas não sabia se isso era ruim ou bom. Seu período de missão durava apenas até o final do ano, e não sabia se ela queria ficar mais.

Apesar de Harold ter oferecido o quarto a Clarke, a menina apenas o aceitou para dormir aqui ontem. Ela diz que quer se virar, e eu a admiro por isso.

A garota rola os olhos e caminha até o carro de Peter, abre a porta, e senta no banco de passageiro. Vejo ela dar um tapa na cabeça de Peter, e ele ri. Meu amigo não tinha nenhuma chance com ela, pelo que descobrimos ontem. A garota torcia para o outro time. O que apenas fez Peter ficar mais exitado.

Quando estou indo em direção a minha moto, vejo Skull entrando no bar. Wade precisou estar aqui as cedo, para a tattoo de Clarke, mas Skull não. Easton, como tem vinte anos, e Skull normalmente ficam bebendo juntos. Ou, como eu suspeito, indo lutar. Eu não sei realmente o que esses dois fazem, mas como voltam cheio de sangue suspeito que é algo ilegal. Não que eu me importe. Os dois haviam ficado bastante amigos desde que Easton entrou para a gangue. Talvez pelo fato de não precisarem mais ir para a escola ou algo assim.

Ele apenas acena com a cabeça antes de entrar no bar. Vou em direção a minha moto, seguido por Wade. 

Enquanto faço o caminho para a escola, deixo meus pensamentos irem em direção a Malia. Seu corpo enroscado no meu, o jeito como ela mordia meu ombro para se impedir de gritar, seus grandes olhos verdes revirando de prazer. Deus, eu precisava dela de novo. Eu precisaria dela pelo resto da minha vida, mas não poderia tê-la. É por isso que não posso ter compromisso com ela.

Não sou um daqueles caras que foge de compromisso como foge de um predador. A coisa que eu mais quero com Malia é compromisso, mas eu não tenho esse direito. Eu não posso mudar completamente a vida dela porque sou um bastardo egoísta. Eu só espero ter essa mesma opinião quando precisar acabar o que quer que temos agora.

Paro a moto na frente da escola, e pelo movimento, percebo que estamos no almoço. Ótimo. Não aguentaria um dia inteiro com professores falando um bando de coisa que eu já sei.

Encontro Malia na cafeteria e tenho que deter um gemido na hora. A loirinha estava rindo de algo que Hayley havia dito e lambia uma colher que parecia ter chocolate. É estranho eu sentir inveja da maldita colher? Provavelmente.

Sem me segurar, caminho até ela, e sem dizer uma palavra a ninguém, seguro seu braço e praticamente a arrasto para a primeira sala vazia que encontro. Estou ciente dos risinhos que Wade e Hayley deram, mas ignoro. As pessoas nos olhavam com olhar questionador, mas eu apenas lhes dou um olhar fulminante e continuo meu caminho. Assim que entramos na sala, pressiono seu corpo contra a porta de madeira, e dou-lhe um beijo exigente.

Ela parecia querer perguntar algo, mas no minuto em que nossos lábios se encontram, ela apenas envolve seus braços em meu pescoço e se entrega. Nos beijamos como se não nos víssemos a décadas, e não a um dia. Nossas línguas parecem guerrear por espaço, em uma dança maravilhosa.

Seguro suas coxas, e ela imediatamente enrola suas pernas na minha cintura, na posição maravilhosa que eu sabia que nós dois amamos. 

Arrastando meus beijos para seu pescoço, onde o chupão que eu havia dado sábado ainda se encontrava firme e forte a carrego para a mesa mais próxima . Dou um sorriso e chupo na mesma área, reforçando a marca que minha loirinha havia tentado cobrir com maquiagem. 

"Loki..." Acho que estava tentando me afastar, mas sua voz saiu como um pedido, e eu sorrio contra a pele de seu lindo pescoço.

Olho rapidamente para baixo e agradeço aos céus quando vejo que ela usa uma saia jeans. Sem perder muito tempo, me abaixo na sua frente, e vejo seus olhos se arregalarem. Dando meu sorriso torto, arrasto sua calcinha pelas pernas.

Logo quando eu ia provar do paraíso, a maldita porta se abre. Dou um pulo, ficando em pé para cobrir Malia com o meu corpo. O professor Jared, de filosofia, faz uma careta ao nos olhar. Beijar na escola não era nem perto de proibido, mas com a calcinha de Malia no pé,nossas roupas bagunçadas e cabelos despenteados, não tinha como dizer que era só uns beijos.

"Para o diretor. Agora!" Sr Jared grita, e eu fecho os meus olhos. Merda.

Bem, não era como se essa fosse a primeira vez que isso acontecia.

Alpha - Death of AngelsOnde histórias criam vida. Descubra agora