Reencontro

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Parece que quanto mais eu tento,mais eu caio. Mas não vou desistir. Irei persistir e vencer.

-Você esta tão linda hoje. -Disse ao meu ouvido.

-Por que não me deixa vê-lo?

-Sabe que não posso...Vamos dançar?

-Mas não há música.

Ele começou a cantar uma doce melodia. Pedaços de cristais surgiram, no momento em que se debatiam formavam um som peculiar. Enquanto um Revestimento de madeira passava ao centro.

-Temos música e a pista. Me dá a honra?

Lhe entreguei a mão. E começamos a dançar.

-Gosto de ficar com você.

Ele me apertou. Senti sua voz falhar.

Acordei sufocada. Ele já se encaixava em minha rotina e durante o dia eu pensava somente em encontra-lo nos meus sonhos.

Algo me acertou e cai no chão.

-Você não se concentra. -Garry me levantou.

Movi minhas mãos fazendo com que uma poeira surgisse do chão e atirei contra ele tampando sua visão. Fui por trás e lhe dei um chute na canela, ele caiu.
Estendi minha mão.

-Você precisa treinar mais.

Sou puxada para baixo e ele fica por cima de mim. Me ergui empurrando-o e corri para o jardim.

Enquanto eu brincava com faíscas de fogo no ar senti uma mão em meu ombro.

-Oi.

-O que quer? -Era apenas o Daniel.

Sorriu sem jeito. O que aquele cretino estava querendo?

O dia se passou lentamente, enquanto eu cronometrava às horas.
Felizmente anoiteceu.

-Anne, o que ta fazendo aqui?

-Esqueceu que esse quarto também é meu Hera?

Ela revirou os olhos e a vi ficar tensa e mais pálida do que era.

-Aconteceu algo?

-Estou...com medo. -tremeu.

O que faria alguem como ela ter medo?

-Do que exatamente?

-Tem algo me perturbando todas as noites. Quando você dorme. Eu...vejo

-O que?- Me aproximei enquanto ela se embaraçava nas palavras.-O que você vê, responda!

-Não sei um tipo de coisa a cercando. E eu tento sair mais fico paralizada e não consigo dormir.

Tentei a tranquilizar, dizendo que estava tendo alucinações. Mas eu sabia que algo estranho estava acontecendo. "Hoje eu não vou poder te encontrar".

Quando todos foram se deitar, sai da cama. Andei pelos corredores escuros quando um líquido gosmento escorreu pelo chão.

-Socorro!- alguém gritou.

Corri seguindo a voz que estava próxima. Quando vi uma criatura com olhos escuros e face sombria em cima de uma garota. Não pensei duas vezes, com um movimento rápido das mãos o atirei contra a janela deixando vários caquinhos de vidro esparramados pelo chão.

-Não se preocupe! Vamos sair daqui.-Disse me aproximando.

- fuja,vou ficar bem. - Seu pescoço estava sangrando e havia várias marcas de arranhão em seu braço.

Algo me acertou e minha cabeça colidiu contra a parede. Eu precisava salva-la! Um fogo surge do chão e atinge a figura em minha frente.

-Vá embora ou terei de matá-lo.

Um sorriso estridente dilata em meus ouvidos. Como um chiado de serpente, minha cabeça arde e eu caio no chão. "Você é fraca" "você é inútil" "você nunca vai me vencer".

Ouço vozes ao meu lado

-Professor é perigoso demais contar a ela.

-Perigoso? Diretora com todo respeito só nosso núcleo sabe da verdade. Ela precisa saber, é a história dela!

Abri os olhos devagar e vi dois corpos.

-Vamos conversar em particular me acompanhe.
Sairam a passos largos.

O que eu deveria saber e o que foi aquela coisa que me atacou?

Um flash back se passou em minha mente, uma garota de face sombria em meio a chamas sorria, em seus olhos, era como se eu visse a própria morte.


Anne Tompson e Os 4 ElementosOnde histórias criam vida. Descubra agora