7° Lorena

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Patroa, mandaram te entregar isso aqui.- olho de boca aberta para o buquê que o vapor estava segurando.

- Quem mandou entregar isso?- encaro ele.

- Sei não patroa, vi que tem um cartão ai no meio, agora se não se importa tem como eu deixar na mesa ta pesado.- dei risada e logo ele entrou deixando o buquê na mesa e saiu.

Peguei o cartão que estava no meio e ri com que tava escrito.

"Não te esqueci morena, estou apenas
preparando uma surpresa."

Ta isso realmente não era a cara do Luis, quem diria que um traficante seria romântico assim.

- Eita nóis, de quem é isso aqui?- Gu entra na sala

- Meu ué.- falo revirando os olhos

- Que lindo, foi o Luis que te deu?- a Fê cheira o buquê.

- Luis? O fodão do morro aqui do lado ? Tem certeza disso, ele num tem cara que faz esse tipo de coisa não em ! Os meninos la da sala diz que ele é sem coração e mata dando risada, cuidado peste.

- Para de graça Gustavo, até parece que ele vai meter o louco com a dona do hospício né.- dou risada.

- De qualquer forma ta avisada, depois num reclama.- o Gu toma o resto de água que tava na garrafa e sai.

- É filha, tenho que concordar com o seu irmão o Luis não tem boa fama.- a Fe passa por mim.

Lorena: e que bandido tem boa fama dona Fernanda? Vocês estão se preocupando sem motivos, vou dormir boa noite.- subo escovo os dentes e caio na cama.

(...)

Acordo com meu cel tocando, odeio que me acordem cedo.

* Ligação*

- Alô.- falo sem abrir os olhos.

- Ta com voz de sono foi mal, se te acordeeii...- Luís cantarolou

- Tu num tem cara de que escuta sertanejo.- sorri ainda de olhos fechados.

- Mas eu não escuto mesmo, só que não podia deixar passar essa.- escuto sua risada.

- Ata, entendi mas e ai o que manda.- viro para o outro lado da cama.

- Quero sair contigo hoje, tenho uma surpresa.

- Surpresa depois de 2 semanas?- ri debochada.

- É que essa surpresa é diferente.- escuto alguma porta se fechando.

- Tudo bem, que horas?- respiro fundo.

- Às sete eu to ai, ah leva biquíni tu vai precisar.

- Ok, vou desligar.

- Boa noite princesa.- eu sorri.

- Boa noite.

*Ligação*

Beleza me lasquei to sem roupa, sem biquíni e curiosa, depois de dormir mais meia hora, levantei, tomei um banho, escovei os dentes, prendi meu cabelo num rabo de cavalo peguei meu cel, meu radinho e desço.

- Lorena ja te disse que não quero essas coisas aqui.- Fe disse me entregando a peça.

- Mas mãe não tem criança em casa!

- Não interessa, não gosto dessas coisas.- a Fê nunca gostou dessa vida que eu tenho e se souber que a Liv ta nessa ela me mata também, mais uma coisa que eu admiro nessa mulher nunca gostou da vida que eu e meu pai escolhemos mas mesmo assim nos ama como se eu fosse filha dela e sempre deixa claro que só ta aqui por amor pelo meu pai, por mim e pelos meus irmãos. Coisa que aquela la não conseguiu fazer.

- Ta bom, desculpa mãe. Hoje não, vou almoçar em casa e de noite tenho que sair.

- Ok, só toma cuidado com esse Luís pelo amor de Deus.- Fe me olha.

- Quem disse que vou sair com ele?- eu ri.

- Primeiro o brilho nos seus olhos e segundo mãe sabe de tudo meu anjo.- revirei os olhos.

-Ok, estou vazando quando a Liv acordar manda ela ir na boca quero fala com ela.- pego uma maçã e saio de casa.

- Ta bom, vai com Deus meu amor.

No caminho vários moradores me pararame cumprimentando e agradecendo, a sensação de dever cumprido é tão boa.

Eu realmente estou feliz fazendo isso, continuo andando e pensando até que sinto alguém puxando minha blusa, olho pra baixo e vejo uma criança que deve ter uns 5/6 anos

- Qual foi pequeno?- fico da altura dele.

- Tia eu preciso da sua ajuda.- vejo medo e desespero nos olhos dele.

- O que aconteceu?

- Meu pai chegou drogado e ta brigando muito com a mamãe, tia me ajuda por favor.- ele ja estava chorando e eu morrendo de dó peguei na mão dele e fomos correndo pra casa do mesmo, no caminho chamei Dudu e Lk.

- O que está acontecendo aqui mano?- dei um empurrão chamando atenção do cara que tava todo arranhado e a mulher caída no chão me olhando assustado.

- Dona, você num tem nada ver então vaza.

- Tu ta agredindo sua mulher, na frente do seu filho, na minha quebrada e eu não tenho nada a ver, sério que ce falou isso comédia ?- disse me aproximando dele.

- Sério, tu se acha demais o dono disso aqui é seu pai e não você então vaza da MINHA CASA.- virou e quando ele ia continuar Lk e Dudu chega e segura ele.

- Leva ele pra casinha AGORA!- Lk me olha e concorda.- moça vem, vou te levar pro postinho.

- E meu filho?- ela se levanta com dificuldade.

- Ele pode ficar la em casa com a minha mãe - ela assenti e logo chega um vapor de carro e fomos pro postinho. Chegamos la e todos me olham e isso me irrita.

Lorena: QUE FOI VOLTA A FAZER O QUE VOCÊS ESTAVAM FAZENDO.- fomos fazer a ficha da moça

- Meu nome é Isabella, 20 anos...- esperamos por 5 min e ja fomos atendidas fiquei com ela, ela ia ficar internada em observação.

- Obrigada, dona Lorena.

- Me chama só de Lorena, temos a mesma idade.- sorri.

- O que vc vai fazer com o Leandro?- seus olhos se enchem d'água.

- Ele vai primeiro aprender a me tratar direito, depois vai aprender como tratar a própria mulher.

- Mas ele vai voltar e acabar comigo e com meu filho.- o desespero toma conta dele e a mesma começa a chorar.

- Relaxa que ele não vai tocar nem em você nem no pequeno, agora eu tenho que ir vou resolver mais uns negocio depois passo aqui pra ver como você está, e relaxa que seu filho ta bem lá em casa.

- Muito obrigada.- ela fala meia grogue, acho que por conta dos remédios em sua veia.

Sai do hospital duas e meia da tarde, vou direto pra casinha chego la e o tal do Leandro ta todo zuado.

- Caramba Dudu mais um pouquinho não sobra nada pra mim mano.- sorri.

- Relaxa dona o melhor ta aqui no meio das minhas pernas.

Dudu e Lk olha pra ele balançando a cabeça negativamente e logo depois ri.

- Sério cara, ta todo ferrado e vai ficar me tirando?

- Pelo amor de Deus me desculpa nunca mais eu chego perto dela nem daquela peste daquele moleque.- dei um murro na cara dele, tava com tanto ódio dele que nem senti minha mão doer na hora.

- AQUELA PESTE QUE VOCÊ FALA É SEU FILHO SEU ANIMAL.- depois de me divertir bastante com aquele fulano, mandei Lk e Dudu dar um sumiço nele.

A Dona Do Morro |Em REVISÃO| Onde histórias criam vida. Descubra agora