Anne Tompson e Os 4 Elementos

Onde estou?

Acordo em meio a rangidos estranhos.
O que aconteceu? Uma nuvem sombria me cobre por completo.
Movi meu braço para frente notando que estava presa a uma cadeira de metal.

-A princesinha acordou. -Aquela voz familiar me enchia de ira.

-Deixe-o em paz. -sussurrei fraca.

-A linha do amor de vocês foi cortada. Eu vi o final de vocês centenas de vezes e em todos eles vocês não ficaram juntos.

-Cale-se!

-Querida. -Ela se agachou mas eu não conseguia ver seu rosto.
-Vocês não estão destinados um ao outro, nada pode mudar o que esta escrito.

"ANNE, DESPERTE!"

Abri meus olhos.

"Mais um sonho?"

-Que horas são Mel?

-7 horas, vá se arrumar que estou doida para comer.

-Como eu vim parar aqui?

-Não se lembra? Ontem você estava com dor de cabeça então saiu mais cedo e veio para o dormitório.

-Você é minha parceira de quarto?

-Infelizmente não.

-Você sabe quem é?

Alguém saiu do banheiro batendo a porta.

-Não faça barulhos depois das 19h. Segundo, não fale comigo. Terceiro, fica no seu cantinho e não meche nas minhas coisas. -Hera e saiu do quarto com o nariz empinado.

-Não acredito que vou ter que aguentar essa vaca.

-Boa sorte.

O refeitório ficava em uma parte externa do colégio. Era ao ar livre e quando chovia eles colocavam uma cobertura. Sentamos, e foram servidos vários doces, diversos pães, roscas, panquecas, mel e geleias.

O dia se passou tranquilamente. Os portões que protegiam o palácio eram enormes e sua estrutura era formada pelos quatro elementos. A Água formava a cobertura de baixo possibilitando uma visão incrível, a Terra formava uma camada superior com rochas imensas, o fogo passava por volta de tudo com uma forte energia e o Ar trazia de fora os pensamentos de guerras próximas da região.

Estava passando por um corredor quando vejo o irmão caçula de Hannah espionando uma moça no vestiário.

-Ei você!

Ele me olhou e saiu correndo, fui atrás.

-Pare agora mesmo!

-O que você quer? Me deixe em paz!

Soltei uma rajada de vento e ele caiu mas antes fez com que plantas surgissem do chão amarrando meus pés.

-Não pode contra mim.

Enfurecida o joguei no chão,quando notei as plantas estavam queimadas.

-Volte e peça desculpas.

-Não se meta comigo. Já disse.

Em segundos algo me acertou do estômago antes de bater contra a parede fiz com que o vento me empurrasse para frente e saltei de pé.
Joguei uma bola de fogo e ele criou uma muralha que foi dentruída pelas chamas.

-Desista.
Daniel estava caído e com o braço sangrando.

-Como consegue controlar dois elementos?

- O que? Não queria machuca-lo.- percebi que realmente eu podia controlar o fogo.

- Sua idiota!

-o que esta acontecendo aqui? -Uma voz séria veio do corredor.

-Sr.Midgard! Estavamos apenas discutindo.

-É? Com certeza os estragos são consequências dessa "discussão". Me acompanhem.

-Ele precisa ir a enfermaria. -olhei para Daniel.

-o leve e depois compareça a minha sala senhorita Tompson.

-Você me paga!

- Levanta logo.

Depois de fazer curativo e ouvir os dramas de Daniel caminhei até a sala. Bati na porta.

-Entre.

Me aproximei olhando para o professor. Em cima de sua mesa tinha uma escultura com uma bola de rocha e fogo no centro, um rio abaixo e nuvens acima.

- É lindo. -apontei.

-É o símbolo que nos representa. Um complementa o outro e juntos exercemos poder. Sente-se, quero lhe dar algo.

Obedeci o vendo pegar uma caixinha.

-Aqui dentro você encontrará desespero e morte mas com ela você encontrará também a esperança. É um presente, abra se for realmente necessário.

-Obrigada. -segurei curiosa.

-Agora vá.

-Sobre Diego...

-Tudo bem, só não "discutam" mais aqui dentro.

Eu sentia que algo de ruim estava por vir. Mas não sabia se estava preparada para isso.

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Beijinhos amores e até a próxima.
😎🤗😘